sábado, 24 de outubro de 2009

Tendinite na mente

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E quando você pensa que as coisas não vão melhorar tão cedo, tudo muda de figura, de lugar, de cor (alaranjado e ocre, Gre) e de perspectiva. E sempre, sem aviso prévio!!!!

Estou indo realizar mais um dos meus sonhos de viagem nacional.

Obviamente, a lista de viagens internacionais é muito maior, mas no momento, eu não viajaria pra lado algum. Já tinha decidido: férias em casa, pela primeira vez em muito tempo.

Quando de repente, não mais do que de repente, recebo um convite bem legal e altamente tentador, de uma viagem a um paraíso, para o qual eu não havia a mínima chance de dizer não.

Então, no melhor estilo bruxa do picapau testando a vassoura: e lá vamos nóóóóóóóóós pro Jalapããããããããããããão!!

Vou ficar no acampamento da Korubo por uma semana. Muita aventura, poeira vermelha, águas e caminhadas. Dormir em tendas, tomar banho num chuveiro ecológico e olhando as estrelas. Rá!

Tá dando um frio delicioso na barriga! Tá, nem tão delicioso assim. Tava falando com a Gre agora mesmo no msn que de repente Machu Picchu ficou tão fácil, tão simples, tão tranquilo. Acho que o fator "tendinite atacada" está atacando mais que o braço. Tá atacando a mente também.

O esquisito é que na maioria das vezes eu atualizo o blog pra contar sobre alguma viagem, mas nesta vai ser impossível. Se não tem nem energia elétrica e telefone, quem dirá internê hahahahaha
Vou levar um bloquinho. Voltamos aos velhos tempos.

E já que só posso escrever antes e depois, vou contar um pouco do que vai na minha mochila. Fiz umas compras de última hora que incluíram:
- novos bastões de caminhada (os meus morreram no Peru)
- um maiô com perninhas (ameeeei! me senti a mais pinup ever!)
- toalhas mega super ultra absorventes e super finas (sério: elas ocupam o espaço de uma baby look e absorvem muito muito muito)
- um lenço de cabeça - super elástico e estiloso!
- um boné legionário (isso! igual ao Van Damme no filme Legionário. Eu não sei exatamente pq o Van Damme usou, mas eu vou proteger o cabelo!
deeeeer! =P)




Além disto, na mochila vão roupas leves, finas, frescas, tênis velhos, repelente power, muito protetor solar e desapego, litros e litros de desapego do meu SECADOOOOOR de cabeloooooos!
Sem dúvida a coisa mais difícil.

Acho que subir a Serra do Espírito Santo,



descer o Rio Novo na canoagem,



engolir poeira vermelha, dormir em barraca e usar banheiro químico e ficar offline, vão ser fichinha perto de



ficar sem secador!!!!!!!!!!




Acho que acabei de descobrir pq tô com um iceberg no estômago! RÁ!

Será que eu sobrevivo com cabelo POF? =P

BeijoTchau!


(Fotos: Adilson Moralez)

domingo, 30 de agosto de 2009

Eu vou querer 8 anos offline com açúcar e gelo, por favor!

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F: quem é Malu?

(Começamos bem!)

Malu: Creio que vc é o F que estava interessado no meu fiesta
F: ah é voce mes desculpa

(Mes? Do ano? Ou de mineirim?)

F: eu estive tao ocupado que nem entrei mais em contato contigo
F: e ai ja vendeu

(Pronto! Cadê a interrogação!?)

Malu: Magina, não por isso. Não, ainda não vendi . Cheguei à conclusão que o iCarros é bem fraco
F: nao é procurado nem divulgado
Malu: Exato
F: eu mesmo descobri por acaso
F: entao
Malu: E sabe que vc foi o único que sabia o que estava fazendo? (rs) Todos os outros contatos foram pra me perguntar quais os valores das parcelas (rs)
F: o valor dele é XX.XXX

(Foi uma afirmação!? Mesmo pq, se está interessado é pq viu o anúncio, logo, sabe o valor do carro)

Malu: sim
F: so vc dirige ele
F: usa pro trabalho
Malu: sim...
F: ou pra balada
F: rsrs

(Praticamente o questionário da seguradora! O.o Então, vamos responder com as palavras do questionário!)

Malu: Eu não trabalho na rua, então é locomoção diária e lazer mesmo
F: brincadeira
Malu: Sim, pra balada (rs)
F: eu fui sabado ai no seu bairro jogar futebol com meu time
F: na hora que cheguei ai ate lembrei de vc

(Ui!)

F: mas como nao sabia nem seu telefone perdi a oportunidade de ve-lo
Malu: Hum... achei que o número estivesse visível no anúncio... mas enfim, naquele site, não dá pra ter certeza (rs) 9999-9999 aos sábados eu não costumo estar aqui então, se quiser vê-lo, me avise um dia antes pelo menos
F: ok
F: vou tentar falar com um amigo que trabalha na BV financeira, para conseguir o restante e entro em contato com vc
Malu: Beleza ;)
F: mas espero que vc consiga vender logo

(Ok, ele está tão interessado que espera que eu venda logo! Aham!)

F: se aparecer algum interessado pode fazer negocio
Malu: Ok! Obrigada :)
F: a sorte nem sempre bate a porta

(Vero! E vc pode ser a prova viva disto!)

F: fica com DEUS vou voltar ao meu trabalho
Malu: Obrigada! E até mais! Bom trabalho

(Deveria ter acabado aqui, não? Geralmente “até mais” é praticamente um “tchau”, ahn!?)

F: perguntinha

(Lá vem!)

Malu: sim?
F: eu nao costumo ter muitas amizades por msn, pois desconfio de ser sincero e do outro lado nao, mas eu gostei de falar com vc

(Rá! Tudum! Pssssssssss! Papinho furaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaado! Demorou! Demorou! Ele não usa interrogações, mora em Itaquera e faz perguntas de seguradora. ÓBVIO que ele se interessaria!)

F: apos vc vender o carro eu posso manter seu contato ativo

(Acho, acho, ACHO que foi uma pergunta!)

Malu: Claro. Sinta-se à vontade. Eu não entro muito no msn, mas eventualmente à noite ou fds estou por aqui.

(Minha educação me surpreende. Mamãe se orgulharia desta frase tão polida. Mas mal sabe ele que eu abro este MSN somente uma vez por ano! RÁ!)

F: obrigado
F: boa noite
Malu: Por nada :)
Malu: Boa noite

Ahhhhhhhhhhhhhhhhh! Cansei dessa vida virtual! Quero destruir todos os servidores do mundo inteiro da vida toda do além mar. Quero voltar à vida off line.
(Claro que não por causa do F, foi só uma desculpa pra poder falar isto =P )

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Água Para Elefantes

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Às vezes quero escrever, mas as palavras simplesmente não saem. Então leio um pouco, pra ver se a inspiração chega. Em uma destas jornadas em busca das palavras, eis que encontro um livro ótimo, "esquecido" na estante. Não sei se comprei, ou ganhei, mas Água Para Elefantes de Sara Gruen está se mostrando encantador e fascinante.
Enquanto minha inspiração não vem, deixo aqui a primeira página do primeiro capítulo. Um texto muito bem sacado, desencanado e realista, apesar da ficção do livro.


"Tenho 90 anos. Ou 93. Uma coisa ou outra.

Quando temos cinco anos, sabemos até os meses de nossa idade. Mesmo por volta dos 20 sabemos quantos anos temos. Tenho 23, dizemos, ou talvez 27. Mas quando chegamos aos 30, algo estranho começa a acontecer. A princípio, é um mero sobressalto, um instante de hesitação. Quantos anos você tem? Ah, eu tenho - você começa confiante, mas depois pára. Ia dizer 33, mas não é essa a sua idade. Você está com 35 anos. E isso o incomoda, pois você fica imaginando se não é o início do fim. Claro que é, mas ainda faltam décadas pra você admitir isso.

Começamos a esquecer as palavras: elas estão na ponta da língua, mas, em vez de simplesmente saírem, permanecem ali. Subimos a escada para buscar alguma coisa, e quando chegamos lá em cima, não lembramos mais o que estávamos procurando. Chamamos um filho pelo nome de todos os outros e até pelo nome do cachorro antes de acertar. Às vezes esquecemos em que dia estamos. E, por fim, o ano.

Na verdade, não é que eu tenha esquecido. Simplesmente deixei de prestar atenção. Passamos o milênio, disso eu sei – tanto barulho por nada, todos aqueles jovens chiando de tanta preocupação e comprando comida enlatada porque alguém teve preguiça de deixar espaço para quatro dígitos em vez de dois -, mas isso pode ter sido no mês passado ou há três anos. O que importa? Que diferença há entre três semanas, três anos ou até mesmo três décadas de purê de ervilha, mingau e fraldas geriátricas?

Tenho 90 anos. Ou 93. uma coisa ou outra."

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sexta-feira, 26 de junho de 2009

Inesquecível

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Eu tinha 7 anos. Estava na primeira série e ganhei o LP dele. Ahhhhh que sonho!
Quase furei o disco de tanto que ouvia. As coreografias eu sabia todas, sem nem pensar. Dentro, um poster, que tinha duas vezes o tamanho do disco. Lembro bem, ele vinha dobrado. Do lado de fora as letras das músicas (uma delas com Paul MCartney - The Girl is Mine) e dentro ele apoiado, de lado, com um filhote de onça.
Não tive dúvidas, colei o poster na parede do quarto; afinal, com 7 anos eu mal sabia ler, quem diria aprender as músicas em inglês baseada na letra. O que importava era a foto.
Cantava um embromation e me sentia a mais fã de todas as fãs do meu ínfimo universo.
Aos sábados, eu assistia o programa do Barros de Alencar. Meninas e meninos todas as semanas chegavam fantasiados, imitando nosso ídolo, e dançavam Thriller, Beat it e Billie Jean. E eu, do outro lado da tv, dançava junto. Queria ser a namorada dele em Thriller. Assistia incansavelmente ao video clipe e não me enjoava nunca.
Não consigo me lembrar de quantas vezes vi o filme do Ben, o rato, mais pela trilha sonora que pelo filme em si.
Eu ia me casar com ele. Com toda a certeza!
Um dia, meu pai me buscou na escola. Todos os dias ele me buscava, mas aquele dia foi diferente. Eu levei a carteirinha com as notas para casa. Quando cheguei, uma das notas tinha sido vermelha.
A culpa? Dele, claro. Eu só fazia ouvir aquelas músicas e olhar praquele poster. Óbvio que eu estava abandonando os estudos e me tornando a pior pessoa do mundo por isso. Levei uma surra. A primeira das 3 que tomei na vida. Inesquecível. Evidente. Assim como as outras duas. Se fecho os olhos, me lembro da cena: eu em pé na cozinha da casa em que morávamos, enquanto meu pai, de frente pra mim gritava e reclamava pela minha nota baixa. E eis que veio o primeiro tapa. Meu pai nunca foi muito comedido nessa coisa de dar bronca ou bater. Minha mãe segurava as pontas, sempre. Hoje eu vejo a "surra" como um mal até que necessário. Numa época em que o diálogo não era valorizado como hoje, pelo menos na realidade e na sociedade em que eu vivia, umas palmadas de vez em quando eram bem necessárias. Até hoje, dependendo da situação, acho que são válidas. Pensando agora, talvez esta surra seja a mais marcante mesmo, afinal eu estava apanhando por gostar de outra pessoa.
Chorei. Me tranquei no quarto, abracei o disco e chorei. Ele, o motivo dos tapas que levei, foi quem me consolou; mesmo sem saber.
Fui proibida de ouvir as músicas, enquanto minhas notas não melhorassem.
Hoje eu sei que era apenas uma nota e o motivo não era, nem de longe, o que meu pai concluiu.
Tudo isso teve um lado bom. Nunca mais tive uma nota baixa. Nunca repeti um ano. Nunca fui mal na escola.
Mas também teve um lado melhor, eu não deixei de ser fã, eu não deixei de gostar das músicas, comprar os discos, assistir tudo sobre ele e acompanhar sua vida. A única coisa que lamento é não ter assistido um show ao vivo.
Agora é tarde.
O máximo que posso fazer é levantar-me e colocar um show no dvd.
Aqui, ele continua vivo.

Michael Jackson, impossível esquecer.

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terça-feira, 12 de maio de 2009

Reflexões de um nariz pequeno

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- Que unha linda que você tem, tia!
- Você acha?!
- Sim! Mas tá muito grande. Tá na hora de cortar.

Eu sorrio.



- E que mão grande! - espanta-se ao colocar sua mão sobre a minha.
- Não é minha mão que é grande; a sua que é pequena.
- Ah, tia, mas é pq eu SOU pequena. Quando eu for do seu tamanho, a minha mão vai ser bem grande como a sua.

Ela passa os dedos pelos meus cabelos.
- E que cabelo lindo você tem!

Continua passando os dedos na minha orelha.
- E que orelha linda!

E agora ela aperta meu nariz levemente com suas mãos minúsculas.
- E seu nariz é grande!

Sorrindo, respondo:
- Grande? Meu nariz é grande?!
- Sim! Você é bonita, mas seu nariz é grande! - ainda apertando meu nariz.
- E o meu? - ela pergunta enquanto aperta seu próprio nariz.
- O seu é pequenino - respondo ainda sorrindo.
- E é bonito?
- Sim, você é linda e seu nariz pequenino é lindo.
- Ah, o seu nariz não é grande, tia. O seu nariz é bonito. - ela continua apertando meu nariz.

Quando vou responder, ela sussura:
- Shhhhh, fica quietinha que agora é hora de falar com o papai do céu.




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quinta-feira, 16 de abril de 2009

E chega uma hora em que a vida acaba.

Simples assim.
E nessa hora não faz muita diferença (pra não dizer: nenhuma!) se vc é rico ou pobre, tem estudo ou não, tem bens, histórias, cargos.
Acredito que a única coisa que importa, neste momento inevitável ou bem próximo dele, é se você é amado.
Se há quem se preocupe contigo.
Alguém que te carregue quando não puder andar.
Que te faça dormir quando os pesadelos dominam suas noites.
Alguém que ouça suas alucinações, por mais reais que elas possam parecer.
Alguém que te visite, mesmo que você não saiba quem é aquele estranho que te chama de pai.

Vovô, aos 92 anos, próximo, BEM próximo do fim.
Alguém pode me culpar por não querer vê-lo como está agora e simplesmente querer guardar a lembrança de um simpático velhinho, de cabelos brancos raspados na máquina 1 dizendo: "mas como é linda esta minha neta!!" ????

domingo, 5 de abril de 2009

Já está chegando a hora de ir

Depois de pegar o jacaré faltava pouco pra me transformar na versão feminina daquele cara da Record (que eu não sei o nome, mas sei que pega tudo quanto é bicho perigoso e estranho).
O pouco que faltava fiz hoje.
Acordei às 4:30hrs e fui ver o sol nascer, juntamente com o Germano, meu guia de selva.
Foi lindo demais! Sentamos em uma das passarelas do hotel e aguardamos pacientemente.
Como sempre, o sol é o maior espetáculo da terra.
Depois disso, café da manhã e vila de caboclos ribeirinhos.
Na vila, mil fotos perseguindo as crianças.
Um senhor mostrou como extraem a seiva da seringueira e em seguida como a borracha é feita.
Achando que a maior atração da vila já tinha sido apresentada, fui dar uma volta.
Eis que ouço uns gritos. O tal senhor tem uma jibóia. Isso, de estimação. Uma pequena jibóia de mais de 2 metros de comprimento.
Ok! Alguém tem dúvida do que eu disse quando vi a cobra?
EU QUERO PEGAR!
Piadinhas infames à parte, eu me enrolei na jibóia. Que fez um xixi em mim!
Dane-se! Eu tava enrolada na jibóia! Ela poderia me estrangular a qq momento (Ross no carro qdo estourou um escapamento e ele tinha certeza que era um tiro). Uma experiência próxima da morte!!!!!
Depois disto, paramos em uma mini-praia (já comentei que estamos na época da cheia?) e nadamos no Rio Negro.
Fantástico!
A água desse rio é linda demais. Densa. Escura. Brilhante. Rende fotos ótimas.
Depois disto, fomos nadar com os botos.
Impossível descrever. Não é à toa que chamam de boto-terapia. Eles são dóceis, fofos, e divertidos. Um deles fez carinho na minha barriga. Que sensação!!!!!!!!!!!!!!!!
Voltamos correndo ao hotel, almoçamos e canoa de novo (eu comentei que TODOS os passeios são de canoa? Sim, pq o hotel fica em cima da água e não há outra forma de chegar além de embarcações ou helicóptero). Bora pra aldeia indígena.
Rolou um ritual de iniciação (não sei exatamente a quê) mas consiste em colocar luvas num pivete. Dentro das luvas, colocam uma formiga chamada X (que esquecida) que só a picada dela dói por 24 horas.
Aí rolam umas danças, cantos e o menino é picado.
Crenças à parte, o ritual é de outro mundo. AMEI!
E acho que fiz fotos boas, apesar da pouquíssima luz. Apelei pra 1.4.
Amanhã parto no barco das 14:00hrs. Meu vôo é às 17:00 mas só chego em casa por volta de meia noite. Farei uma escala em BSB.
Já estou com saudades. Adoraria ficar mais uma semana.
Os funcionários do hotel são incríveis! Superam quaisquer expectativas.
Enfim, tudo que é bom acaba logo, mas deixa lembranças demais. E desta vez não será diferente.
Bora marcar um encontro pra eu contar tudo que faltou escrever aqui?
Beijotchau!

sábado, 4 de abril de 2009

Jacaré? EU SEGUREEEEEI!!!!!

EU SEGUREI O JACARÉ!
Com estas mãos lindas que um dia a terra há de comer.
A sorte é que a terra comerá exatamente pq o jacaré não comeu!
Fantástico! Fantástico! Fantástico! Fantástico!
Tô boba até agora.
Estávamos no barco, e o caçador ia pegar o jacaré. Tudo escuro e ele com uma super lanterna na dianteira do barco. Aí eis que de repente, não mais que de repente, ele mergulha.
CATATONIZEI! (inventado agora)
Não acreditava que ele tinha pulado à noite naquela água com jacarés.
Ele voltou com um jacaré de pelo menos um metro.
Indiana Jones obviamente teve aulas com Fábio, o grande caçador mergulhador da noite!
ÓBVIO, EVIDENTE, ULULANTE que eu TIVE que pegar o jacaré.
AMEI!
Uma moça tirou a foto; assim que ela me mandar eu posto.
Sensação incrível. Ele é lindo e cascudo ahhahaa mas a barriga lisinha e gostosa.
Na verdade era ELA. A jacarezinha.
Qdo eu falei que queria pegar o jacaré todo mundo no barco achou um absurdo!
Um senhor inclusive achou que a gente ia ver o jacaré de longe. Ele se horrorizou ao saber que alguém pegaria o jacaré, quanto mais trazer pra dentro do barco.
No final, depois que eu peguei, TODO MUNDO quis pegar.
Na boa? Eu era a mais "macha" entre os visitantes. Bando de homem bundão.
Inclusive foi um dos caras que deixou ele escapar. DETALHE: pra dentro do barco.
Foi tranquilo, viu! Eu só achei que ia virar e minhas fotos iam pra cucuia. Ou pra barriga de outro jacaré.
Ao vivo eu conto com representação.
Fui tb na pesca da piranha. Bem chatinho e ninguém pescou nada. Óbvio! Achei meio enrolação pra turista tonto.
De manhã fizemos uma trilha na selva. Não curti. MUITO abafado. A selva sim é pior que Belém.
Agora o pessoal tá na boate. Chique, ahn!?!?
Mas eu vou pro banho e dormir.
Tô morta de cansaço. Tô fedida.
E amanhã sim eu quero acordar às 4:45 pra ver o sol nascer. Hj eu perdi a hora =(
Fora isso, eu tenho detalhes sórdidos anotados no caderninho pra quando encontrar meus queridos amigos leitores e os não leitores tb, VIU GEMEA!?!? (óbvio que ela não vai ler afinal ela não é leitora! deeeer)
Bem, é isto.
Amanhã tem passeio à comunidade ribeirinha nativa pela manhã e ritual indígena à tarde.
Ah sim, quebrei o LCD do meu celular. Tava na hora de usar o seguro mesmo. Vou escolher outro (TAKEDA??? =D )
Acho, ACHO, ACHOOOO que tem um love is in the air aqui. Mas ao vivo eu conto. Corro riscos de leituras hahahahaha
Odeio blog não anônimo hahaha!

Genteeeee, preciso dormir! Quem diria, 22:00 e eu indo dormir!

Beijooooooooooooooooooooooooooooooooooo

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Pedro Rogério, muito prazer.

Gente! Cheguei!!!!!
O lugar é simplesmente FANTÁSTICO!!!!!!!!!!!!!!!!!
E a internê nem é tão cara hahahaha mais barato que na cidade! Pasmei!
Estou apaixonada pelos macaquinhos e araras. Quero levá-los embora.
Eles são BEM engraçados. Se vc mexer na bolsa, eles acham que tem comida e pulam em cima de vc.
Agora mesmo passou uma mulher com uns 4 pendurados nela e ela tentando esconder a bolsa dizendo: não tem comida!!!!
Hahahaha tô amando!
Não foi simples chegar, ÓBVIO!
Me esqueceram no Ibis. Simplesmente a minha reserva estava para 3 de MAIO!
Ok, o que são 30 dias quando o dia é o mesmo, ahn!!??!?!
Quase matei todos do hotel.
Resultado: me buscaram e atrasaram o barco que vinha às 8 e demoraria duas horas.
Por conta disto, viemos de lancha em 1:20. A lancha é à parte, mais cara. Mas neste caso todo mundo saiu ganhando e não precisou pagar a diferença.
YAY!
Mas ainda melhora.
No caminho, o Nonato, responsável pelo transfer começou a falar sobre o hotel, e disse que as suítes são mais caras, 500 doletas a mais pelo pacote. E que as casas dna árvore são 1000 doletas a mais. Caso quiséssemos trocar.
OK, Nonato. You wish!
Chegando aqui, me dão a chave de uma suíte! Inclusive uma que identifica uma torre. Tipo: Ali, na torre da Suíte Estrelar.
RÁ!
Tô num quarto no topo da torre, com duas varandas, uma delas com cadeiras, sofá, mesa de centro, cama espaçosa, rede, poltrona reclinável, ar condicionado, ventilador, frigobar, banheiro com água quente (sim, a maioria é com água gelada) e tudo isso sem pedir. E o melhor: SEM PAGAR por isso hhahaha
Ponto pro hotel. Boa forma de corrigir a mancada!
Tem de TUDO e um pouco mais aqui. Adorei a lojinha de conveniências com o ar condicionado no talo e sorvete =D
Daqui à pouco, vou com meu guia, o peruano Germano, gente boa, visitar os nativos. Vamos pegar uma canoa e visitá-los.
Acho que farei boas fotos.

Uma coisa que notei é que Manaus faz mal pro meu cabelo. Manaus é um elemento pofeador incrível. Do meu quarto (com ar) passando pelo corredor (sem ar) chegando no elevador/recepção (com ar) meu cabelo já betaniava.
O corredor do Ibis roubava minha dignidade a todo instante.
Aqui no Ariaú ainda não fui roubada. Tô curtindo.

Ontem no caminho pra cidade errada vi muitos Búfalos. São lindos e cute cute.
Todos que se esconderam de mim em Marajó apareceram aqui!
Quero levar pra casa tb!

Passei pelo encontro das águas. Bem bonito. Rendeu boas fotos. Mas assim; tipo; é um encontro de águas. E só. Nada de grandes emoções ou adjetivos.

Na cidade X onde fui parar (depois eu lembro o nome, editado: Careiro da Várzea) conheci o senhor Esmeraldo Queiroz. Segundo ele, TODOS os Queiroz do Brasil são descendentes dos antepassados dele. Fantástico esse senhor.
Não me deixou tirar foto dele de jeito nenhum. "Vai espantar tudo as coisa em São Paulo. As baleia, esses bicho de São Paulo".
Ô simpatia! Usei de todas minhas artimanhas fotográficas e não consegui. Então, volto com a imagem dele na mente.

Depois da minha loucura de dirigir em estradas desertas por 2 horas rumo ao nada, cheguei em Novo Airão. Fui direto ao restaurante Flutuante, onde os botos moram.
Gente, que coisa mais linda do mundo inteiro da vida toda do além mar!!!!
São 17 que vivem ali e vêm sempre brincar com os turistas ou qq pessoa que chegar perto.
Uns pesquisadores da UFRJ estão lá, num projeto dos botos. E eles são super bem tratados. A galera AMA aqueles fofos!

Não vou falar das partes ruins. O post de ontem já chega, como desabafo.

Agora deixo vcs com Pedro Rogério.

"Do lado de lá é mais bunitu. Vamo que eu acompanho a sinhora pra fotografá. Esse é tambaqui, pirarucu, tem um que é maior mas hoje num tem não. Ainda ontem tinha aqui ontem.
Aqui é só fruta. Melancia. Conhece melancia?
Num tem nada bunitu pá tirá foto. Mas quando a sinhora atravessá com a balsa, vai encontrá uns barco e uns peixe bunito ainda pulando.
Eu comecei desde criança aqui. Eu era flanelinha, cuidava dos carro. Mas aí a gente vai crescendo e umas companhia leva a gente pro mau caminho. Fiz umas coisa errada. Fui por um caminho ruim. Aí fiquei um tempo preso. Aí saí de lá, tomei juízo, fui pra igreja e graças a Deus parei com essa vida. Agora só faço as coisa certa.
Fico aqui o dia todo, cuidando dos carro. Os pessoal daqui, das casa, dos comércio me ajuda. Já fiz acordo de onde posso estacioná os carro. Os pessoal deixa. Até a puliça liberô essa parte aqui ó! Desse poste aqui, ó! Até o meio dessa coluna aqui. Os pessoal ajuda.
Mas tem uns puliça que é ruim, viu! Gosta de implicá. Chega aqui e multa todo mundo. Por isso que aquela hora eu fui lá falá cá sinhora. Pq ali onde a sinhora tava parada eles multa rapidinho. Tem gente que pára aqui que não qué nem sabê. Ignora a gente. Otro dia, uma mulhé, da sociedade, sabe; achei que ela ia me batê. Só coloquei as mão pra trás e disse: sim, sinhora. Ela era da sociedade, mas num queria dá um trocado não. Disse que eu num prestava. Aí eu falei que ela nem me conhecia e ela disse: GRAÇAS A DEUS!
Eu num ligo não. Sô humilde. A humildade é muito importante, né!
Eu tiro aqui uns 30, 40 real por dia. A vida num é fácil. Quando tiro pouco, eu já levo uns pexe daqui pra casa, pra ajudar, né!
Eu tenho hoje 3 filho, família, casado. Tenho miha casa pra cuidá. Sô responsável. Sei que eles depende de mim. Agora, meus filho já tem que ir pra escola. Tô trabalhando duro pá colocá na particular.
Eu num tive ensino, então quero que eles tenha. Quero dá tudo que eu não tive. Tudo de bão.
Agora a vida é diferente. Eu tenho consciência do mundo.
Ah, esse casaco? É de manga comprida pq é próprio pra trabalhá no sol. Ele num dexa esquentá. Trabalhava com ele na construção, 40 grau. Agora tá fresco.
A sinhora vai vê lás pras 11. Aí sim fica quente. Olha a cor que nóis é aqui por causa do sol.
A manga comprida ajuda a protegê do sol. Aqui em Manaus o sol é muito forte, tem muito caso de câncer de pele aqui. Aí eu uso esse casaco.
Na cara, quando tem, passo protetô, quando num tem vai assim mesmo.
Ah, meu nome é Pedro Rogério.
Antes de embarcá a sinhora dexa um refrigerante aí pra nóis?"

As lágrimas me impediram de fotografá-lo. Não queria tirar os óculos, pq ele veria que eu estava emocionada.
Antes de embarcar, ele foi levar um grupo em algum lugar. Deixei alguns "refrigerantes" com um amigo dele.
Ah Pedro Rogério, se vc soubesse o quanto me fez bem com esse seu português irregular e essa simpatia.

Eu amo SP um pouco mais!

Eu não ia postar nada hoje. Afinal, o horário está super avançado pra quem tem que acordar às 6, amanhã.
No entanto, estou esperando o lixo do assistente para câmera e scanner do windows copiar as fotos de um dos cartões pro pendrive.
Ou seja, não posso sair do PC. Então, vamos escrever.
Hoje foi um dia terrível. Eu diria que o pior de todos os dias de todas as viagens de toda a minha vida.
Esta cidade é uma zona sem tamanho. Nenhuma rua tem placa com o nome. Ninguém sabe os nomes das ruas, eles só sabem dizer: vira ali, vira lá.
Se dizendo pra virar aqui e acolá eles pelo menos acertassem o caminho, estaria ótimo! Mas não... 99% das pessoas não faz idéia de como se chega em qq lugar.
Aeroporto? Ahn? Não, não sei. Daqui não sei não.
Ok, imbecil, por acaso de algum outro lugar vc saberia?
Claro que não.
Frentista então, esqueça! Eles não sabem nem o nome da rua do posto onde trabalham.
Qq coisa é longe demais. Tudo aqui fica a pelo menos 20Km de onde vc estiver.
E se não ficar, vc vai percorrer 20Km com as indicações que vão te dar pra chegar na rua ao lado.
E eu que achava que em SP ficava tudo longe demais, tô achando SP um ovo. De codorna.
Como se não fosse o suficiente, não há placas. Ou melhor, há. Apenas uma de cada lugar.
Uma placa que indica o aeroporto. O detalhe é que ela fica há mais de 20Km dele. Na primeira bifurcação vc faz unidunitê. Ou pergunta pra alguém. Ah, mas perae, eles não sabem. Então unidunitê mesmo.
Enfim, rodei o mundo hoje.
Queria ir pra Novo Airão e umas 273812980 pessoas me ensinaram o caminho. Todos convergiam ao mesmo porto. Que era o errado e eu só descobri isso depois de esperar 2 horas pela balsa, mais uma hora pra chegar lá e depois d ter andado mais 1Km.
Bem, tudo tem um lado bom, eu vi o encontro das águas, a famosa pororoca nessa viagem e conheci Pedro Rogério. Mas a história de Pedro Rogério é pra outro post. É especial demais.
Voltei da cidade errada às 14:00 e consegui ir pra certa, depois de dirigir 200Km.
Vi os botos, brinquei com eles, alimentei, fotografei MUITO (por isso, inclusive, que eu tô esperando baixarem as fotos) e conheci dois meninos bem legais, biólogos, que estão em Novo Airão fazendo estudos sobre os botos e ensinando a preservação, o cuidado com eles e tal. ADOREI!
Dirigi mais 200KM pra voltar, fiquei uma hora na balsa, demorei mais uma hora pra achar o aeroporto e devolver o carro, fui sacar dinheiro e não tinha dinheiro no caixa, peguei um taxi que corria pra tirar o pai da forca e cheguei no hotel 5 minutos depois de tr fechado a cozinha.
Tô bem. Tô bem. O moço da recepção colocou uma lasanha de microondas pra esquentar e eu comi metade. E esta foi a minha primeira refeição depois do café da manhã, aquele que eu tomei às 6:30.

Amanhã o povo do hotel vem me buscar. Vou sair do Ibis às 7:20 e devo chegar no Ariaú às 10:00.
Não sei qual é o esquema de internê por lá, mas se tiver, vou conectar pra postar sobre o Pedro Rogério. Aí aproveito e atualizo.

Tirando o que é ruim tá tudo bom =D

Acho que tá no final das fotos! YAY!

BeijoTchau!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Eu amo mesmo SP

Começamos bem. No caminho:
- Vcs viram que o aero de GRU agora vai construir uma nova asa? Um avião X que comporta 800 pessoas vai poder pousar aqui.
- 800? Affff! Mais gente pra morrer!
- Mãe! Isso é coisa pra se falar?
- Ah, vc tem um espirito muito andarilho, só de pensar já me canso.
- Ok, eu tb acho que vai ser uma ótema viagem!

Humpf!

Bora lá! Embarque tranquilo. Vôo mais tranquilo do mundo. 3 poltronas só pra mim. Sem sapato, deitada cada hora numa posição diferente (estilo Sid - A Era do Gelo) e lendo Dexter.

Chegamos!
Renato (o que trabalha comigo) eu não pisei numa cobra quando desembarquei. Inclusive, até agora não vi nenhuma, tá?
Cidade grandona.
Já me perdi váááárias vezes. Inclusive tá sendo um super exercício, daqueles que minha terapeuta me mandava fazer e eu nunca fiz: confie na sua intuição!
Meu! Eu tô num caminho. Algo me diz que é por ali mesmo (e meu senso de direção é MUITO bom!). Do nada eu cismo que to errada e volto. Páro pra perguntar e TCHARAM, eu tava no caminho certo! =/

Bem, voltando. Desembarquei. 24ºC. Ameno para padrões nortistas.
Me vi num desespero tamanho pra comer no aero. Só encontrei um Bob's. O mais sujo do mundo. Padrão de qualidade negativo.
Mas, vamos comer, afinal, o óleo quente deve matar essas coisas.
Tô comendo e eis que uma mulher pede pra sentar na minha mesa pq não tinha mais nenhum lugar vago(não dá nem pra chamar de praça de alimentação. são umas mesinhas com poucas cadeiras em frente ao Bob's).
Começamos um papo e acabei ficando mais tempo sentada. Ela me pareceu bem legal. Simpática. Da minha turma das falantes e animada.
Trocamos cartões.
Fui pegar o carro na locadora.
E lá vamos nós à aventura.
O mapa da locadora e NADA é exatamente a mesma coisa. Aliás, o NADA é melhor, pq vc pára e pergunta.
Cheguei ao bairro do hotel. Eu via o hotel e não conseguia chegar nele.
Sabe Joey quando vê a gostosa do prédio do Ross e não consegue chegar nela? Então. Foi assim (Se vc não assiste Friends, sorry, mas não lembro de outra comparação mais fiel).
Pertinho do hotel tem uma rotatória gigante. A maior que já vi em toda a minha vida!
E eu consegui entrar em todas as ruas dela e não achava o hotel.
Cada rua que eu entrava, olhava pro lado e lá estava ele. Mas nada de achar uma rua que chegasse lá.
Depois de muitas voltas na rotatória, que aqui tem o nome de BOLA, eu achei a rua do hotel.
Check-in, banho e bora bater perna.
Perguntei antes pra um taxista do hotel onde ficava o mercado municipal. Ele me disse que estava desativado.
ÓTEMO!
Mas então, me ensina chegar no porto, que fica lá perto.
Ensinou.
Cheguei certinho.
E TCHARAM, o mercado funciona! RÁ!
Não no prédio do mercado. Esse sim, está abandonado. Mas funciona do lado.
Entrei e saquei a câmera.
TODOS os olhos se voltaram pra mim.
Milhões de fotos ali.
Pedi pra uns senhores que estavam jogando dominó numa luz baixa se poderia tirar foto deles. Deixaram e obviamente ficaram fazendo graça.
Acho que foi a melhor foto de hoje!
De lá fui pro porto flutuante, que é do outro lado da rua.
Adorei a água do rio Negro. É linda. Densa. Escura. Parece um rio de óleo preto. Bem legal mesmo! Dá vontade de mergulhar.
Parei numa barraquinha que fica exatamente na parte flutuante. Pedi uma coca de garrafinha e fiquei de papo com o tio. Gente boa demais. Ficou explicando que ali perto tinha mais 3 portos e que eu podia andar sossegada que o pessoal ali só quer saber de trabalhar.
Bem, trabalhar e paquerar.
Assim, se um dia eu enlouquecer e cismar que preciso casar em menos de 24 horas, já sei onde ir. No porto flutuante de Manaus.
Caraca! Em menos de 1 hora eu recebi mais cantadas que na minha vida inteira.
ÓBVIO que em um porto, 101% dos frequentadores pertencem ao baixo escala, comunidade da qual sou a musa. Mas não foi nada de baixo nível como qdo passo pelas construções em SP.
Foi algo novo! Passando na rua e eles falando: boa tarde, princesa!
hahahaha é hilário! Óbvio que eu tinha que atrair o baixo escalão aqui tb, mas foi respeitoso, galanteador.
Pô, eles chegavam, ficavam conversando, perguntando de onde eu era, me chamando pra ver sei lá quem pescando.
- Olha, a moça vai te filmar. Mostra o peixe!
- Ah, mas que coisa mais linda! Vc é maravilhosa! Branquinha assim, só podia ser de SP, aqui não tem mulher bonita assim não.
(AINDA BEM que nenhuma índia brava ouviu, senão eu tava frita!)
O porto flutuante é composto de várias placas de ferro que são interligadas e entre elas há pneus, como se fossem divisórias. Entre uma e outra, há sempre um degrau.
Estava guardando uma lente parada na beira de um degrau. Um moço achou que eu estava com medo de descer e veio me dar a mão: cuidado pra não cair, moça! bom trabalho, hein!
Enfim, fiz MUITO sucesso! Musa do norte!
De lá fui pro Teatro Amazonas.
Bem, fotos panorâmicas não são meu forte, mas fiz algumas. Bonito, o Teatro. Só vi por fora. Então não me impressionei muito.
Talvez por dentro seja mais legal.
Sentei ali na frente, tomei um suquinho e depois peguei o carro de novo pra ir pro shopping, onde eu esperava encontrar uma farmácia e um ponto de acesso à internet.
Bem, o shopping é minúsculo e tinha uma farmácia com preços tão exorbitantes que nem a Daslu praticaria se vendesse produtos de perfumaria.
Internet? Ah, deu problema e tá desligada. É uma bancada de computadores pro shopping inteiro usar. Estranho.
A tolerância do estacionamento é de 30 minutos. Se fosse em SP não faturariam muito. Procurei tudo que precisava e saí em 15 minutos. O shopping é tão minúsculo e o estacionamento tão grande, que se lotar aquilo de carro não tem espaço pra todo mundo no shopping.
Qdo fui validar o ticket, perguntei pra menina do caixa se tinha outro shopping perto dali. Ela disse que não.
Aí perguntei: e longe daqui? um shopping maior que este?
Ela: - ahhhhh adsdhadhasdhysu pra lá pra cima (fazendo gesto com a mão em cima da cabeça dela) mas eu não sei onde é não.
Ok! Eu posso viver sem outro shopping.
Voltei pro hotel e escrevi isso tudo em 25 minutos, pq a hora da internet aqui é um abuso!
Amanhã vou pra Novo Airão, se eu achar a estrada!
BeijoTchau!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Eu continuo atraindo...

Fazia tempo que não aparecia nenhum maluco no meu msn.
Na verdade, tempo faz é que eu não acesso o Gazzag ou tenho paciência pra falar com os bloqueados da minha lista.

Sábado passado, este ser me adicionou.

Pelo nick, já percebe-se que é uma pessoa de extremo senso e muito normal.
Tá, tá, tá, não serei preconceituosa. O nick não diz nada sobre a pessoa (ah se minha terapeuta me ouve).

Tirem suas próprias conclusões:

isac_vida_loka disse:
oi

Malu Green! disse:
Oi
Quem é vc?

isac_vida_loka disse:
oi lida

(sim, a sua msg anterior foi um "oi" e ela foi lida)

Malu Green! disse:
Oi, mas quem é vc?

isac_vida_loka disse:
voc mada cu nmu ro gata lida

(Epa! Mal começa o papo e ele me manda praquele lugar? E sim, a mensagem foi lida.
E eu continuo tentando entender o que ele tentou dizer com esse amontoado de letras. Qdo eu digo que um dos maiores problemas da humanidade é a comunicação, ninguém me ouve.)

Malu Green! disse:
O que é isso? Vc é analfabeto?

isac_vida_loka disse:
vc ma da ceu msn gata lida

(Tão poucas letras e tantos significados:
Não, eu não sou a Madá.
Ah sim, você só quer o céu? Mais nada? Simplório, ahn!?
E óbvio a msg foi lida, que coisa!
Ok, depois de meia hora olhando, entendi que ele queria o meu msn. Mas perae, já estávamos no msn!!!! Oh my! Será que ele quis dizer que eu dei meu msn pra ele? NUUUUUUNCA!)

Malu Green! disse:
Ok! Vc é só mais um louco (e pior, analfabeto) que aparece no msn! bem vindo à minha lista de bloqueados

Isso prova que eu continuo atraindo.
E a lista dos bloqueados cada vez aumenta mais.

terça-feira, 3 de março de 2009

Vamos ali pra eu te examinar?

Eu tinha me esquecido de como é difícil escolher um ginecologista.

Minha primeira ginecologista foi uma dra bem boazinha; Ângela. Tinha um consultório em frente à minha casa. Fui levada por minha mãe, por volta de 13 ou 14 anos. Época em que não tínhamos plano de saúde e este não era um produto altamente difundido e comercializado como hoje.

Nem me lembro exatamente o que rolou na consulta, além da inevitável posição de frango assado. Óbvio!
Lembro-me que tinha um abcesso na virilha. Nem era na dita-cuja. Mas mesmo assim, fui iniciada na cadeira maldita.

Passado o tratamento, decidi que me manteria o máximo de tempo possível longe daquela tortura chinesa. Santa ingenuidade!

Mantive minha promessa o máximo que pude. Altamente negligente, percebi que teria que voltar à ginecologista de qualquer forma. Não havia como escapar deste mal necessário.

Lá pelos 21 anos, voltei.
Não fui na mesma Dra. Acho que ela nem atendia mais no mesmo lugar. Acabei fazendo uni-duni-tê no livrinho do convênio e fui parar no consultório de Dra Aurélia.

Achei que havia me preparado para novamente deitar-me na cadeira de torturas. Ledo engano.

Deitar em posição de flor desabrochando na primavera era o de menos. Aquele dia fui apresentada ao Mr. Espéculo.
Um cara frio. Gelado, pra ser mais exata. Que sem cerimônia alguma foi entrando, como se a casa fosse dele!

HEY, Mr.! Que abuso! Não rola nem um peitinho pra criar um clima!?!?!
Humpf!

Tirando minha cara de alguém-mate-esta-mulher e a vontade de levantar e pular, pra ver se aquilo saía dali, o exame foi quase tranquilo.
Quase, pq qdo comecei a me acostumar, Mr. Espéculo começou a esquentar um pouco, e eu podia pensar em relaxar, mais alguém entra!!!!!!
Tá! Casa-da-mãe-joana agora!?! Entra quem quer, quando quer?!
Era um pauzinho bem falidinho, fino e incômodo e começa a raspar tudo lá dentro.

HEY! Tô sentindo cócegas aqui na garganta! Tem jeito de parar de me cutucar!?

Ok, o exame acabou.
UFA!
Demoraria um ano pra voltar ao sofrimento!

O tempo passou, eu já estava um pouco acostumada com aquele ritual. Um pouco, pq na verdade achei que nunca me acostumaria com aquela mulher exatamente ali na minha frente, naquela posição, encarando meu lado mais... profundo.

Não lembro o motivo, mas desisti de Dra Aurélia. Talvez o fato de ela ter sido a apresentadora do Mr. Espéculo tenha me deixado um pouco traumatizada. Sem contar que ela não conseguia resolver minhas cólicas homéricas.

Procurei a Dra Vivian, lá do outro lado da cidade, por indicação de uma amiga.
Como todo consultório de gineco, ficava muito tempo esperando, mas a Dra era um amor, super simpática e TCHARAM o Mr. Espéculo que ela me apresentou era um cara hot! Nada de metal. Um outro material (provavelmente plástico) que estava na temperatura ambiente. Dra Vivian sim, entendia das coisas.
Porém, ela encontrou um mioma lá dentro.

Oh my! E agora? Quem poderá me defender?

Dra Vivian podia, mas de uma forma que não era a mais legal. Então ela indicou outro médico que faria a cirurgia por vídeo.
Ok, e lá vamos nós.

Por algum motivo que me é obscuro no momento (ok, vcs já perceberam que eu não tenho memória), não deu certo com o médico indicado. Uma vaga lembrança me veio agora. Ele parecia louco e queria me operar de uma forma louca.

Comecei novamente o uni-duni-tê na lista do convênio.

Encontrei uma clínica. Mais ou menos próxima de casa. Num prédio legal. Com um site legal.
Liguei e marquei.
- Qual dr você quer?
- Qualquer um. (não conhecia ninguém mesmo)

Cheguei no dia da consulta com meus exames e esperei, esperei, esperei, esperei. Eu achava que os médicos que eu já tinha ido demoravam, mas aquele!!!!! Era uma espera sem fim!
Mal humorada, finalmente fui chamada.

Quem me chamou foi o Dr Carlos. (Confesso que achei estranho. Homem. Aquela posição. Sr Espéculo. As coisas não casavam muito.)

Entrei na sala. E o Dr Carlos, sorridente me recepcionou.
Conversamos. Muito. Ele viu os exames. E então veio a fatídica frase: vamos ali pra eu te examinar.

Ai caraca! É um homem! E eu não tô afim dele!
Mas...
Tá no inferno, abraça o capeta. Bora lá.

A secretária entrou pra ajudar e quando eu estava na posição para morrer, ele entrou.
E eu lá, olhando pro teto, super compenetrada na pintura e na luminária. Lembro até hoje perfeitamente delas.

Minha primeira frase, no momento em que literalmente me abri para Dr Carlos, foi: "Fala sério! Quem inventou esse exame foi um homem, né? Só pode! Caramba! Além dessa posição ingrata só vão colocando coisa aí dentro. E nada de colocar uma coisa legal! É metal, é palitinho, é lâmpada! Tá virando uma caixa de ferramentas a coitada."

Ele e a Paula, secretária, rolaram de rir. O gelo foi quebrado, e pra sempre.
Dali pra frente eram brincadeiras e mais brincadeiras.
Quando ele avisou que tinha terminado, me surpreendi:

- OPA! Eu nem senti colocar!

Ok, esta frase poderia ser péssima em qq outra situação que envolvesse a posição de adoração ao sol às avessas e um homem. Mas naquele caso, WOW!

Bem, não preciso dizer que nunca mais mudei de gineco, né?

O cara é bom pra caraca, tem a mão quentinha (muito importante!!!), fez minha cirurgia super bem, fez o acompanhamento, cuidou de mim quando passei mal num exame, se interessa por todos os outros exames que eu faça (independente da especialidade ele sempre quer ver todos) e é gente boa pra caraca.
Eu adoro brincar com ele, reclamando de tudo que ele está fazendo, falando que tô sofrendo e a culpa é dele.
Ficamos tão íntimos, com perdão do trocadilho barato, que ele sempre fala: Meu Deus! Como vc reclama mulher! Eu tenho que apertar mesmo pra ver se tá tudo certo aqui. E não está frio aqui dentro não. Pára com isso. Eu não estou com frio. Se vc ficasse de roupa não teria frio.
E isso tudo, rindo muito. Um clima super legal. Eu nem lembro que estou nua como vim ao mundo, arreganhada como não vim ao mundo e que ele tá olhando lá dentro com um holofote pra uma coisa que pouco vê o mundo.

Bem, a última vez que nos vimos, foi final de 2007. E ele SUMIU! =O
Mudou de consultório e no consultório novo ninguém atende =(
Aí, há uns 2 ou 3 meses estou fazendo uni-duni-tê na lista do convênio.

Os nomes já me dão arrepios.

Tupinambá - Aham, o consultório deve ser numa aldeia. Não quero nem pensar no espéculo.
Haruo - O exame deve ser feito dentro da pokebola
Apollonio - Oh my! Não! Com este nome você não vai ver minha Apollonia!
Baskerville - Vai me olhar com uma lupa, fumando cachimbo e dizer: Elementar minha cara Lara!
Thecle - Não, eu não tenho teclas a serem examinadas.
Bronchtein - Poutz! Dispensa comentários.


E a saga está apenas começando!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Damien Rice. Eu vi.

Sou fã de Damien há um bom tempo. Por ser um músico folk, irlandês e bem pouco conhecido no Brasil (se compararmos com grandes artistas pop) minhas esperanças de vê-lo um dia eram quase nulas.

I'm a fan of Damien for quite a good time. Being himself an irish folk singer and not well known in Brazil (if we compare him to other great pop singers) I had almost no hope at all in ever seeing him live.

Damien Rice

Este show foi a realização de um sonho que eu nunca sonhei. Vê-lo, em Florianópolis, a menos de 10 passos de distância, sentar no palco ao seu lado e cantar Volcano olhando pro seu rosto, sentindo infinitamente mais seu sentimento do que ao ouvir um cd, definitivamente não foi algo que eu pudesse sonhar que aconteceria.

This show was like making an undreamed dream come true. Watching him, in Florianopolis, at less then 10 steps away, sitting on the stage next to him and singing 'Volcano' looking at his face, feeling his emotions infinitely more than just listening to his song was definetely not something that I would dream it could ever happen to me.

Damien Rice

Na verdade, durante o show, se eu fechasse os olhos, eu poderia jurar que era um cd. O que fez a diferença foi sua expressão, o modo como ele consegue transmitir o seu sentimento, a forma como ele interpreta a música. Tudo o que ele canta ESTÁ acontecendo com ele, naquele momento.

Actually, during the show, if I closed my eyes I'd swear it was just his album on the CD player. But the difference was his expression, the way he was able to transmit his feelings, the way he plays the song. Everything he sings is happening to him at that very moment.

Damien Rice

Qualidades técnicas não faltam, de igual forma. Damien é um artista completo. Carismático, brincalhão (inclusive com seu estilo de arte melancólica), dono de uma voz poderosa e principalmente conhecedor exímio dos limites de seu poder vocal, ele brinca com altos e baixos, com improvisos e de repente, desliga o microfone e o amplificador. À capella em um ambiente com mais de 1000 pessoas, realmente não é pra qualquer um. Mas Damien tira de letra e ainda arrisca sussurros, em um silêncio absoluto de seus adoradores.

Likewise, he's not lacking technical qualities. Damien is complete. Charismatic, funny (even in his melancholic way), master of a powerful voice and expert with the limits of his vocal power, he jokes with high and low pitches, improvising and then, suddenly he turns off both the mic and the amplifier. Singing "a capella" in a theater with more than 1,000 people really isn't something that anyone can do. But Damien masters it and even try some whisperings with an absolute silence of his admirers.

Damien Rice

Enquanto estava no show, diferente de qualquer outro show que eu tenha ido; não cantei, não gritei, poucas vezes aplaudi. Estava extasiada. Estava hipnotizada. Precisava sugar cada momento daquele sonho. Passei o show arrepiada. Demorei até a terceira música para perceber que aquilo tudo estava acontecendo. Chorei. Chorei pelo momento, chorei por sentir a música, sentir a letra, sentir Damien como nunca senti. Quando eu estava no palco, Damien olhou nos meus olhos por 2 segundos eternos. E acho que só neste momento é que eu consegui acreditar que tudo aquilo estava realmente entrando pra história da minha vida.

while I was on the show, different from any other show I've ever been, I didn't sing or shout and I rarely applauded. I was rapt. I was hypnotized. I had to absorb each moment of that dream. I spent the whole show with goose bumps. It wasn't until the third song that I realized that everything was really happening. And then I cried. I wept because of the moment, I wept for listening to the song, feeling the lyrics and feeling Damien like I've never felt. When I was on the stage, Damien looked in my eyes for two long lasting seconds. And I think that was the only moment I could believe that all of that was actually going to make part in the history of my life.

Damien Rice

Não há uma só frase escrita, falada, cantada por Damien que não me deixe emocionalmente vulnerável.

There isn't a single sentence written, spoken or sung by him that doesn't make me vulnerable.

Damien Rice

Seja a delicadeza da voz fraca, quase sussurada; seja o grito, com notas sustentadas por tempos e tempos; seja o cantar leve ou uma piada. Independente da forma como se expressa, Damien é um poço de sentimento.

Maybe it's the softness of his almost whispered weak voice; maybe it's the shouting held on and on; maybe it's his soft singing or even a joke. No matter how he expresses himself, Damien is like a pool of feelings.

Damien Rice

Não há como ficar impassível diante dele. De uma forma ou de outra, Damien provoca uma mudança em quem tem o privilégio de sua presença. Não é só mais um show, não é só mais uma música, não é só mais um artista. Damien simplesmente quebra paradigmas, ele se mostra tão humano e normal quanto todos os que estão no local. É como se por algumas horas ele abrisse seu coração para que pudéssemos ver um lado que os discos não mostram, que as músicas não conseguem transmitir.

There's no way to be impassive before him. One way or another, Damien stimulates a change to the one who's privileged of his presence. It isn't just another show, just another song, just another artist. Damien breakes paradigms, he reveals himself so human and normal like any other person on the theater. It's like he could open his heart for a few hours so that we could see a side of him that the albums can't show and the songs can't express.

Damien Rice

É um Damien puro e transparente.

It's a pure and transparent Damien.

E eu vi. E jamais me esquecerei.

And I saw him. And I'll never forget.




Traduzido pelo meu abandonator preferido: Dr Takeda :)