sábado, 22 de março de 2008

Nada é por acaso! NADA!

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Não é novidade pra quem me conhece, que; se é esquisito, fica no oriente e ninguém entende, eu AMO!
Bem, a Arábia é só mais uma destas "coisas".
A Arábia, arredores e tudo que ela "contém".
Sendo assim, enquanto não junto dinheiro pra ir até lá, a Arábia, de um modo muito interessante vem até mim.
Também não é segredo nenhum que eu sou Adventista do Sétimo Dia.
E sendo assim uni o útil (minha religião) ao agradável (Arábia)!
YAY!
Encontrei a Comunidade Árabe Aberta (doravante CAA), que é uma Casa de Oração que reúne pessoas interessadas em buscar a Deus, seguindo a doutrina Adventista.
Há mais de um ano tenho ido à CAA, que fica na Vila Mariana, e tenho realmente me "encontrado" lá.
Um lugar calmo, sereno, com muita paz e gente boa.

Além de orações, aprendemos mais sobre Deus, sobre sua palavra, seus desejos para nós e sobre a cultura árabe!
Há alguns dias, creio que no dia 28/04/07, iniciou-se um projeto especial na CAA.
A CAA ganhou algumas Bíblias em árabe, para iniciar um evangelismo diferente. Segundo o que foi explicado, as famílias árabes que vivem no Brasil, em sua grande maioria, sentem dificuldade para encontrar literaturas em sua língua mãe por aqui. Sendo assim, 2000 Bíblias foram doadas para que nós pudéssemos distribuí-las a famílias árabes.
Não há como negar, que ao receber a Bíblia árabe, o primeiro desejo de todos os que estavam lá foi guardá-la como uma "peça" de coleção. E exatamente por isto o projeto foi explicado bem antes que elas fossem distribuídas.
As palavras do pastor Chaguri foram: "Eu sei como é legal ter uma Bíblia em outra língua na sua casa. A tentação será grande. Mas vocês precisam entregar esta Bíblia a um árabe, porque este é o nosso projeto. Para ajudá-los nós vamos combinar o seguinte: esta primeira Bíblia vocês pegam e levam para um árabe. Assim que entregarem a Bíblia, voltem e peguem uma para vocês. Será uma recompensa! E veja bem; nós oraremos para abençoarmos estas Bíblias, então, se vocês não entregarem e deixarem na estante de casa, vocês vão sentir um peso imenso na consciência quando olharem para ela."
Ele usou um tom descontraído porém sério!
Pediu que só quem realmente tivesse intenção de participar do projeto é que pegasse a Bíblia. Afinal, ninguém era obrigado a fazer aquilo.
Claro que peguei a Bíblia. E confesso que um pouco da motivação era ganhar uma para mim depois.
Saí de lá decidida a tropeçar em um árabe no próximo quarteirão e entregar-lhe a Bíblia.
Bem, o dia correu normalmente e eu não cruzei com um árabe. Voltei pra casa e arrumei minhas malas para irmos a Tatuí.
No caminho de ida, perguntei à Lu e ao Takeda se algum dos dois conhecia alguém árabe. Aquilo estava realmente me tocando!
Takeda conhece uma família perto de sua casa e a Lu conhece uma menina que estudou com ela em algum lugar.
Bem, em vista das duas opções que se apresentavam a mim, resolvi conhecer a amiga da Lu, quando elas fossem se encontrar um dia, e entregar a Bíblia a ela.
Mas ainda não era isso que eu sentia que queria fazer. Me parecia vazio, sem muito sentido. Algo como: Olá, muito prazer, eu sou a Lara. A Lu me contou que você é descendente de árabe e eu resolvi te dar uma Bíblia.
Tsc.
Mas, eu não tinha muitas opções.
No entanto, eu não sei o seu, mas o meu Deus, escreve até mesmo onde não existem linhas!
Os dias se passaram.
Naquela mesma semana, eu tirei uma folga depois do feriado, no dia 02/05 e passei o dia sozinha fazendo compras na 25 de março e região
Quando voltei pra casa, olhei a Bíblia na estante e falei pra minha mãe: Pôxa, eu fui na 25, tem tanto árabe por lá. Eu devia ter levado a Bíblia e entregue pra algum deles.
Mas... ainda não era isto! Ainda estava vazio demais!!!!!!
Creio que orei algumas vezes pedindo que Deus me mostrasse o que fazer com a Bíblia.
Bem, aquele restante de semana foi bem agitado, pois no sábado iríamos no Orfanato Acalanto levar alguns brinquedos, fraldas, leite, roupas e remédios. (É... eu fiz uma faxina nos meus bichos de pelúcia no sítio e resolvi doá-los a quem não tem. E junto juntei muito mais coisas com pessoas de coração bom).
Sábado cedo, fomos Lu, Takeda, Vivian e eu ao orfanato. Muito mais gente tinha combinado de ir, mas na última hora as pessoas somem.
Enfim, isto é o de menos.
Brincamos com as crianças, nos divertimos fazendo o bem e isto realmente não tem preço algum!
Assim que chegamos eu ralei a porta do carro em um dos "toquinhos" de concreto que ficam na calçada do orfanato. Mas... eu estava lá pra alegrar pessoas e pra isso precisava estar alegre também. Ignorei o toquinho, o ralado, o preço do conserto e tive um ótimo dia!
Dormi durante a tarde e quando acordei fui chamada pela Grace para ir à Virada Cultural. O assunto já tinha sido comentado durante o dia e a Lu logicamente (e quem conhece a Lu entende o logicamente de modo natural sem precisar de explicações) disse que não ia sair de casa à noite pra ir em eventos da Virada.
Bem, nem cogitei de chamar o Takeda, afinal, era o Takeda!
Se coisas mais "normais" e de dia ele não topa, quem diria sair de madrugada no centro velho de SP pra fotografar!
Acabei bem desanimada de ir sozinha encontrar a Grace e sua turma. Mas ela me convenceu a uma última tentativa de chamar o Takeda. Absolutamente certa da resposta dele, eu chamei por desencargo de consciência. Algo do tipo: ?Vou chamar só pra Grace não achar que eu tô inventando!?
E PASMEM! Takeda aceitou prontamente ao convite.
Nem eu acreditei direito, mas era algo que me transformou na personificação da cara de ué!
Talvez ele comente aqui explicando o motivo de atitude tão espantosa!
Bem, sendo assim, comecei meu Geller Checklist (Sim eu faço checklist pra tudo, inclusive pra sair de casa)!
Câmera ? OK
Flash (não muito útil para o momento, mas eventualidades acontecem) ? OK
Baterias ? OK
Tripé ? OK
Blusa ? OK
Dinheiro (bem pouco porque eu poderia ser assaltada no centro de SP) ? OK
Chave do carro ? OK
Takeda (ainda pasma!) ? OK
E lá vamos nós.
Tive a MA RA VI LHO SA idéia de estacionar próximo ao metrô Carrão, num estacionamento 24 horas da Radial Leste.
Entrei, parei o carro, pegamos tudo que precisávamos, coisas na mochila, dinheiro e documento no bolso e lá fomos nós. Ou pelo menos tentamos.
Ao tentar sair da magnífica obra de avançada tecnologia arquitetônica, o chão deslumbrante do estacionamento, coberto com inúmeros pedregulhos SOLTOS em chão de terra batida me ajudaram a deslizar rumo à rua.
É. Eu capotei literalmente.
Não sei como e sinceramente lembrar do momento ainda me arrepia.
Só sei que o meu pé esquerdo escorregou e fez a minha perna esquerda seguir reta para a frente, enquanto a desavisada perna direita ficou vendo a banda passar e recebeu todo o peso do meu corpo.
RÁ, por óbvio que ela literalmente abriu o bico!
Senhores prezados leitores deste humilde blog. Dentre todas as dores que já senti em toda minha vida, esta merecia entrar pro Livro dos Recordes como a pior delas.
Um misto de formigamento pela perna toda, com uma dor lancinante de algo apunhalando a carne, o susto do acontecido, a pele ralada em contato com o vento frio e a impossibilidade momentânea de mexer qualquer coisa que não fosse a boca pra gritar, é a sensação mais absurda que eu já senti.
Num primeiro momento, tive certeza de ser uma fratura exposta, mesmo sem nunca nem ter visto uma. Talvez aquela sensação do vento na parte ralada. Não sei, mas foi a primeira coisa que me passou pela mente.
Sendo assim eu precisava suplicar que o médico, enviado por Deus há alguns anos pra fazer parte da minha vidazinha, e que tinha topado ir à Virada comigo, verificasse o que acontecia com a minha pernoca.
Certificada de que nada estava pra fora, me acalmei 90% e então TKD foi buscar o carro. Antes de pegar o veículo, ainda voltou para pegar o papel do estacionamento e caiu no MESMO lugar, e desta vez com as duas pernas, providencialmente, levantando em seguida para trazer o carro até mim.
Saímos dali, com ajuda de algumas pessoas que tinham acabado de estacionar e realmente foram à Virada.
Fomos primeiro ao COT, que fica bem próximo do estacionamento e é um treco de ortopedia que supostamente fica aberto à noite/madrugada. Supostamente, porque ao chegarmos lá, o mané que estava lá dentro veio nos informar que eles não atendem emergências.
Como somos ingênuos, não percebemos que eles estavam abertos para as pessoas que marcam consultas na madrugada da Virada Cultural.
HUMPF!
Fomos à clínica que eu SEMPRE vou na vida, na Praça Kennedy na Mooca. Mas todos os médicos e atendentes estavam na Virada Cultural e a clínica estava fechada.
Neste meio tempo, minha mãe ligou e eu não conseguia falar no tel, só gritar!
Depois de uns minutos, a Grace ligou, afinal ela estava lá na estação Sé do Metrô e já tinha passado da hora de nos encontrarmos. Com ela eu consegui falar um pouquinho. Ainda bem que ela desligou rápido e não foi obrigada a ouvir meus berros.
Confiando no meu doutor, fomos ao Hospital São Paulo, que é onde o Takeda reside. Ok, ele faz residência lá.
Desculpem a piadinha infame, mas foi mais forte do que eu (muitos risos).
Takeda fez minha ficha no hospital e descemos à ortopedia.

Uma pausa para uma saudação:
Três vivas ao Habib's!

VIVA! VIVA! VIVA!

Voltando.
Ele me deixou na espera com uma galera macabra saída da volta dos mortos vivos.
Eu tinha certeza que a qualquer momento um deles iria olhar em transe pra mim e falar: CÉREBRO!
Ao voltar ele me disse que um dos doutores que estavam atendendo era conhecido dele e que iam me passar na frente.
Só sendo amiga de médico pra saber COMO ISTO É BOM!!!!!!
Neste momento, a dor estava latente, mas calminha. O que mais doía eram as mãos segurando a perna pra cima.
Aguardamos um pouco e fui chamada.
Entramos e um doutor X me examinou. Aquele exame básico de ortopedista, apertando em todos os lugares, ansiando pelo momento em que ele vai apertar um ponto que provocará um berro descomunal. No entanto, ele foi simpático e não chegou a apertar o ponto que faria com que eu me suicidasse bem à sua frente e encaminhou-me ao raio-x.
E lá fomos nós. Meu amigo Takeda e eu nos corredores assombrados dos subterrâneos do Hospital São Paulo.
(Se eu trabalhasse lá, me divertiria assustando as pessoas à noite!)
Chegamos ao raio-x e enquanto o técnico de raio-x mais meigo e bonzinho do mundo estava preparando a sala, eu quase enfartei com o grito do Takeda dizendo: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!
Tá, ele descobriu que eu quebrei a cabeça, morri e estou aqui bancando o Bruce Willis com meu sexto sentido. Só pode!
E em seguida ele morre de gargalhar explicando: Sua cadeira de rodas (por sua, entenda-se a que eu estava sentada) é do Habib's!!!! HAUHAUHAUAHUAHUAHUA
A cadeira tinha sido uma doação do Habib's para o hospital!
Por isso os vivas ao Habib's na intenção de que eles sempre doem mais e mais cadeiras de rodas aos hospitais, porque só quem precisa sabe COMO é útil!
Após o raio-x, voltamos à espera dos mortos vivos. O Takeda entrou com o meu raio-x na mão e demorou um pouco lá dentro. Imaginei que ele estivesse confabulando com seus amigos de profissão, e eis que surge a razão deste post imenso que ainda não está muito próximo de acabar.
O doutor que veio lá fora, não era mais o mesmo doutor X que me apertou quando entrei a primeira vez. Agora era o doutor Nacime (Atente para o nome e coloque sua massa cinzenta pra funcionar). Este doutorzinho (zinho por carinho, que fique bem claro e não de modo pejorativo), abaixou na minha frente e começou a analisar meu pé.
Eu olhei pro Takeda e falei: "O que aconteceu? Quebrou? Vai ter que puxar?"
Sim pessoas, a idéia de ter que PUXAR uma parte quebrada do corpo me atormenta desde a mais tenra idade e eu estava em pânico com a idéia de que tivessem que puxar AQUELE pé que já doía mais que tudo na vida.
Takeda eticamente respondeu: Não posso falar nada, ele é o médico!
Olhei praqueles olhos amendoados do doutor agachado ali na minha frente e choraminguei alguma coisa.
Com um sorriso alentador ele me disse: Quebrou. E sim, eu vou ter que puxar seu pé.
Meu chão sumiu. Tá, tá, tá, ele já tinha sumido um pouco antes, mas agora era uma coisa indescritível.
Mas aquele doutor, continuava com um olhar terno. E não, eu não estou apaixonada por ele, eu só queria conseguir explicar, como é que eu senti as coisas no pior momento que eu tive até hoje.
Eu simplesmente sabia que ele era alguém especial, mas ainda não estava entendendo o motivo.
Resmunguei alguma coisa, e ainda com um sorriso tímido ele disse que antes me daria uma medicação para que eu agüentasse o puxão!
Foi neste momento que li novamente o nome dele no crachá. Reparei nos olhos em formato de amêndoa, na pele morena que não era de sol e no nariz adunco. Foi então que tive certeza de tudo.
Nacime Mansur não poderia ser um nome de origem mexicana, concordam?
Um filminho se passou na minha mente naquele momento. Sabem aquele filminho mega-rápido que ninguém consegue reproduzir em palavras e que se for contar fica muito maior que este post imenso, mas traz à tona milhões de situações e sentimentos? Este filminho.
Fui pra medicação.
Uma senhorinha muito boazinha, mas que não conseguia pegar minha veia de jeito nenhum preparou Tramal (o remédio que derruba elefantes com crise epiléticas na África).
Comecei a chorar. A dor apertara MUITO. A situação não era das melhores. Iam puxar meu pé mega dolorido. A senhorinha furava, furava, furava e não achava a veia. E caraca!!!! No meio daquilo tudo, um turbilhão de coisas ruins, eu tinha encontrado um árabe. E desta vez, eu sentia que não era vazio. Que não era um árabe, era O árabe.
Neste momento eu falei em voz alta com Deus, que se não precisassem puxar meu pé eu prometia que visitaria e ajudaria mais 5 orfanatos este ano!
Takeda realmente me achou uma maluca de marca maior, afinal, ele mesmo tinha visto o raio-x e participado da confabulação médica lá dentro. Ele viu e ouviu que TINHAM que puxar meu pé. O doutor disse na minha cara que ia puxar meu pé. Inclusive era por isto que eles estavam me dando Tramal em doses cavalares. Mas, quem tem fé, me entende!
Eu não estava barganhando uma não-puxada de pé com Deus, mas estava me comprometendo a fazer coisas boas mesmo com momentos ruins. Naquele dia eu ajudei alguns e acabei com a porta do meu carro e com meu pé, mas isto não seria o suficiente pra me fazer desistir!
Quase terminado o medicamento, me chamaram novamente. Lá dentro da sala de atendimento o doutorzinho agacha novamente na minha frente e me dá a melhor notícia da noite: Nós vamos engessar e torcer pra não ter que operar, ok?

HEY!
STOP!

Esqueci a dor por um breve momento e disse com o maior sorriso que eu conseguia: Você não vai mais puxar o meu pé?????
E ele com um sorriso, agora sim reconfortante, disse: Não!

RÁ!
Eu já disse que a fé move montanhas?
E você conhece algum outro Deus que atenda tão rapidamente na madrugada do final de semana?

Levaram-me pra sala do gesso. O doutorzinho me engessou. Sim eu uivei de dor quando ele teve que acertar a posição do pé. Mas, como diria a Rosa, TUDO BEM porque NINGUÉM ia puxar meu pé!!!!
Quando levantei para ir embora, ele veio até mim e disse: Conversamos sobre seu caso e gostaríamos de te internar agora para uma cirurgia.
Eles tinham chamado mais doutores e juntos mudaram de idéia, chegando à conclusão de que meu tornozelo deveria ser operado.
Achei que já era coisa demais pra uma madrugada só. Preferi ir pra casa e procurar o convênio depois.
Voltei para a sala de medicação e tomei mais algumas coisas que eu não faço idéia do que sejam e aí sim a dor começou a passar.
O doutorzinho ainda passou por lá uma vez pra perguntar se eu estava bem e sem dor.
Depois veio entregar a carta de encaminhamento ao convênio, e a receita do que eu deveria tomar.
Com um sorrisão no rosto ele voltou ao trabalho, e mesmo com toda a dor, a idéia atordoante de que poderiam puxar meu pé, a desilusão por tudo que estava acontecendo, uma coisa não deixava minha mente: a Bíblia árabe que estava na minha estante.
Takeda me trouxe pra casa. Enquanto eu o esperava buscar o carro, ainda me diverti com o segurança do hospital. Ficamos imaginando se ele empurrasse a cadeira de rodas e ela ficasse presa em alguma coisa e eu caísse pra frente, como em comédias bem hilariantes.
Minha dor tinha passado, sim. Mas principalmente, minha busca incessante, tinha terminado!
3 semanas depois do ocorrido na plantão da madrugada, escrevi um agradecimento na Bíblia e pedi que o Takeda entregasse ao doutorzinho.
Ao que parece, ele a recebeu de muito bom gosto!

Finalmente, Deus me mostrou a quem eu deveria entregar a Bíblia. E sinceramente, eu não me importo que tenha sido como foi.
Sim, poderia ter sido no shopping, num bar, num parque, na rua, na internet, em qualquer lugar e circunstância diferentes. Mas teve que ser assim!
Não me incomodo com o que qualquer pessoa possa pensar disto tudo que escrevi. (Se alguém chegar até este parágrafo, já estou feliz!)
Só tenho cada vez mais certeza que eu sei em quem eu creio e que Ele é infinitamente poderoso.
Mesmo com o pé quebrado, tendo ficado operada e de molho, eu só tenho a agradecer. Afinal, a dor que senti por algumas horas se foi, e o que ficou foi a sensação do dever cumprido, do bem feito, do poder de repetir as alegrias e ajudar mais as pessoas.

Esta semana opero para tirar os parafusos e a placa. No entanto, não há operação que retire esta experiência de vida e fé.

Bem, já ajudei 4 dos 5 orfanatos. Agora eu tenho mais 1 orfanato pra ir e o melhor exército invisível que alguém poderia ter ao meu lado.
Alguém se habilita a me ajudar?

BeijoTchau,

sábado, 15 de março de 2008

A causa da enchente

Foi escrito há algum tempo, mas é super atual e diverte um pouco.



Cansada de ficar ilhada no banco, assim que o céu escureceu, eu tomei o restante da água que estava na minha garrafa, meio litro e saí corrrendo, gritando:

-"Chefeeeee, tô indo, beijo tchau pra todo mundo!"

Eu estava com vontade de fazer xixi, mas como eu sou super esperta e estava saindo antes de todas as pessoas do mundo e da chuva, com certeza eu aguentaria chegar em casa. Sem contar que se eu parasse pra fazer xixi eu me atrasaria e não conseguiria ser a primeira no trânsito. Minha doce ilusão.

Desci no térreo e corri até o estacionamento. Caía uma fina garoa e meu carro foi pego rapidamente pelo manobrista.

Corri pelas ruas ao redor do banco até chegar na radial leste.

Foi relativamente rápido chegar até o primeiro quarteirão da radial, em frente à praça Kennedy.

Neste momento, o céu desabou e eu tive a impressão de que não era a primeira a chegar na radial.

Muito esperta que sou, estava na faixa da direita, conhecida também como Faixa Exclusiva para Ônibus (não, eu não dirigia um ônibus).

Rapidamente este local começou a encher.

Passei para a faixa do lado. E ali fiquei por uma hora. E esta faixa também começou a encher.

Sim, pessoas, uma hora de martírio.

No começo eu estava feliz, poderia ouvir todos os meus cds até chegar em casa. Mesmo porque eu não me estresso com trânsito quando não tenho hora pra chegar.

Fiquei ali. A água subindo, o trânsito parado, a chuva caindo, música rolando e a vontade de fazer xixi aumentando descontroladamente.

Telefone toca. Meu amigo querendo saber se eu estava bem. Pedi que ele ligasse pra CET, afinal se todas as pessoas fossem espertas e mudassem pro sentido contrário da radial eu poderia voltar pro banco e não ficaria alagada.

E a vontade de fazer xixi?

Telefone de novo. Mammy preocupadíssima. Quando eu disse que a água já estava no meio da roda do carro ela quase enfarta.

Ah sim. A vontade.

A esta altura não era mais uma simples vontade, era uma NECESSIDADE sem limite que me torturava.

Telefone de novo. Meu amigo dizendo que já tinha ligado pra CET.

Bem, lá estava eu, parada no meio da água. Sim, pra ajudar caía água no carro, tinha água escorrendo do lado, água, água, água por todos os lados.

EU QUERO FAZER XIXIIIIIIIIIIIIIIII!

A esta altura eu ja estava sem sapatos e com a calça desabotoada. Claro, porque qualquer pressão na região do abdomem seria extremamente perigosa.

E o povo que não andava.

Telefone de novo. Num sei nem quem era, eu lá queria atender telefone? Eu queria era fazer xixi.

Fiquei pensando, se inundar meu carro eu posso fazer xixi numa boa, ninguém nem vai notar e o seguro ainda cobre (ou não, mas o que importa é que ninguém saberia que eu fiz xixi no carro).

Mas não. Não era tanta água.

Eis que olho pro porta-copos do meu carro e vejo: UM COPO!

Bem, semana passada eu aprendi a fazer xixi no copo quando fui fazer meu exame, não devia ser muito diferente.

Mas como fazer isso no carro?

Mas e se alguém me visse?

Conforme a vontade ia apertando eu tive certeza de que ninguém estava preocupado se eu estava fazendo xixi. Eles estavam preocupados é com a água subindo.

Além disso, meu carro tem insulfilm e normalmente as pessoas que vêm para o carro não me vêem dentro dele, então não me veriam fazendo xixi.

Pensando assim, primeiro eu fui pro lado do passageiro. Não, muito apertado e não estou acostumada com este lado, apesar de não ter o volante.

Acabei indo pro meu banco mesmo. Abaixei a calça, encaixei o copinho e

AAAAAAAAAAAAAAAA não saía nadaaaaaaaa!

Descobri que é preciso concentração pra fazer xixi.

Comecei a me concentrar, mas não sei se pela situação inusitada ou se pelo medo de errar o copinho não conseguia.

Ai que pânico, morrendo de vontade mas sem conseguir fazer.

Fiz uma concentração reforçada e xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.

Ai que delícia!

Existe coisa melhor do que fazer xixi quando se está com muita vontade?

Bem, fiz só metade. Eu tinha tomado meio litro de água uma hora antes, fora os outros litros que eu tomei durante o dia, não ia caber tudo no copinho.

Neste momento os carros começam a andar. Subi a calça rapidinho e fiz meia volta.



Bem, voltei pro banco, e depois que eu contei tudo isso meu chefe soltou a seguinte pérola:

"Lara, seu xixi foi a causa da enchente!"



Bom, é isso aí. Continuei no banco, ilhada mas com banheiro è disposição no final do corredor.

Acho que eu merecia um prêmio. Afinal, para um homem isso tudo seria muito fácil, já para uma mulher...

quinta-feira, 6 de março de 2008

Distração

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Post antigo, baseado em fatos bem reais e que teve um final triste não relatado.

Nos conhecemos há tempos. Confesso que quando a conheci, ela era apenas mais uma moça bonita.
O acaso foi fazendo com que nos encontrássemos.
O tempo colaborou aumentando a freqüência destes encontros.
Os amigos fizeram sua parte convidando-nos para os mesmos eventos.
Depois de alguns meses e muitos encontros casuais, meus olhares eram outros em relação à ela.
Algum sentimento estava tentando aparecer. Eu não sabia exatamente o que poderia ser. Quis acreditar que era um sentimento de amizade, talvez uma amizade mais forte.
Era algo que me fazia querer ficar ao lado dela mais tempo do que o que costumava ser normal entre nós.
Às vezes, passávamos o dia todo juntos e antes mesmo de nos despedirmos eu já sentia saudades. Mas amigos sentem assim também, não?
Começamos a nos ver com uma freqüência um pouquinho maior.
Comecei a notar o quão sedutora ela era, mesmo sem saber que o era assim. Sem que ela imaginasse, aqueles cabelos pretos e lisos sendo balançados pelo vento simplesmente me hipnotizavam. Seu perfume adentrava minhas entranhas de tal forma, que eu podia sentí-lo durante o tempo que estávamos distantes.
Sua leveza no andar, seu sorriso encantador, o olhar penetrante. Tudo nela me atraía, e assim fui sendo envolvido por sua beleza.
Alguns dias eu acordava pensando nela. E passava assim o dia todo. Uma sensação boa por ter em quem pensar. Há tempos eu não tinha isso. Não desta forma, não desta maneira, não nesta intensidade tão inofensiva.
Por outro lado, me recriminava por estar quebrando minha determinação de não me envolver tão cedo com qualquer pessoa.
Mas eu não estava me envolvendo, estava apenas pensando. Pensar não é crime nenhum, pelo contrário, é saudável. Eu estava me distraindo enquanto pensava nela. Isso mesmo! Distração!
Às vezes saíamos a sós, outras com os amigos; mas sempre estávamos próximos. Seus beijos me levavam às nuvens. Que boca macia, quente, gostosa! Arrisco a dizer que nunca beijei de tal forma e nunca fui beijado com tanto desejo, carinho, sentimento.
Mas, sentimento é algo que eu não queria por hora, então me detive no desejo. Queria ir além, queria mais do que seus beijos.
Mas não conseguia.
Não me faltava vontade. Justo a mim! Claro que não faltava vontade! Mas com ela era diferente. Queria sentir seu corpo pulsando junto ao meu, mas, simplesmente não conseguia. Obviamente que não era por sentir algo a mais, mesmo porque eu não sentia. Talvez esta fosse a primeira pessoa que eu estava respeitando de verdade.
Passei a sentir sua falta com mais freqüência do que considerava normal. Quando percebi que este sentimento começou a incomodar, decidi me afastar. Não queria me envolver, não podia esquecer minha premissa. Se a distração estava tomando proporções maiores do que deveria, então ela precisava ser eliminada, ou no mínimo afastada, até que voltasse a ser distração.
Com os plenos poderes do controle de meus sentimentos me afastei.
Mas ela não queria se afastar.
Eu tinha esquecido que já não estava mais me distraindo sozinho.
Expliquei; disse que não queria nada além daquilo e fechei meu peito para o que pudesse vir. Não me derreteria com lágrimas, olhares tristes ou mesmo palavras de apelo. Fui um pouco grosseiro, mas expus meu ponto de vista e meu desejo, e ele foi aceito.
Sem uma só palavra, uma só lágrima, um só olhar, ele foi aceito!!!!
Quem era aquela mulher, que apesar de querer estar ao meu lado, me entendia e atendia àquele meu pedido egoísta?
Me senti muito mais leve, ou pelo menos queria me sentir assim, depois da conversa. Voltei pra casa com a sensação do dever cumprido. Agora que tudo estava esclarecido eu poderia continuar a minha vida ao meu modo, sem precisar sentir saudade de quem quer que fosse no meio da tarde.
Porque era exatamente no meio da tarde, naquele momento em que eu começava a sentir sono por ter comido rápido demais, sem mastigar direito, e o trabalho estava enfadonho porém intenso, que eu sentia sua falta. Que hora mais imprópria para sentir saudade de alguém! Aquilo atrapalhava minha produtividade, minha concentração, então pelo bem da minha eficiência, coloquei um ponto final no incômodo. Era bom ter o poder em minhas mãos. Me sentia muito bem.
Mas nem sempre é assim, não? A vida brinca muito com a gente e o coração prega peças.
Exatamente quando eu achava que estava bem, a imagem de seu rosto, o cheiro de seu perfume, a lembrança dos seus cabelos ao vento; tudo isso vinha à tona na minha mente. Por mais que eu as enterrasse, as lembranças simplesmente ressurgiam, renasciam ainda que mortas.
Muitas vezes senti assim. Muitas vezes a procurei para matar minhas saudades e depois a evitei com medo de me envolver.
Mas quem eu queria enganar? Só se fosse a mim mesmo. Não precisava ter medo de me envolver, afinal, eu descobri que já estava muito mais do que envolvido.
Estando impossível continuar assim, resolvi atender às súplicas daquele que bate em meu peito e me entregar. Que fosse o que tivesse de ser. Não pensaria mais no amanhã, viveria apenas o hoje e para isso queria que ela estivesse ao meu lado.
Conversamos. Sentimentos recíprocos foram expostos e agora eu me sentia muito melhor. Até mesmo aquela recriminação, do meu eu, que se sentia incapaz de manter uma promessa, desapareceu.
Começamos a viver uma história de amor. Uma história digna de ser registrada nos anais da humanidade.
Nos tornamos o casal mais feliz de que tínhamos conhecimento. Claro que nem tudo eram rosas, os espinhos também existiam. Mas os espinhos nós cortávamos. Sempre juntos, resolvíamos todos os problemas. Conseguíamos manter nossa chama acesa ainda que a rotina tentasse apagá-la.
Dizem que no começo, o que se sente é paixão, aquele fogo, aquela empolgação, aquele nervoso, aquela ansiedade. Depois, o que resta, se resta, é que é o amor. O amor é calmo, sólido, constante, tranqüilo. E era assim que sentíamos.
Então ouvi alguém me chamar. O ônibus tinha chego ao ponto que eu sempre descia. O cobrador, acostumado com minha rota e notando que eu estava em devaneios, me alertou para a parada.
Desci e comecei a me dirigir para a rua de minha casa, com passos lentos e olhar altivo. Enquanto seguia meu rumo, a encontrei. Ela virou a esquina vindo em minha direção. Eu me senti paralisado, era como se eu ordenasse às minhas pernas que corressem, para que eu fugisse de seu olhar, mas elas não me obedeciam.
Tentei me esconder, mas foi em vão. Aquele sorriso me atingiu e me fez balbuciar algumas palavras.
Ela seguiu seu caminho. Eu virei a esquina e pensei como seria se um dia eu tivesse cedido aos desejos do meu coração. O quão eu poderia ser feliz com aquela que dominava meus sonhos e meu pensamento. Cheguei a sentir uma pontada de tristeza querendo me dominar, mas eu, o homem que tem poderes sobre o sentir, não me deixei abalar. Afinal, eu escolhi assim.
Melhor desta forma, do que arriscar jogar no lixo, ao transformar em realidade, a imagem perfeita que eu havia construído dela e de como poderia ser o nosso relacionamento.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Constante Inconstância

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O professor mostra um círculo.

Corta 10% dele e diz que só isso é o que a norma diz. Só estes 10% são direcionados pela norma.

A aula congela.

Metade das pessoas olha pra ele, mas isso não significa que estejam prestando atenção no que ele diz.

A outra metade divide-se em olhares vagos, sonos, escritos como este e outras atitudes.

Na verdade, são pouquíssimos que sabem do que ele fala.

Pensamentos viajam e ainda bem que funciona assim. Isso nos permite estar apenas com o corpo presente no local.

Proteção.

Ninguém sabe o que eu penso.

Eu não sei o que pensam.

Não me interessa também. A única pessoa, que me interessaria o pensamento, está longe demais.

Absorta em minhas divagações já tenho trabalho para toda uma vida.

O professor observa a sala emudecida e diz:

"- Decepcionados? É decepcionante saber que de tudo isso, a norma só instrui estes míseros 10%, não?"

E eu espantando o sono, me pego pensando em quanta coisa na minha vida que me decepciona. Quantas vezes já me decepcionei. Tudo porque ainda não me acostumei que só me fornecem 10%. Acho que em muitos casos, eu fico esperando que pelo menos, me dêem 50%.

E quantas vezes, ao receber tão pouco, me desanimo e desprezo o que recebi por ser tão menos do que imaginava, quando eu poderia lutar por conseguir o restante.

A pergunta do professor ainda ecoa na sala.

"-Não é decepcionante?"

Respondo:

"-É! Decepcionante! O que fazer com isso?"

Eu não estou falando da matéria, da norma, da proposta. Mas ele não faz idéia e continua sabiamente, sem saber que naquele momento elucida um dos grandes mistérios da vida:

"- A norma encarrega-se apenas de 10% porque o resto tem que ser desenvolvido e adaptado. A norma é apenas uma diretriz e você pode ou não seguí-la. E se seguí-la, tem que desenvolver os outros 90%. Nenhuma empresa é igual à outra. Nenhuma proposta é igual à outra. Não existem soluções idênticas. Tudo é adaptado, customizado e depende de onde é aplicado."

Agradeci.

Ele tinha muito mais razão do que imaginava.

A aula seguiu.

Esforcei-me para prestar atenção. Precisava customizar meus preciosos 10%.

domingo, 2 de março de 2008

Dymy Who?

.

Estávamos Lu e eu aqui no meu quarto, quando de repente, não mais do que de repente, REGINALDO fica online.
Ok, você deve estar se perguntando: Reginaldo Who?
Eu também estou. Até agora. Mas vou contar como foi a saga para tentar descobrir quem é Reginaldo.

As pessoas aparecem do nada e me adicionam no msn. Se isto acontece durante a semana, eu as deixo bloqueadas. Afinal, durante a semana eu tenho que dormir

cedo e não posso dar atenção a elas. E, quem ama bloqueia. Sendo assim, sexta à noite é a hora do desbloqueio. Quase a hora do horror.
Nesta sexta, desbloqueei Reginaldo.


Malu Green! says:
Oi
reginaldo says:
oi
Malu Green! says:
Tudo bom?
reginaldo says:
tudo e vc

(Reginaldo pertence à gangue dos sem interrogação)

Malu Green! says:
Bem
Quem é vc?

(Aqui eu me lembro do desenho do pica-pau, quando o menino Reginaaaaaaldo, era chamado pela mãe, com ênfase no AAAAAALLLLDO, e arrastava o pica-pau com a

cabeça batendo no chão. Posso imitar ao vivo, o que é muito mais fiel ao desenho do que escrito)


reginaldo says:
tudo bem gata

(ok, alguma coisa deve estar bem, e ele está me informando sobre isto)

Malu Green! says:
Mas então, quem é vc?
reginaldo says:
reginaldo beitum

(RÁ! Agora tudo se esclareceu imensamente!)


reginaldo says:
vc tem namorado

(Além de tudo, é vidente. Claro que se fosse ganhar a vida com isto, morreria de fome, mas ele tenta)

Malu Green! says:
De onde vc me adicionou?

reginaldo says:
de uma migo

(Uma migo é um ser de sexualidade indefinida)

Malu Green! says:
Que amigo?
reginaldo says:
do orkuto

(Orkuto é um site de sexualidade indefinida)

reginaldo says:
achei vc linda
Malu Green! says:
Obrigada. Mas quem é o seu amigo que te deu o meu msn? Ele deve ser meu amigo tb, não?
Malu Green! says:
Hein?
reginaldo says:
ele pedio pra nao falar

(Eu pedio, tu pedio, ele pedio. Adoro novos verbos.)

reginaldo says:
rsrsrs
Malu Green! says:
Entao me dá seu link no orkut, pra eu te adicionar
reginaldo says:
ok

(Ok, ele não pode contar quem é o amigo, mas pode me dar o orkut dele. Bem coerente. Inclusive, olhando as fotos, eu achei o "espasso" do futuro amor dele. Talvez ele queira colocar minha foto lá.)



reginaldo says:
add ok
Malu Green! says:
Então, Reginaldo, não temos amigos em comum... eu acho que vc se confundiu
reginaldo says:
nao
Malu Green! says:
Não o quê?
Não temos amigos em comum?
Ou você não se confundiu?
reginaldo says:
eu achei vc linda ai eu add ok

(Eu preciso comentar sobre a construção da frase? E sobre a abstração natural que Reginaldo faz de tudo que eu falo?)

reginaldo says:
passa seu orkut
reginaldo says:
??
Malu Green! says:
Perae, se vc nao tem meu orkut, como é que vc me achou linda? Em que outro lugar vc viu minha foto?
reginaldo says:
foi do orkut do meu amigo[
mas nao add no meu anda
aimda

(Ok, votação: Responda nos comments. O que é pior, ANDA ou AIMDA? Leve em consideração o contexto da palavra na frase.)

Malu Green! says:
Então, vamos fazer assim: vc me conta quem é o seu amigo, e eu te "add" no orkut. Aí a gente começa a conversar, ok?
reginaldo says:
ok
mas vc nao fala pra ele ta
ok??
Malu Green! says:
Claro que não, querido Reginaldo!
reginaldo says:
dymy
Malu Green! says:
Quem é o Dymy? Eu não conheço Dymy.

Dymy Who?

reginaldo says:
foi ele
Malu Green! says:
Mas então, se eu não conheço o Dymy, ele não pode ter passado meu msn pra vc.

Sendo assim, voltamos ao início: você se enganou!

(Gente; nesse momento, a Lu tinha espasmos gargalhadísticos. Teve que levantar do travesseiro pq engasgou com os risos. Ela disse que fica imaginando

Reginaldo olhando o "Dymy Who" em sua tela)


reginaldo says:
rsrrs
vou passar orkut

(Eu já ouvi fala em passar fax, passar email, mas nunca em passar orkut. Vc já passou?)

(Vendo o orkut que ele me passou, descobri que alguém me adicionou estes dias no msn, com a mesma propaganda sobre carros que está neste orkut. E eu ainda

não tive oportunidade de conversar com o ser, pq afinal, o dia do desbloqueio é sexta e ele não estava online.)


Malu Green! says:
Dymy se chama Ronildo?
reginaldo says:
nao
reginaldo says:
vc conhese
??
Malu Green! says:
Conhece quem? Dymy ou Ronildo?
reginaldo says:
os dois
eu conheso os dois
moto car

(O verbo "conheser" é novo pra mim!)

Malu Green! says:
Que dois? Dymy e Ronildo são seus amigos?
reginaldo says:
sim
Malu Green! says:
Eu não conheço Ronildo, ele me adicionou do nada no msn, assim como você. Com a diferença que agora eu sei que ele quem te passou o meu msn.
Pq ele te passou o meu msn?
reginaldo says:
porque eu gosteimde vc
vc é linda
Malu Green! says:
Ah isso eu já sei

Eu queria descobrir como foi que o Ronildo me achou!

(Ê menino que chove no molhado.)

reginaldo says:
vc tem que idade
reginaldobeitum@hotmail.com said:
???ww

(Agora perceba o padrão. As interrogações que Reginaldo adquiriu do início da conversa até agora, vêm com "w" de brinde.)

Malu Green! said:
Então, vc sabe onde o Ronildo me achou? Eu nunca consegui conversar com ele no msn.
reginaldobeitum@hotmail.com said:
vc tem namorado°°°??
aceita

reginaldobeitum@hotmail.com is inviting you to start sending webcam. Do you want to Accept (Alt+C) or Decline (Alt+D) the invitation?

You have declined the invitation to start sending webcam

(Ele realmente achou que eu iria deixá-lo ver-me em minha webcam)

reginaldobeitum@hotmail.com says:
ja volto
vou tomar baho ok
Malu Green! says:
Ok, trabalhamos com ok! Ok?
reginaldobeitum@hotmail.com says:
nao sai
Malu Green! says:
Ok papai!
reginaldobeitum@hotmail.com says:
ok lindaaaaaaaaaaaaa
gataaaaaaaaaaaa
Malu Green! says:
OOOOOOOOOOOOOKKKKKKKKKKK

(O lance é dançar conforme a música)

reginaldo says:
oi
Malu Green! says:
oi
reginaldo says:
???w
Malu Green! says:
???

(Nota-se um padrão em suas frases tão cheias de significado)

reginaldo says:
oque vc vai fazer hoje a noite
reginaldo says:
vai sair
reginaldo says:
??
reginaldo says:
??

(Pelo menos ele manda as interrogações, ainda que atrasadas. E duas por frase)

Malu Green! says:
Não, Reginaldo. Vou ficar aqui conversando com você
reginaldo says:
hum
bom
passa sa seu orkut

(Não! Só me falta Reginaldo ser gago)

reginaldo says:
que tal agente seir hoje pode ?
Malu Green! says:
Como?
reginaldo says:
pra se conheser pessualmente
reginaldo says:
?????????

(Neste momento eu já estava com fortes dores nos olhos)

Malu Green! says:
Sim, mas como?
reginaldo says:
vc mora que bairro
reginaldo says:
??

(As interrogações que Reginaldo adquiriu são muito anti-sociais. Sempre sozinhas na outra linha)

Malu Green! says:
Querido Reginaldo, em que Estado do Brasil você reside?
reginaldo says:
tangara da seraa

(O verdadeiro Estado Novo)

Malu Green! says:
E em qual Estado esta cidade fica?
reginaldo says:
mt
reginaldo says:
mato grosso

(Que amor, ainda escreveu Mato Grosso certo! Incrível! Ele deve ter pensado que eu não saberia o que é MT)

reginaldo says:
vc nao é daki nam

(Se era uma pergunta, as interrogações falharam)

Malu Green! says:
Então. Eu sou de SP. Não dá pra gente se conhecer esta noite
reginaldo says:
hum,
Malu Green! says:
Quantos anos você tem, Reginaldo?
reginaldo says:
hummm

(Comentários bovinos são a especialidade de Reginaldo)

Malu Green! says:
Quantos anos você tem?
reginaldo says:
24
Malu Green! says:
Idade perigosa, hein Reginaldo!
reginaldo says:
rrs
reginaldo says:
nao
Malu Green! says:
Bom, Reginaldo. foi ótimo te conhecer, mas preciso sair
Malu Green! says:
beijo , ok?
reginaldo says:
ok
beijoss


É isso aí. Reginaldo entrou pro rol dos bloqueados.

Quem ama bloqueia!!!!!!!!!