quinta-feira, 16 de abril de 2009

E chega uma hora em que a vida acaba.

Simples assim.
E nessa hora não faz muita diferença (pra não dizer: nenhuma!) se vc é rico ou pobre, tem estudo ou não, tem bens, histórias, cargos.
Acredito que a única coisa que importa, neste momento inevitável ou bem próximo dele, é se você é amado.
Se há quem se preocupe contigo.
Alguém que te carregue quando não puder andar.
Que te faça dormir quando os pesadelos dominam suas noites.
Alguém que ouça suas alucinações, por mais reais que elas possam parecer.
Alguém que te visite, mesmo que você não saiba quem é aquele estranho que te chama de pai.

Vovô, aos 92 anos, próximo, BEM próximo do fim.
Alguém pode me culpar por não querer vê-lo como está agora e simplesmente querer guardar a lembrança de um simpático velhinho, de cabelos brancos raspados na máquina 1 dizendo: "mas como é linda esta minha neta!!" ????

domingo, 5 de abril de 2009

Já está chegando a hora de ir

Depois de pegar o jacaré faltava pouco pra me transformar na versão feminina daquele cara da Record (que eu não sei o nome, mas sei que pega tudo quanto é bicho perigoso e estranho).
O pouco que faltava fiz hoje.
Acordei às 4:30hrs e fui ver o sol nascer, juntamente com o Germano, meu guia de selva.
Foi lindo demais! Sentamos em uma das passarelas do hotel e aguardamos pacientemente.
Como sempre, o sol é o maior espetáculo da terra.
Depois disso, café da manhã e vila de caboclos ribeirinhos.
Na vila, mil fotos perseguindo as crianças.
Um senhor mostrou como extraem a seiva da seringueira e em seguida como a borracha é feita.
Achando que a maior atração da vila já tinha sido apresentada, fui dar uma volta.
Eis que ouço uns gritos. O tal senhor tem uma jibóia. Isso, de estimação. Uma pequena jibóia de mais de 2 metros de comprimento.
Ok! Alguém tem dúvida do que eu disse quando vi a cobra?
EU QUERO PEGAR!
Piadinhas infames à parte, eu me enrolei na jibóia. Que fez um xixi em mim!
Dane-se! Eu tava enrolada na jibóia! Ela poderia me estrangular a qq momento (Ross no carro qdo estourou um escapamento e ele tinha certeza que era um tiro). Uma experiência próxima da morte!!!!!
Depois disto, paramos em uma mini-praia (já comentei que estamos na época da cheia?) e nadamos no Rio Negro.
Fantástico!
A água desse rio é linda demais. Densa. Escura. Brilhante. Rende fotos ótimas.
Depois disto, fomos nadar com os botos.
Impossível descrever. Não é à toa que chamam de boto-terapia. Eles são dóceis, fofos, e divertidos. Um deles fez carinho na minha barriga. Que sensação!!!!!!!!!!!!!!!!
Voltamos correndo ao hotel, almoçamos e canoa de novo (eu comentei que TODOS os passeios são de canoa? Sim, pq o hotel fica em cima da água e não há outra forma de chegar além de embarcações ou helicóptero). Bora pra aldeia indígena.
Rolou um ritual de iniciação (não sei exatamente a quê) mas consiste em colocar luvas num pivete. Dentro das luvas, colocam uma formiga chamada X (que esquecida) que só a picada dela dói por 24 horas.
Aí rolam umas danças, cantos e o menino é picado.
Crenças à parte, o ritual é de outro mundo. AMEI!
E acho que fiz fotos boas, apesar da pouquíssima luz. Apelei pra 1.4.
Amanhã parto no barco das 14:00hrs. Meu vôo é às 17:00 mas só chego em casa por volta de meia noite. Farei uma escala em BSB.
Já estou com saudades. Adoraria ficar mais uma semana.
Os funcionários do hotel são incríveis! Superam quaisquer expectativas.
Enfim, tudo que é bom acaba logo, mas deixa lembranças demais. E desta vez não será diferente.
Bora marcar um encontro pra eu contar tudo que faltou escrever aqui?
Beijotchau!

sábado, 4 de abril de 2009

Jacaré? EU SEGUREEEEEI!!!!!

EU SEGUREI O JACARÉ!
Com estas mãos lindas que um dia a terra há de comer.
A sorte é que a terra comerá exatamente pq o jacaré não comeu!
Fantástico! Fantástico! Fantástico! Fantástico!
Tô boba até agora.
Estávamos no barco, e o caçador ia pegar o jacaré. Tudo escuro e ele com uma super lanterna na dianteira do barco. Aí eis que de repente, não mais que de repente, ele mergulha.
CATATONIZEI! (inventado agora)
Não acreditava que ele tinha pulado à noite naquela água com jacarés.
Ele voltou com um jacaré de pelo menos um metro.
Indiana Jones obviamente teve aulas com Fábio, o grande caçador mergulhador da noite!
ÓBVIO, EVIDENTE, ULULANTE que eu TIVE que pegar o jacaré.
AMEI!
Uma moça tirou a foto; assim que ela me mandar eu posto.
Sensação incrível. Ele é lindo e cascudo ahhahaa mas a barriga lisinha e gostosa.
Na verdade era ELA. A jacarezinha.
Qdo eu falei que queria pegar o jacaré todo mundo no barco achou um absurdo!
Um senhor inclusive achou que a gente ia ver o jacaré de longe. Ele se horrorizou ao saber que alguém pegaria o jacaré, quanto mais trazer pra dentro do barco.
No final, depois que eu peguei, TODO MUNDO quis pegar.
Na boa? Eu era a mais "macha" entre os visitantes. Bando de homem bundão.
Inclusive foi um dos caras que deixou ele escapar. DETALHE: pra dentro do barco.
Foi tranquilo, viu! Eu só achei que ia virar e minhas fotos iam pra cucuia. Ou pra barriga de outro jacaré.
Ao vivo eu conto com representação.
Fui tb na pesca da piranha. Bem chatinho e ninguém pescou nada. Óbvio! Achei meio enrolação pra turista tonto.
De manhã fizemos uma trilha na selva. Não curti. MUITO abafado. A selva sim é pior que Belém.
Agora o pessoal tá na boate. Chique, ahn!?!?
Mas eu vou pro banho e dormir.
Tô morta de cansaço. Tô fedida.
E amanhã sim eu quero acordar às 4:45 pra ver o sol nascer. Hj eu perdi a hora =(
Fora isso, eu tenho detalhes sórdidos anotados no caderninho pra quando encontrar meus queridos amigos leitores e os não leitores tb, VIU GEMEA!?!? (óbvio que ela não vai ler afinal ela não é leitora! deeeer)
Bem, é isto.
Amanhã tem passeio à comunidade ribeirinha nativa pela manhã e ritual indígena à tarde.
Ah sim, quebrei o LCD do meu celular. Tava na hora de usar o seguro mesmo. Vou escolher outro (TAKEDA??? =D )
Acho, ACHO, ACHOOOO que tem um love is in the air aqui. Mas ao vivo eu conto. Corro riscos de leituras hahahahaha
Odeio blog não anônimo hahaha!

Genteeeee, preciso dormir! Quem diria, 22:00 e eu indo dormir!

Beijooooooooooooooooooooooooooooooooooo

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Pedro Rogério, muito prazer.

Gente! Cheguei!!!!!
O lugar é simplesmente FANTÁSTICO!!!!!!!!!!!!!!!!!
E a internê nem é tão cara hahahaha mais barato que na cidade! Pasmei!
Estou apaixonada pelos macaquinhos e araras. Quero levá-los embora.
Eles são BEM engraçados. Se vc mexer na bolsa, eles acham que tem comida e pulam em cima de vc.
Agora mesmo passou uma mulher com uns 4 pendurados nela e ela tentando esconder a bolsa dizendo: não tem comida!!!!
Hahahaha tô amando!
Não foi simples chegar, ÓBVIO!
Me esqueceram no Ibis. Simplesmente a minha reserva estava para 3 de MAIO!
Ok, o que são 30 dias quando o dia é o mesmo, ahn!!??!?!
Quase matei todos do hotel.
Resultado: me buscaram e atrasaram o barco que vinha às 8 e demoraria duas horas.
Por conta disto, viemos de lancha em 1:20. A lancha é à parte, mais cara. Mas neste caso todo mundo saiu ganhando e não precisou pagar a diferença.
YAY!
Mas ainda melhora.
No caminho, o Nonato, responsável pelo transfer começou a falar sobre o hotel, e disse que as suítes são mais caras, 500 doletas a mais pelo pacote. E que as casas dna árvore são 1000 doletas a mais. Caso quiséssemos trocar.
OK, Nonato. You wish!
Chegando aqui, me dão a chave de uma suíte! Inclusive uma que identifica uma torre. Tipo: Ali, na torre da Suíte Estrelar.
RÁ!
Tô num quarto no topo da torre, com duas varandas, uma delas com cadeiras, sofá, mesa de centro, cama espaçosa, rede, poltrona reclinável, ar condicionado, ventilador, frigobar, banheiro com água quente (sim, a maioria é com água gelada) e tudo isso sem pedir. E o melhor: SEM PAGAR por isso hhahaha
Ponto pro hotel. Boa forma de corrigir a mancada!
Tem de TUDO e um pouco mais aqui. Adorei a lojinha de conveniências com o ar condicionado no talo e sorvete =D
Daqui à pouco, vou com meu guia, o peruano Germano, gente boa, visitar os nativos. Vamos pegar uma canoa e visitá-los.
Acho que farei boas fotos.

Uma coisa que notei é que Manaus faz mal pro meu cabelo. Manaus é um elemento pofeador incrível. Do meu quarto (com ar) passando pelo corredor (sem ar) chegando no elevador/recepção (com ar) meu cabelo já betaniava.
O corredor do Ibis roubava minha dignidade a todo instante.
Aqui no Ariaú ainda não fui roubada. Tô curtindo.

Ontem no caminho pra cidade errada vi muitos Búfalos. São lindos e cute cute.
Todos que se esconderam de mim em Marajó apareceram aqui!
Quero levar pra casa tb!

Passei pelo encontro das águas. Bem bonito. Rendeu boas fotos. Mas assim; tipo; é um encontro de águas. E só. Nada de grandes emoções ou adjetivos.

Na cidade X onde fui parar (depois eu lembro o nome, editado: Careiro da Várzea) conheci o senhor Esmeraldo Queiroz. Segundo ele, TODOS os Queiroz do Brasil são descendentes dos antepassados dele. Fantástico esse senhor.
Não me deixou tirar foto dele de jeito nenhum. "Vai espantar tudo as coisa em São Paulo. As baleia, esses bicho de São Paulo".
Ô simpatia! Usei de todas minhas artimanhas fotográficas e não consegui. Então, volto com a imagem dele na mente.

Depois da minha loucura de dirigir em estradas desertas por 2 horas rumo ao nada, cheguei em Novo Airão. Fui direto ao restaurante Flutuante, onde os botos moram.
Gente, que coisa mais linda do mundo inteiro da vida toda do além mar!!!!
São 17 que vivem ali e vêm sempre brincar com os turistas ou qq pessoa que chegar perto.
Uns pesquisadores da UFRJ estão lá, num projeto dos botos. E eles são super bem tratados. A galera AMA aqueles fofos!

Não vou falar das partes ruins. O post de ontem já chega, como desabafo.

Agora deixo vcs com Pedro Rogério.

"Do lado de lá é mais bunitu. Vamo que eu acompanho a sinhora pra fotografá. Esse é tambaqui, pirarucu, tem um que é maior mas hoje num tem não. Ainda ontem tinha aqui ontem.
Aqui é só fruta. Melancia. Conhece melancia?
Num tem nada bunitu pá tirá foto. Mas quando a sinhora atravessá com a balsa, vai encontrá uns barco e uns peixe bunito ainda pulando.
Eu comecei desde criança aqui. Eu era flanelinha, cuidava dos carro. Mas aí a gente vai crescendo e umas companhia leva a gente pro mau caminho. Fiz umas coisa errada. Fui por um caminho ruim. Aí fiquei um tempo preso. Aí saí de lá, tomei juízo, fui pra igreja e graças a Deus parei com essa vida. Agora só faço as coisa certa.
Fico aqui o dia todo, cuidando dos carro. Os pessoal daqui, das casa, dos comércio me ajuda. Já fiz acordo de onde posso estacioná os carro. Os pessoal deixa. Até a puliça liberô essa parte aqui ó! Desse poste aqui, ó! Até o meio dessa coluna aqui. Os pessoal ajuda.
Mas tem uns puliça que é ruim, viu! Gosta de implicá. Chega aqui e multa todo mundo. Por isso que aquela hora eu fui lá falá cá sinhora. Pq ali onde a sinhora tava parada eles multa rapidinho. Tem gente que pára aqui que não qué nem sabê. Ignora a gente. Otro dia, uma mulhé, da sociedade, sabe; achei que ela ia me batê. Só coloquei as mão pra trás e disse: sim, sinhora. Ela era da sociedade, mas num queria dá um trocado não. Disse que eu num prestava. Aí eu falei que ela nem me conhecia e ela disse: GRAÇAS A DEUS!
Eu num ligo não. Sô humilde. A humildade é muito importante, né!
Eu tiro aqui uns 30, 40 real por dia. A vida num é fácil. Quando tiro pouco, eu já levo uns pexe daqui pra casa, pra ajudar, né!
Eu tenho hoje 3 filho, família, casado. Tenho miha casa pra cuidá. Sô responsável. Sei que eles depende de mim. Agora, meus filho já tem que ir pra escola. Tô trabalhando duro pá colocá na particular.
Eu num tive ensino, então quero que eles tenha. Quero dá tudo que eu não tive. Tudo de bão.
Agora a vida é diferente. Eu tenho consciência do mundo.
Ah, esse casaco? É de manga comprida pq é próprio pra trabalhá no sol. Ele num dexa esquentá. Trabalhava com ele na construção, 40 grau. Agora tá fresco.
A sinhora vai vê lás pras 11. Aí sim fica quente. Olha a cor que nóis é aqui por causa do sol.
A manga comprida ajuda a protegê do sol. Aqui em Manaus o sol é muito forte, tem muito caso de câncer de pele aqui. Aí eu uso esse casaco.
Na cara, quando tem, passo protetô, quando num tem vai assim mesmo.
Ah, meu nome é Pedro Rogério.
Antes de embarcá a sinhora dexa um refrigerante aí pra nóis?"

As lágrimas me impediram de fotografá-lo. Não queria tirar os óculos, pq ele veria que eu estava emocionada.
Antes de embarcar, ele foi levar um grupo em algum lugar. Deixei alguns "refrigerantes" com um amigo dele.
Ah Pedro Rogério, se vc soubesse o quanto me fez bem com esse seu português irregular e essa simpatia.

Eu amo SP um pouco mais!

Eu não ia postar nada hoje. Afinal, o horário está super avançado pra quem tem que acordar às 6, amanhã.
No entanto, estou esperando o lixo do assistente para câmera e scanner do windows copiar as fotos de um dos cartões pro pendrive.
Ou seja, não posso sair do PC. Então, vamos escrever.
Hoje foi um dia terrível. Eu diria que o pior de todos os dias de todas as viagens de toda a minha vida.
Esta cidade é uma zona sem tamanho. Nenhuma rua tem placa com o nome. Ninguém sabe os nomes das ruas, eles só sabem dizer: vira ali, vira lá.
Se dizendo pra virar aqui e acolá eles pelo menos acertassem o caminho, estaria ótimo! Mas não... 99% das pessoas não faz idéia de como se chega em qq lugar.
Aeroporto? Ahn? Não, não sei. Daqui não sei não.
Ok, imbecil, por acaso de algum outro lugar vc saberia?
Claro que não.
Frentista então, esqueça! Eles não sabem nem o nome da rua do posto onde trabalham.
Qq coisa é longe demais. Tudo aqui fica a pelo menos 20Km de onde vc estiver.
E se não ficar, vc vai percorrer 20Km com as indicações que vão te dar pra chegar na rua ao lado.
E eu que achava que em SP ficava tudo longe demais, tô achando SP um ovo. De codorna.
Como se não fosse o suficiente, não há placas. Ou melhor, há. Apenas uma de cada lugar.
Uma placa que indica o aeroporto. O detalhe é que ela fica há mais de 20Km dele. Na primeira bifurcação vc faz unidunitê. Ou pergunta pra alguém. Ah, mas perae, eles não sabem. Então unidunitê mesmo.
Enfim, rodei o mundo hoje.
Queria ir pra Novo Airão e umas 273812980 pessoas me ensinaram o caminho. Todos convergiam ao mesmo porto. Que era o errado e eu só descobri isso depois de esperar 2 horas pela balsa, mais uma hora pra chegar lá e depois d ter andado mais 1Km.
Bem, tudo tem um lado bom, eu vi o encontro das águas, a famosa pororoca nessa viagem e conheci Pedro Rogério. Mas a história de Pedro Rogério é pra outro post. É especial demais.
Voltei da cidade errada às 14:00 e consegui ir pra certa, depois de dirigir 200Km.
Vi os botos, brinquei com eles, alimentei, fotografei MUITO (por isso, inclusive, que eu tô esperando baixarem as fotos) e conheci dois meninos bem legais, biólogos, que estão em Novo Airão fazendo estudos sobre os botos e ensinando a preservação, o cuidado com eles e tal. ADOREI!
Dirigi mais 200KM pra voltar, fiquei uma hora na balsa, demorei mais uma hora pra achar o aeroporto e devolver o carro, fui sacar dinheiro e não tinha dinheiro no caixa, peguei um taxi que corria pra tirar o pai da forca e cheguei no hotel 5 minutos depois de tr fechado a cozinha.
Tô bem. Tô bem. O moço da recepção colocou uma lasanha de microondas pra esquentar e eu comi metade. E esta foi a minha primeira refeição depois do café da manhã, aquele que eu tomei às 6:30.

Amanhã o povo do hotel vem me buscar. Vou sair do Ibis às 7:20 e devo chegar no Ariaú às 10:00.
Não sei qual é o esquema de internê por lá, mas se tiver, vou conectar pra postar sobre o Pedro Rogério. Aí aproveito e atualizo.

Tirando o que é ruim tá tudo bom =D

Acho que tá no final das fotos! YAY!

BeijoTchau!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Eu amo mesmo SP

Começamos bem. No caminho:
- Vcs viram que o aero de GRU agora vai construir uma nova asa? Um avião X que comporta 800 pessoas vai poder pousar aqui.
- 800? Affff! Mais gente pra morrer!
- Mãe! Isso é coisa pra se falar?
- Ah, vc tem um espirito muito andarilho, só de pensar já me canso.
- Ok, eu tb acho que vai ser uma ótema viagem!

Humpf!

Bora lá! Embarque tranquilo. Vôo mais tranquilo do mundo. 3 poltronas só pra mim. Sem sapato, deitada cada hora numa posição diferente (estilo Sid - A Era do Gelo) e lendo Dexter.

Chegamos!
Renato (o que trabalha comigo) eu não pisei numa cobra quando desembarquei. Inclusive, até agora não vi nenhuma, tá?
Cidade grandona.
Já me perdi váááárias vezes. Inclusive tá sendo um super exercício, daqueles que minha terapeuta me mandava fazer e eu nunca fiz: confie na sua intuição!
Meu! Eu tô num caminho. Algo me diz que é por ali mesmo (e meu senso de direção é MUITO bom!). Do nada eu cismo que to errada e volto. Páro pra perguntar e TCHARAM, eu tava no caminho certo! =/

Bem, voltando. Desembarquei. 24ºC. Ameno para padrões nortistas.
Me vi num desespero tamanho pra comer no aero. Só encontrei um Bob's. O mais sujo do mundo. Padrão de qualidade negativo.
Mas, vamos comer, afinal, o óleo quente deve matar essas coisas.
Tô comendo e eis que uma mulher pede pra sentar na minha mesa pq não tinha mais nenhum lugar vago(não dá nem pra chamar de praça de alimentação. são umas mesinhas com poucas cadeiras em frente ao Bob's).
Começamos um papo e acabei ficando mais tempo sentada. Ela me pareceu bem legal. Simpática. Da minha turma das falantes e animada.
Trocamos cartões.
Fui pegar o carro na locadora.
E lá vamos nós à aventura.
O mapa da locadora e NADA é exatamente a mesma coisa. Aliás, o NADA é melhor, pq vc pára e pergunta.
Cheguei ao bairro do hotel. Eu via o hotel e não conseguia chegar nele.
Sabe Joey quando vê a gostosa do prédio do Ross e não consegue chegar nela? Então. Foi assim (Se vc não assiste Friends, sorry, mas não lembro de outra comparação mais fiel).
Pertinho do hotel tem uma rotatória gigante. A maior que já vi em toda a minha vida!
E eu consegui entrar em todas as ruas dela e não achava o hotel.
Cada rua que eu entrava, olhava pro lado e lá estava ele. Mas nada de achar uma rua que chegasse lá.
Depois de muitas voltas na rotatória, que aqui tem o nome de BOLA, eu achei a rua do hotel.
Check-in, banho e bora bater perna.
Perguntei antes pra um taxista do hotel onde ficava o mercado municipal. Ele me disse que estava desativado.
ÓTEMO!
Mas então, me ensina chegar no porto, que fica lá perto.
Ensinou.
Cheguei certinho.
E TCHARAM, o mercado funciona! RÁ!
Não no prédio do mercado. Esse sim, está abandonado. Mas funciona do lado.
Entrei e saquei a câmera.
TODOS os olhos se voltaram pra mim.
Milhões de fotos ali.
Pedi pra uns senhores que estavam jogando dominó numa luz baixa se poderia tirar foto deles. Deixaram e obviamente ficaram fazendo graça.
Acho que foi a melhor foto de hoje!
De lá fui pro porto flutuante, que é do outro lado da rua.
Adorei a água do rio Negro. É linda. Densa. Escura. Parece um rio de óleo preto. Bem legal mesmo! Dá vontade de mergulhar.
Parei numa barraquinha que fica exatamente na parte flutuante. Pedi uma coca de garrafinha e fiquei de papo com o tio. Gente boa demais. Ficou explicando que ali perto tinha mais 3 portos e que eu podia andar sossegada que o pessoal ali só quer saber de trabalhar.
Bem, trabalhar e paquerar.
Assim, se um dia eu enlouquecer e cismar que preciso casar em menos de 24 horas, já sei onde ir. No porto flutuante de Manaus.
Caraca! Em menos de 1 hora eu recebi mais cantadas que na minha vida inteira.
ÓBVIO que em um porto, 101% dos frequentadores pertencem ao baixo escala, comunidade da qual sou a musa. Mas não foi nada de baixo nível como qdo passo pelas construções em SP.
Foi algo novo! Passando na rua e eles falando: boa tarde, princesa!
hahahaha é hilário! Óbvio que eu tinha que atrair o baixo escalão aqui tb, mas foi respeitoso, galanteador.
Pô, eles chegavam, ficavam conversando, perguntando de onde eu era, me chamando pra ver sei lá quem pescando.
- Olha, a moça vai te filmar. Mostra o peixe!
- Ah, mas que coisa mais linda! Vc é maravilhosa! Branquinha assim, só podia ser de SP, aqui não tem mulher bonita assim não.
(AINDA BEM que nenhuma índia brava ouviu, senão eu tava frita!)
O porto flutuante é composto de várias placas de ferro que são interligadas e entre elas há pneus, como se fossem divisórias. Entre uma e outra, há sempre um degrau.
Estava guardando uma lente parada na beira de um degrau. Um moço achou que eu estava com medo de descer e veio me dar a mão: cuidado pra não cair, moça! bom trabalho, hein!
Enfim, fiz MUITO sucesso! Musa do norte!
De lá fui pro Teatro Amazonas.
Bem, fotos panorâmicas não são meu forte, mas fiz algumas. Bonito, o Teatro. Só vi por fora. Então não me impressionei muito.
Talvez por dentro seja mais legal.
Sentei ali na frente, tomei um suquinho e depois peguei o carro de novo pra ir pro shopping, onde eu esperava encontrar uma farmácia e um ponto de acesso à internet.
Bem, o shopping é minúsculo e tinha uma farmácia com preços tão exorbitantes que nem a Daslu praticaria se vendesse produtos de perfumaria.
Internet? Ah, deu problema e tá desligada. É uma bancada de computadores pro shopping inteiro usar. Estranho.
A tolerância do estacionamento é de 30 minutos. Se fosse em SP não faturariam muito. Procurei tudo que precisava e saí em 15 minutos. O shopping é tão minúsculo e o estacionamento tão grande, que se lotar aquilo de carro não tem espaço pra todo mundo no shopping.
Qdo fui validar o ticket, perguntei pra menina do caixa se tinha outro shopping perto dali. Ela disse que não.
Aí perguntei: e longe daqui? um shopping maior que este?
Ela: - ahhhhh adsdhadhasdhysu pra lá pra cima (fazendo gesto com a mão em cima da cabeça dela) mas eu não sei onde é não.
Ok! Eu posso viver sem outro shopping.
Voltei pro hotel e escrevi isso tudo em 25 minutos, pq a hora da internet aqui é um abuso!
Amanhã vou pra Novo Airão, se eu achar a estrada!
BeijoTchau!