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"É necessário também um momento especial para reconhecermos as diferenças entre nós e os outros."
Hugo Hofmannsthal
E chega uma hora em que a gente se dá conta que cresceu. Não só em estatura, mas cresceu na vida, cresceu no trabalho, cresceu na mente, cresceu em atos e palavras.
É bom perceber que os 15 anos passaram, que agora eu simplesmente falo o que eu quero, em vez de mandar recado pela amiguinha da escola pro menino bonito da outra turma. Transbordo tanta segurança e confiança no que sou e no que quero que eventualmente me assusto, sem me arrepender, do que faço para atingir minha meta. Talvez haja em mim perseverança demais. Talvez muita crença no próximo. Não sei. Independente disso me orgulho do que me tornei e da forma como tenho conduzido minha vida ao longo destes 33 anos.
Acredito que diferenças, em sua maioria, podem ser superadas ou contornadas, desde que haja um motivo maior para isto. Acredito que se unidas por um mesmo objetivo, as pessoas podem fazer coisas ótimas e de uma forma fantástica. Acredito simplesmente na boa vontade e na atitude. Isso sim pode fazer milagres. Mas acredito também que sem tentar, sem arriscar... é impossível conseguir qualquer coisa, por mais simples que seja. Empregos não batem à porta, amores não caem no colo, eu não vou sair pra ir ao mercado e ser pega de surpresa por uma chuva de dinheiro.
Tudo depende de atitude! Atos e palavras, interligados, coerentes.
MP é o maior exemplo de sonho realizado que tenho. Meus amigos são o maior exemplo de boas escolhas que tenho feito. Meu trabalho é o meu maior exemplo de satisfação e evolução. Meu pé quebrado é meu maior exemplo de superação e força de vontade. Libertar-me de pessoas que me faziam mal é meu maior exemplo de amor-próprio e força de vontade.
Muita coisa pode ser melhorada, e deve ser! Muitos exemplos não foram citados, muitos outros surgirão e novos sonhos, novas metas, novas escolhas estão à minha frente. Mas o primeiro passo foi dado. Me sinto plena no momento em que me encontro e isto, pelo menos até amanhã, me basta.
sábado, 22 de novembro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Nós não temos tesouras
Helloooooo!
Continuando: no sábado os meninos vieram nos buscar, mas eu fui picada pelo tsé-tsé e fiquei no hotel dormindo enquanto a Flávia foi com eles.
No sábado à noite, fomos no Boteco das Onze, que é um restaurante/bar/balada que fica na Casa das Onze Janelas (procurem no google o que é, muita coisa pra explicar).
Para tanto, pegamos um taxi, um palio, aqui na porta do hotel. O motorista estranhíssimo, não respondia quando falávamos com ele, fechava vários carros e corria muito pra uma noite de chuva.
Já na porta, uma fila de espera e muita gente querendo bater no 'porteiro' que era um grosso mal-educado e não fazia questão de ser gentil com ninguém.
Por um momento fiquei feliz por ter levado a câmera, afinal, a qq momento eu poderia registrar o porteiro apanhando da mulherada de salto.
Finalmente, depois de alguns bons minutos de espera, entramos no bar. Lá dentro, pedimos algumas coisinhas, enquanto eu tentava sentar confortavelmente numa cadeira que tinha o assento quase na altura da mesa. Ou seja, era impossível encaixar minha perna super fina ali.
Resolvemos fazer uma foto dos nossos meninos, Goofy e Flik. Para isso, levamos os dois perto da choppeira da Brahma, no balcão do bar, e ficamos posicionando, medindo luz, enquadrando os dois, até percebermos que uma fila nada pequena de garçons se formava atrás de nós, querendo nos matar, provavelmente tentando entender o quê exatamente estávamos fazendo com aqueles bonecos e câmeras ali.
Voltamos à mesa, pedimos a conta, enquanto Flávia se chacoalhava ao som de carimbó e viermos para o hotel.
No domingo pela manhã, fomos a uma escola aqui do lado do hotel para justificar nossos votos.
Durante a semana, a mãe da Flávia, entrou na internet, no site do Tribunal Regional Eleitoral e baixou o formulário de justificativa para que já levássemos tudo preenchido no domingo. Assim fizemos.
O supervisor da zona eleitoral conferiu nossos papéis e nos indicou a sala onde deveríamos ir. Ficamos na fila. Retiramos uma senha, para então entrar na fila interna da sala. Ou seja, era a fila da fila. Sentadas dentro da sala, aguardávamos umas 10 pessoas que estavam na nossa frente também para justificar e votar.
Um cidadão foi votar e eis que: PIIIII - PIIIII - PIIIII!
A máquina disparou aquele som da confirmação do voto. E não parava nuuuuuunca mais. Um barulho quase nada irritante, que nos prendeu por mais uns 15 minutos naquela sala quase nada abafada.
Resolvi verificar se alguma outra sala teria uma fila menor e uma urna que funcionava (descobrimos através de um dos mesários da sala bichada que mesmo para justificar precisaríamos da urna eletrônica). Encontrei uma sala sem fila, e coloquei a cabeça lá dentro para certificar-me de que não havia a tal da fila interna, e um senhorzinho, veio em minha direção, quase me beijando e disse: a senhor precisa de um informativo? (acho que ele queria saber se eu precisava de informações)
Trouxe a Flávia e ficamos na fila iniciada por mim, para justificar naquela sala.
Uma moça chegou dois segundos depois de nós, mas colo ela gostou muito, mas muito mesmo de mim, ela ficou COLADA atrás de mim e obrigou a Flávia a ser a terceira na fila. INCRÍVEL! Ela estava literalmente me encoxando. Eu nunca imaginei que seria encoxada por uma mulher. Mas enfim, como era por pouco tempo e eu queria sair logo dali, desencanei.
Mais tarde eu soube que uma senhorinha atrás da Flávia fez a mesma coisa com ela. E ainda se sentiu ofendida quando a Flávia reclamou pedindo que ela se afastasse.
Corpo a corpo é um costume de boas vindas dos cidadãos daquele quarteirão.
Como é que alguém poderia reclamar de um ato tão caloroso?
É. Nós somos irresistíveis e insensíveis.
Entrei na sala e já entreguei meu papel impresso em uma folha A4 para a mesária que me disse:
- Tem que ser no nosso formulário.
- Pq? Eu peguei este no site do TRE.
- Sim, ele é válido, mas ele não tem picote, e eu não tenho tesoura.
Ok, o sangue subiu, mas eu precisava sair dali, então, fui preencher.
Ao terminar de preencher, uma maluca, que brotou do chão da sala, encostou em mim (povo grudento) e disse: esta caneta é daqui ou sua? - ao mesmo tempo que tirava delicadamente a caneta da minha mão.
- É minha.
- Ah, então me empresta?
- Já tá na sua mão, né.
Fui até a mesária não portadora de tesouras e entreguei o papel com a CNH, que de acordo com o TRE tb serve como documento para votar. E ela:
- Ah, mas e seu título?
Resolvi não discutir. Entreguei o título e falei bem alto pra Flávia que estava no fundo da sala preenchendo novamente a justificativa:
- Vc não trouxe seu título né? Então se prepare.
AO que ela respondeu no mesmo tom:
- Eu quero o número desta seção AGORA! Eu vou fazer uma reclamação formal no TRE pq eles têm que aceitar outro documento com foto.
Resultado: ela justificou e não precisou mostrar documento algum.
Incrível como não há limites para pessoas imbecis em zonas eleitorais.
Mudando de assunto, preciso escrever o manual de como utilizar o banheiro aqui do nosso quarto. Mas hoje estou com pouco tempo e o post já está imenso.
Bem, quem já se hospedou no Formule 1 sabe BEM do que eu estou falando.
Talvez, amanhã à noite eu publique o manual.
Depois da justificativa, os meninos vieram nos buscar e fomos até a ilha do Cumbu, na baía do Guajará.
Para chegar lá, precisamos pegar uma embarcação chamada pô-pô-pô. O nome vem do barulho que o motor destas pequenas embarcações faz. Divertidíssimo e altamente fotografável. Almoçamos e passamos a tarde num restaurante de palafitas, em cima d'água, obviamente, e depois fomos com um outro pô-pô-pô passar por dentro da selva e conhecer as comunidades ribeirinhas. Fantástico!
Antes disto, logo após o almoço, caiu um pé d'água e eu tomei um banho de chuva. Lavagem da alma, sabe? Não consigo me lembrar da última vez que tomei um banho de chuva, mas sei que ontem era como se a chuva estivesse me chamando. Revitalizante e ao mesmo tempo refrescante. Cabelo POF total, mas eu não estava preocupada, pq o que importava era lavar o rosto, a alma e respirar.
Momento ao som de *violinos*.
Voltamos ao hotel, banho e depois fomos assistir/fotografar o Festival Internacional de Dança de Belém. Quem nos levou? O mesmo taxista do palio. Ele estava até conversando um pouco esta noite. Coisas desconexas, mas conversando.
Quanto ao festival, não, eles não dançam no estilo Calipso. Era jazz, balé, flamenco, e outras coisinhas mais. Super bonito, divertido, fotografável e o Theatro da Paz, onde aconteceu o evento, é simplesmente FANTÁSTICO!
De lá, fomos levadas para comer. E qual não foi a minha surpresa quando descobri que alguns supermercados aqui são 24 horas e contam com uma praça de alimentação DENTRO deles. Do lado da peixaria ou da padaria do supermercado tem uma pizzaria, um sushibar e outros locais para comer. Coisa bem doida. Mais que isso só a pizza por quilo que comemos!
Bem, hoje compramos passagens para o Ferry Boat que nos levará amanhã à Ilha do Marajó. Estou ansiosíssima!
Esta ilha é um dos locais que eu quero muito muito muito conhecer! E eu vou! AMANHÃ!
Vamos ter que madrugar, então hoje é dia de dormir cedo.
Passeamos por alguns lugares interessantes hoje, mas eu não lembro os nomes. Na verdade nada exatamente típico.
Comprei alguns presentinhos, mas ainda faltam outros mais.
O Takeda vai AMAR o presentinho dele. Comprei uma cobra! Ui!
Depois fomos a um cemitério histórico. É o segundo cemitério de Belém e conta com ilustres milagreiros e escravos enterrados. História pura e zilhões de ferrugens, abandonos, velharias e emoções. Fotografei quase tudo e poderia passar mais umas 28 horas por lá. Cada coisa linda.
Viemos agora pro hotel. Hoje nosso cicerone foi o Dudu. Ele acabou de nos deixar aqui. Vamos pro banho e depois ao shopping para jantar.
Noite curta pq amanhã será corrido e legal!
Todo mundo aconselhou que dormíssemos na ilha, mas nós somos teimosas e vamos voltar no mesmo dia! RÁ!
Zilhões de histórias pra contar.
Beijoooooooooooo!
Continuando: no sábado os meninos vieram nos buscar, mas eu fui picada pelo tsé-tsé e fiquei no hotel dormindo enquanto a Flávia foi com eles.
No sábado à noite, fomos no Boteco das Onze, que é um restaurante/bar/balada que fica na Casa das Onze Janelas (procurem no google o que é, muita coisa pra explicar).
Para tanto, pegamos um taxi, um palio, aqui na porta do hotel. O motorista estranhíssimo, não respondia quando falávamos com ele, fechava vários carros e corria muito pra uma noite de chuva.
Já na porta, uma fila de espera e muita gente querendo bater no 'porteiro' que era um grosso mal-educado e não fazia questão de ser gentil com ninguém.
Por um momento fiquei feliz por ter levado a câmera, afinal, a qq momento eu poderia registrar o porteiro apanhando da mulherada de salto.
Finalmente, depois de alguns bons minutos de espera, entramos no bar. Lá dentro, pedimos algumas coisinhas, enquanto eu tentava sentar confortavelmente numa cadeira que tinha o assento quase na altura da mesa. Ou seja, era impossível encaixar minha perna super fina ali.
Resolvemos fazer uma foto dos nossos meninos, Goofy e Flik. Para isso, levamos os dois perto da choppeira da Brahma, no balcão do bar, e ficamos posicionando, medindo luz, enquadrando os dois, até percebermos que uma fila nada pequena de garçons se formava atrás de nós, querendo nos matar, provavelmente tentando entender o quê exatamente estávamos fazendo com aqueles bonecos e câmeras ali.
Voltamos à mesa, pedimos a conta, enquanto Flávia se chacoalhava ao som de carimbó e viermos para o hotel.
No domingo pela manhã, fomos a uma escola aqui do lado do hotel para justificar nossos votos.
Durante a semana, a mãe da Flávia, entrou na internet, no site do Tribunal Regional Eleitoral e baixou o formulário de justificativa para que já levássemos tudo preenchido no domingo. Assim fizemos.
O supervisor da zona eleitoral conferiu nossos papéis e nos indicou a sala onde deveríamos ir. Ficamos na fila. Retiramos uma senha, para então entrar na fila interna da sala. Ou seja, era a fila da fila. Sentadas dentro da sala, aguardávamos umas 10 pessoas que estavam na nossa frente também para justificar e votar.
Um cidadão foi votar e eis que: PIIIII - PIIIII - PIIIII!
A máquina disparou aquele som da confirmação do voto. E não parava nuuuuuunca mais. Um barulho quase nada irritante, que nos prendeu por mais uns 15 minutos naquela sala quase nada abafada.
Resolvi verificar se alguma outra sala teria uma fila menor e uma urna que funcionava (descobrimos através de um dos mesários da sala bichada que mesmo para justificar precisaríamos da urna eletrônica). Encontrei uma sala sem fila, e coloquei a cabeça lá dentro para certificar-me de que não havia a tal da fila interna, e um senhorzinho, veio em minha direção, quase me beijando e disse: a senhor precisa de um informativo? (acho que ele queria saber se eu precisava de informações)
Trouxe a Flávia e ficamos na fila iniciada por mim, para justificar naquela sala.
Uma moça chegou dois segundos depois de nós, mas colo ela gostou muito, mas muito mesmo de mim, ela ficou COLADA atrás de mim e obrigou a Flávia a ser a terceira na fila. INCRÍVEL! Ela estava literalmente me encoxando. Eu nunca imaginei que seria encoxada por uma mulher. Mas enfim, como era por pouco tempo e eu queria sair logo dali, desencanei.
Mais tarde eu soube que uma senhorinha atrás da Flávia fez a mesma coisa com ela. E ainda se sentiu ofendida quando a Flávia reclamou pedindo que ela se afastasse.
Corpo a corpo é um costume de boas vindas dos cidadãos daquele quarteirão.
Como é que alguém poderia reclamar de um ato tão caloroso?
É. Nós somos irresistíveis e insensíveis.
Entrei na sala e já entreguei meu papel impresso em uma folha A4 para a mesária que me disse:
- Tem que ser no nosso formulário.
- Pq? Eu peguei este no site do TRE.
- Sim, ele é válido, mas ele não tem picote, e eu não tenho tesoura.
Ok, o sangue subiu, mas eu precisava sair dali, então, fui preencher.
Ao terminar de preencher, uma maluca, que brotou do chão da sala, encostou em mim (povo grudento) e disse: esta caneta é daqui ou sua? - ao mesmo tempo que tirava delicadamente a caneta da minha mão.
- É minha.
- Ah, então me empresta?
- Já tá na sua mão, né.
Fui até a mesária não portadora de tesouras e entreguei o papel com a CNH, que de acordo com o TRE tb serve como documento para votar. E ela:
- Ah, mas e seu título?
Resolvi não discutir. Entreguei o título e falei bem alto pra Flávia que estava no fundo da sala preenchendo novamente a justificativa:
- Vc não trouxe seu título né? Então se prepare.
AO que ela respondeu no mesmo tom:
- Eu quero o número desta seção AGORA! Eu vou fazer uma reclamação formal no TRE pq eles têm que aceitar outro documento com foto.
Resultado: ela justificou e não precisou mostrar documento algum.
Incrível como não há limites para pessoas imbecis em zonas eleitorais.
Mudando de assunto, preciso escrever o manual de como utilizar o banheiro aqui do nosso quarto. Mas hoje estou com pouco tempo e o post já está imenso.
Bem, quem já se hospedou no Formule 1 sabe BEM do que eu estou falando.
Talvez, amanhã à noite eu publique o manual.
Depois da justificativa, os meninos vieram nos buscar e fomos até a ilha do Cumbu, na baía do Guajará.
Para chegar lá, precisamos pegar uma embarcação chamada pô-pô-pô. O nome vem do barulho que o motor destas pequenas embarcações faz. Divertidíssimo e altamente fotografável. Almoçamos e passamos a tarde num restaurante de palafitas, em cima d'água, obviamente, e depois fomos com um outro pô-pô-pô passar por dentro da selva e conhecer as comunidades ribeirinhas. Fantástico!
Antes disto, logo após o almoço, caiu um pé d'água e eu tomei um banho de chuva. Lavagem da alma, sabe? Não consigo me lembrar da última vez que tomei um banho de chuva, mas sei que ontem era como se a chuva estivesse me chamando. Revitalizante e ao mesmo tempo refrescante. Cabelo POF total, mas eu não estava preocupada, pq o que importava era lavar o rosto, a alma e respirar.
Momento ao som de *violinos*.
Voltamos ao hotel, banho e depois fomos assistir/fotografar o Festival Internacional de Dança de Belém. Quem nos levou? O mesmo taxista do palio. Ele estava até conversando um pouco esta noite. Coisas desconexas, mas conversando.
Quanto ao festival, não, eles não dançam no estilo Calipso. Era jazz, balé, flamenco, e outras coisinhas mais. Super bonito, divertido, fotografável e o Theatro da Paz, onde aconteceu o evento, é simplesmente FANTÁSTICO!
De lá, fomos levadas para comer. E qual não foi a minha surpresa quando descobri que alguns supermercados aqui são 24 horas e contam com uma praça de alimentação DENTRO deles. Do lado da peixaria ou da padaria do supermercado tem uma pizzaria, um sushibar e outros locais para comer. Coisa bem doida. Mais que isso só a pizza por quilo que comemos!
Bem, hoje compramos passagens para o Ferry Boat que nos levará amanhã à Ilha do Marajó. Estou ansiosíssima!
Esta ilha é um dos locais que eu quero muito muito muito conhecer! E eu vou! AMANHÃ!
Vamos ter que madrugar, então hoje é dia de dormir cedo.
Passeamos por alguns lugares interessantes hoje, mas eu não lembro os nomes. Na verdade nada exatamente típico.
Comprei alguns presentinhos, mas ainda faltam outros mais.
O Takeda vai AMAR o presentinho dele. Comprei uma cobra! Ui!
Depois fomos a um cemitério histórico. É o segundo cemitério de Belém e conta com ilustres milagreiros e escravos enterrados. História pura e zilhões de ferrugens, abandonos, velharias e emoções. Fotografei quase tudo e poderia passar mais umas 28 horas por lá. Cada coisa linda.
Viemos agora pro hotel. Hoje nosso cicerone foi o Dudu. Ele acabou de nos deixar aqui. Vamos pro banho e depois ao shopping para jantar.
Noite curta pq amanhã será corrido e legal!
Todo mundo aconselhou que dormíssemos na ilha, mas nós somos teimosas e vamos voltar no mesmo dia! RÁ!
Zilhões de histórias pra contar.
Beijoooooooooooo!
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sábado, 4 de outubro de 2008
Belém Belém
E o tempo voou, e outubro chegou muito rápido. Ao contrário do nosso vôo, em que três horas e meia que pareceram 23.
O vôo foi bem apertado e com interrupções infinitas do senhorzinho que sentou na primeira poltrona do avião. A cada 5 minutos ele apertava o botão pra chamar a comissária. Eu estava quase indo lá dar um lexotan pra ver se ele sossegava.
Dormir era impossível. Não bastasse o aperto das poltronas, as pessoas ao nosso redor roncavam muito, uma sinfonia sem fim.
Chegamos finalmente.
Fomos SUPER bem recepcionadas pelo Thiago e pelo Luiz que estavam nos esperando no aero com suas câmeras nas mãos!
Eles são simplesmente uns amores. Super macios e cuidadosos. Carregaram nossas malas e estão cuidando da gente o tempo todo.
Bem, ao sair do desembarque o primeiro impacto: um bafo quente e sufocantemente úmido.
E os meninos disseram: Ah, agora tá fresquinho.
- Como assim fresquinho?
- Ah, deve estar uns 27 graus.
- E isso é fresquinho pra meia noite e meia?????
- Sim, durante o dia chegamos aos 40 graus.
Ok, eu não devia ter perguntado!
Eles nos trouxeram ao hotel, fizemos o check-in que demorou uns 40 minutos, subimos, deitamos. Jã eram 2:30 e eles viriam nos buscar às 5:00.
Dormir pra quê?
Cochilamos atá a hora marcada.
Eles nos buscaram e fomos ao famosíssimo mercado Ver-o-Peso.
Ao chegar encontramos o Rafael, o Bruno Miranda e o Gabriel. E eis que escuto um: NÃO ACREDITO!!!!!!
Eu também não acreditei!
Um cara que tinha loja em frente ao meu trabalho, que eu sempre encontro em locais e situações inusitadas. Quais as chances de eu encontrá-lo aqui?
Conversamos um pouco e seguimos para o mercado.
Primeiro o mercado do Açaí. Simplesmente incrível. Altamente fotografável e com um povo super simpático. As pessoas se alegram ao ver que chegamos com a câmera e fazem pose, sorriem, perguntam pra qual jornal é.
Adorei todos. Gente muito simples, trabalhando muito (num trabalho duríssimo) e muito feliz.
Em seguida, o mercado de peixe. Nesta parte da visita percebe-se a origem da expressão "mercado de peixe" para ambientes de zona total. E é isso. Muita gente falando alto ao mesmo tempo, zilhões de carregadores te atropelando com suas caixas de peixes, vendedores que cortam o peixe na hora e jogam em sacolas de feiras dos compradores, muita água fedorenta no chão (e é claro que molhamos os pés nela), tudo isso sem contar o cheiro.
Depois o ver-o-peso de verdade, as frutas, as castanhas (comprei um kilo! YAY!), os legumes, o artesanato.
Tudo lindo, um visual incrível, mas não vamos falar em higiene, ok?
Então, por volta das 9:30, os meninos resolvem que precisamos tomar café da manhã. Concordamos, afinal, estávamos sem comer desde a sexta à noite.
E então eles nos levaram pro que chamam de "batizado": açaí na tigela com farofa e peixe frito.
Ok, eu nem queria ser batizada mesmo.
Tudo que eu precisava pra me satisfazer era um pão com manteiga na chapa.
Voltando ao carro, paramos pra um delicioso sorvete de tapioca. Tomei também um de cupuaçu com chocolate e baunilha. A única fruta típica que eu como por enquanto, já que eu não curti as outras que nos foram apresentadas.
Bem, depois do sorvete viemos pro hotel, precisamos dormir antes do passeio da tarde.
Chegando aqui, um parto pra pedir almoço. E isso que só queríamos umas esfihas do Habibs. Mas em Belém, quando se informa um endereço, pelo menos pro Habibs, vc tem que informar o perímetro, ou seja, quais as ruas que circundam a rua que vc está!
Incrível!
Bem, por enquanto é só, vou dormir agora já que os meninos virão nos buscar às 16.
Já com saudades... ai ai
BeijoTchau!
O vôo foi bem apertado e com interrupções infinitas do senhorzinho que sentou na primeira poltrona do avião. A cada 5 minutos ele apertava o botão pra chamar a comissária. Eu estava quase indo lá dar um lexotan pra ver se ele sossegava.
Dormir era impossível. Não bastasse o aperto das poltronas, as pessoas ao nosso redor roncavam muito, uma sinfonia sem fim.
Chegamos finalmente.
Fomos SUPER bem recepcionadas pelo Thiago e pelo Luiz que estavam nos esperando no aero com suas câmeras nas mãos!
Eles são simplesmente uns amores. Super macios e cuidadosos. Carregaram nossas malas e estão cuidando da gente o tempo todo.
Bem, ao sair do desembarque o primeiro impacto: um bafo quente e sufocantemente úmido.
E os meninos disseram: Ah, agora tá fresquinho.
- Como assim fresquinho?
- Ah, deve estar uns 27 graus.
- E isso é fresquinho pra meia noite e meia?????
- Sim, durante o dia chegamos aos 40 graus.
Ok, eu não devia ter perguntado!
Eles nos trouxeram ao hotel, fizemos o check-in que demorou uns 40 minutos, subimos, deitamos. Jã eram 2:30 e eles viriam nos buscar às 5:00.
Dormir pra quê?
Cochilamos atá a hora marcada.
Eles nos buscaram e fomos ao famosíssimo mercado Ver-o-Peso.
Ao chegar encontramos o Rafael, o Bruno Miranda e o Gabriel. E eis que escuto um: NÃO ACREDITO!!!!!!
Eu também não acreditei!
Um cara que tinha loja em frente ao meu trabalho, que eu sempre encontro em locais e situações inusitadas. Quais as chances de eu encontrá-lo aqui?
Conversamos um pouco e seguimos para o mercado.
Primeiro o mercado do Açaí. Simplesmente incrível. Altamente fotografável e com um povo super simpático. As pessoas se alegram ao ver que chegamos com a câmera e fazem pose, sorriem, perguntam pra qual jornal é.
Adorei todos. Gente muito simples, trabalhando muito (num trabalho duríssimo) e muito feliz.
Em seguida, o mercado de peixe. Nesta parte da visita percebe-se a origem da expressão "mercado de peixe" para ambientes de zona total. E é isso. Muita gente falando alto ao mesmo tempo, zilhões de carregadores te atropelando com suas caixas de peixes, vendedores que cortam o peixe na hora e jogam em sacolas de feiras dos compradores, muita água fedorenta no chão (e é claro que molhamos os pés nela), tudo isso sem contar o cheiro.
Depois o ver-o-peso de verdade, as frutas, as castanhas (comprei um kilo! YAY!), os legumes, o artesanato.
Tudo lindo, um visual incrível, mas não vamos falar em higiene, ok?
Então, por volta das 9:30, os meninos resolvem que precisamos tomar café da manhã. Concordamos, afinal, estávamos sem comer desde a sexta à noite.
E então eles nos levaram pro que chamam de "batizado": açaí na tigela com farofa e peixe frito.
Ok, eu nem queria ser batizada mesmo.
Tudo que eu precisava pra me satisfazer era um pão com manteiga na chapa.
Voltando ao carro, paramos pra um delicioso sorvete de tapioca. Tomei também um de cupuaçu com chocolate e baunilha. A única fruta típica que eu como por enquanto, já que eu não curti as outras que nos foram apresentadas.
Bem, depois do sorvete viemos pro hotel, precisamos dormir antes do passeio da tarde.
Chegando aqui, um parto pra pedir almoço. E isso que só queríamos umas esfihas do Habibs. Mas em Belém, quando se informa um endereço, pelo menos pro Habibs, vc tem que informar o perímetro, ou seja, quais as ruas que circundam a rua que vc está!
Incrível!
Bem, por enquanto é só, vou dormir agora já que os meninos virão nos buscar às 16.
Já com saudades... ai ai
BeijoTchau!
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Papai sabe tudo
.
Hoje, aniversário da minha mama, estávamos todos reunidos aqui na sala, em volta de uma mesa cheia de pecados capitais, enquanto falávamos mais alguns sacrilégios e ríamos deles.
Como em toda vez que nos encontramos e o Takeda está presente, a conversa sempre termina em assuntos relacionados à medicina.
Desta vez não foi diferente. Do alto de sua sabedoria anestesiológica, Takeda começou a contar sobre os pacientes que falam absurdos como:
- fiz uma pornografia computadorizada
- fiz um elétrico
- estou com dor no estâmo
- passando mal do figo
- minha sapa tá babando (sim, sapa é aquela parte que vc tá pensando mesmo!)
- eu tomo crofenaque (diclofenaco)
Foi quando, em meio às nossas gargalhadas, meu pai, que passou a noite calado, disse a sábia frase: "Os pacientes falam como vocês, médicos, escrevem!"
Risadas multiplicadas!
Papai sabe tudo!
.
Hoje, aniversário da minha mama, estávamos todos reunidos aqui na sala, em volta de uma mesa cheia de pecados capitais, enquanto falávamos mais alguns sacrilégios e ríamos deles.
Como em toda vez que nos encontramos e o Takeda está presente, a conversa sempre termina em assuntos relacionados à medicina.
Desta vez não foi diferente. Do alto de sua sabedoria anestesiológica, Takeda começou a contar sobre os pacientes que falam absurdos como:
- fiz uma pornografia computadorizada
- fiz um elétrico
- estou com dor no estâmo
- passando mal do figo
- minha sapa tá babando (sim, sapa é aquela parte que vc tá pensando mesmo!)
- eu tomo crofenaque (diclofenaco)
Foi quando, em meio às nossas gargalhadas, meu pai, que passou a noite calado, disse a sábia frase: "Os pacientes falam como vocês, médicos, escrevem!"
Risadas multiplicadas!
Papai sabe tudo!
.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
A Lady não falha!!!!!!
.
Estou desde sexta com um problema no meu portal aqui no trabalho.
Sei de um cara que poderia ajudar, mas fui tentando outros caminhos pra não ter que ligar pra ele.
Ele é um gatinho e rola uma paquera velada, daquelas de ambiente de trabalho e de alguma forma eu sabia que era um erro bobo, que eu deveria descobrir sem ligar pra ele.
Hoje, esgotei todas as opções de solucionar o problema, e fui obrigada a ligar pro moço.
Ainda enrolei um pouco antes, tentei outras coisas, mas não teve jeito, tive que ligar.
E seguiu-se assim:
- Por favor o X?
- Alô
- X?
- Sim
- Oi, é a Malu, tudo bem?
- Tudo. E vc?
- Bem tb. Sobre autenticação, eu posso falar com vc?
- Sim, claro.
- Ah, você é o pai da criança!
- Bem, não sei. Vamos fazer um DNA?
(Risadinhas, e eu quase falando que pra fazer o DNA a gente tinha que fazer algumas outras coisas antes e tal.)
- Então, meu problema é na autenticação, ele finge que autentica e não exibe a página.
- Mas você está testando em produção, linda?
(Eu tava indo bem, né? Fui até chamada de linda)
- Sim. É que é a primeira vez que eu passo o site pra produção, e não consigo fazer funcionar.
- Em desenvolvimento funciona certinho?
- Sim, funciona. Aí passei tudo pra produção e não dá certo. Acho que quando gerei a chave de autenticação, devo ter informado algo errado.
- Então vamos conferir, o caminho é qual?
- blablabla/blabla
- Hum... é a única coisa que poderia estar errada, onde as pessoas normalmente se confundem.
- É... eu não sei também o que pode ser. Como ninguém conseguiu resolver, tive que correr pra você.
- E o que vc colocou no servidor?
E eu SUPER SEGURA, vomito: intracorp
Ele sorrindo (Pelo telefone deu pra perceber. Acho até que era mais que um simples sorriso):
-Intracorp não existe, linda. É intraNETcorp.
CARACA!
Eu SABIA que era algo simples!
Grrrrrrrrrrrrr!!!!!
Ri, claro, de nervoso e disse:
- Ahhhhhh, eu comi um pedaço do nome do servidor. Então agora vai dar certo.
Ele continuou sorrindo.
Neste momento, nenhum ET apareceu para abduzir-me. ETs falhos.
Com a voz quase sumindo, falei:
- Vou mudar aqui. Obrigada!
- De nada, linda. Um beijão!
- Outro
Eu tô com o calor da vergonha me consumindo até agora.
Principalmente quando penso que este evento aumentou em 400% nossas chances de nos encontrarmos no elevador esta tarde (ainda que eu trabalhe no 8º e ele no 1º).
Humpf! A Lady Murphy não falha nunca!
Espero que esta tenha valido pela semana inteira, afinal, hoje é só segunda.
Estou desde sexta com um problema no meu portal aqui no trabalho.
Sei de um cara que poderia ajudar, mas fui tentando outros caminhos pra não ter que ligar pra ele.
Ele é um gatinho e rola uma paquera velada, daquelas de ambiente de trabalho e de alguma forma eu sabia que era um erro bobo, que eu deveria descobrir sem ligar pra ele.
Hoje, esgotei todas as opções de solucionar o problema, e fui obrigada a ligar pro moço.
Ainda enrolei um pouco antes, tentei outras coisas, mas não teve jeito, tive que ligar.
E seguiu-se assim:
- Por favor o X?
- Alô
- X?
- Sim
- Oi, é a Malu, tudo bem?
- Tudo. E vc?
- Bem tb. Sobre autenticação, eu posso falar com vc?
- Sim, claro.
- Ah, você é o pai da criança!
- Bem, não sei. Vamos fazer um DNA?
(Risadinhas, e eu quase falando que pra fazer o DNA a gente tinha que fazer algumas outras coisas antes e tal.)
- Então, meu problema é na autenticação, ele finge que autentica e não exibe a página.
- Mas você está testando em produção, linda?
(Eu tava indo bem, né? Fui até chamada de linda)
- Sim. É que é a primeira vez que eu passo o site pra produção, e não consigo fazer funcionar.
- Em desenvolvimento funciona certinho?
- Sim, funciona. Aí passei tudo pra produção e não dá certo. Acho que quando gerei a chave de autenticação, devo ter informado algo errado.
- Então vamos conferir, o caminho é qual?
- blablabla/blabla
- Hum... é a única coisa que poderia estar errada, onde as pessoas normalmente se confundem.
- É... eu não sei também o que pode ser. Como ninguém conseguiu resolver, tive que correr pra você.
- E o que vc colocou no servidor?
E eu SUPER SEGURA, vomito: intracorp
Ele sorrindo (Pelo telefone deu pra perceber. Acho até que era mais que um simples sorriso):
-Intracorp não existe, linda. É intraNETcorp.
CARACA!
Eu SABIA que era algo simples!
Grrrrrrrrrrrrr!!!!!
Ri, claro, de nervoso e disse:
- Ahhhhhh, eu comi um pedaço do nome do servidor. Então agora vai dar certo.
Ele continuou sorrindo.
Neste momento, nenhum ET apareceu para abduzir-me. ETs falhos.
Com a voz quase sumindo, falei:
- Vou mudar aqui. Obrigada!
- De nada, linda. Um beijão!
- Outro
Eu tô com o calor da vergonha me consumindo até agora.
Principalmente quando penso que este evento aumentou em 400% nossas chances de nos encontrarmos no elevador esta tarde (ainda que eu trabalhe no 8º e ele no 1º).
Humpf! A Lady Murphy não falha nunca!
Espero que esta tenha valido pela semana inteira, afinal, hoje é só segunda.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Percepção
- Oi
- Oi
- Tudo bem?
- Tudo. E você, como está?
- Bem. Linda, loira e japonesa.
- LOIRA?
E eu me pergunto; porque é que ninguém se surpreende com o japonesa?
- Oi
- Tudo bem?
- Tudo. E você, como está?
- Bem. Linda, loira e japonesa.
- LOIRA?
E eu me pergunto; porque é que ninguém se surpreende com o japonesa?
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Chegando em Floripa
E faltavam 3 horas pro meu vôo que NUNCA saiu.
O aeroporto estava fechado desde às 20:00hrs e TODOS os vôos foram cancelados.
Sendo assim, fiquei correndo atrás de informações de como chegaria de Ctba a Floripa.
Me disseram que um ônibus seria fretado pela cia aérea e traria todos os passageiros até Floripa.
E eu perguntei: E minha mala? Como faço? (Detalhe, minha mala já tinha sido despachada no check-in, mesmo que eu ainda a estivesse vendo do lado da moça do balcão)
E ela: Ah, nós vamos levar sua mala pro ônibus.
Eu: Mas, ela está ali, do seu lado.
Ela: Ahhhhhh, esta mala é sua? Estávamos procurando o dono mesmo.
Afffff, vamos lá! Depois de quase uma hora, eles decidem informar corretamente onde está o ônibus.
Ao sair do aeroporto, a visibilidade é de no máximo 50 metros. Ok, melhor ir de bus mesmo.
Nada de dormir, afinal, eu dificilmente consigo dormir em bus. E neste caso então, na serra, menos chances ainda.
Chegamos aqui e peguei um taxi no aero. Um senhorzinho dirigindo e começa o interrogatório, às 5:30 da manhã.
Ele: Em qual vôo você veio?
Eu: Nenhum, eu vim de bus de Ctba.
Ele: Mas desceu no aeroporto?
Eu: Sim, o aeroporto de Ctba estava fechado, eles nos trouxeram de bus.
Ele: Ah, sim.
Depois de uns 10 minutos de silêncio, ele recomeça:
Mas, em qual vôo mesmo que vc veio?
Eu: Nenhum, senhor. Eu estava em Ctba pra vir de avião mas fecharam o aeroporto devido ao mau tempo e eu vim de ônibus
Ele: Mas de onde vc é? De Ctba?
Eu: Não, de SP.
Ele: Mas vc não veio de avião?
Eu: Não
Mais 10 minutos de silêncio.
Ele: Ah, você veio de SP?
Eu: Não, de Ctba
Ele: Mas vc é de SP?
Eu: Sim
Ele: Vc conhece aqui?
Eu: Não
Ele: Entao, aqui é a rodoviária. Ali é o mercado municipal.
Eu: Que bom que é perto do hotel, posso caminhar por aqui.
Ele: Mas só de dia, hein! Não vá caminhar a este horário.
Preciso lembrar que eram 5:30 da manhã?
Cheguei no hotel.
A recepcionista:
Mas você quer entrar agora?
Quase respondi: Não, vou caminhar lá fora no perigo, mergulhar 7 vezes e depois eu entro.
Eu: CLARO, que eu quero entrar.
Ela: Ah, é que vai perder meia diária.
E eu tô lá preocupada com meia diária depois disso tudo?
Eu: Tudo bem, eu quero entrar agora.
Ela: Bem, só tenho um apto de fumante e deficiente
Eu: Mas cadê o apto da minha reserva?
Ela: Só temos este. Depois podemos trocar.
Bem, pra dormir, serve. Lá fui eu.
Chegando no quarto, só tem um edredon de solteiro e fino. Liguei na recepção:
Ela: Recepção, Vanessa, bom dia!
Eu: Bom dia, Vanessa, eu...
Ela: Ah, Sra Lara! (ela sabia que era a moça que quis perder meia diária, e ainda suspirou)
Acordei, fui encontrar a gêmea e depois voltei caminhando pela orla.
Meu pé tá podre, podre e doendo demais. Espero que ele melhore. Espero mesmo!!!!!!
Humpf!
Vou procurar um lugar pra jantar agora, se eu conseguir dar alguns passos pra sair do quarto!
=)
O aeroporto estava fechado desde às 20:00hrs e TODOS os vôos foram cancelados.
Sendo assim, fiquei correndo atrás de informações de como chegaria de Ctba a Floripa.
Me disseram que um ônibus seria fretado pela cia aérea e traria todos os passageiros até Floripa.
E eu perguntei: E minha mala? Como faço? (Detalhe, minha mala já tinha sido despachada no check-in, mesmo que eu ainda a estivesse vendo do lado da moça do balcão)
E ela: Ah, nós vamos levar sua mala pro ônibus.
Eu: Mas, ela está ali, do seu lado.
Ela: Ahhhhhh, esta mala é sua? Estávamos procurando o dono mesmo.
Afffff, vamos lá! Depois de quase uma hora, eles decidem informar corretamente onde está o ônibus.
Ao sair do aeroporto, a visibilidade é de no máximo 50 metros. Ok, melhor ir de bus mesmo.
Nada de dormir, afinal, eu dificilmente consigo dormir em bus. E neste caso então, na serra, menos chances ainda.
Chegamos aqui e peguei um taxi no aero. Um senhorzinho dirigindo e começa o interrogatório, às 5:30 da manhã.
Ele: Em qual vôo você veio?
Eu: Nenhum, eu vim de bus de Ctba.
Ele: Mas desceu no aeroporto?
Eu: Sim, o aeroporto de Ctba estava fechado, eles nos trouxeram de bus.
Ele: Ah, sim.
Depois de uns 10 minutos de silêncio, ele recomeça:
Mas, em qual vôo mesmo que vc veio?
Eu: Nenhum, senhor. Eu estava em Ctba pra vir de avião mas fecharam o aeroporto devido ao mau tempo e eu vim de ônibus
Ele: Mas de onde vc é? De Ctba?
Eu: Não, de SP.
Ele: Mas vc não veio de avião?
Eu: Não
Mais 10 minutos de silêncio.
Ele: Ah, você veio de SP?
Eu: Não, de Ctba
Ele: Mas vc é de SP?
Eu: Sim
Ele: Vc conhece aqui?
Eu: Não
Ele: Entao, aqui é a rodoviária. Ali é o mercado municipal.
Eu: Que bom que é perto do hotel, posso caminhar por aqui.
Ele: Mas só de dia, hein! Não vá caminhar a este horário.
Preciso lembrar que eram 5:30 da manhã?
Cheguei no hotel.
A recepcionista:
Mas você quer entrar agora?
Quase respondi: Não, vou caminhar lá fora no perigo, mergulhar 7 vezes e depois eu entro.
Eu: CLARO, que eu quero entrar.
Ela: Ah, é que vai perder meia diária.
E eu tô lá preocupada com meia diária depois disso tudo?
Eu: Tudo bem, eu quero entrar agora.
Ela: Bem, só tenho um apto de fumante e deficiente
Eu: Mas cadê o apto da minha reserva?
Ela: Só temos este. Depois podemos trocar.
Bem, pra dormir, serve. Lá fui eu.
Chegando no quarto, só tem um edredon de solteiro e fino. Liguei na recepção:
Ela: Recepção, Vanessa, bom dia!
Eu: Bom dia, Vanessa, eu...
Ela: Ah, Sra Lara! (ela sabia que era a moça que quis perder meia diária, e ainda suspirou)
Acordei, fui encontrar a gêmea e depois voltei caminhando pela orla.
Meu pé tá podre, podre e doendo demais. Espero que ele melhore. Espero mesmo!!!!!!
Humpf!
Vou procurar um lugar pra jantar agora, se eu conseguir dar alguns passos pra sair do quarto!
=)
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Gazzag strikes again!
Estou no aeroporto de Curitiba aguardando pacientemente meu vôo para Floripa.
Isso que dá querer aproveitar várias promoções ao mesmo tempo. Tem que esperar horas de um vôo pra outro.
Estou MORRENDO de saudades do Peru. MORRENDO, sabem o que é isso?
COMO eu queria estar lá ainda. Ver tudo o que não vi. Fazer algumas coisas que não fiz por pura falta de tempo.
Ah, eu ainda volto. Ah, se volto!!!!
Enquanto isso, vou curtindo Floripa, com a super gêmea, e Curitiba, com a super Raquel e sua trupe.
Aí aproveitei este tempo super ocioso no aero pra ver um email que eu quase nunca abro. Que é o email que eu dei pra um dos malucos do Gazzag.
E lá vamos nós, às risadas:
"Oi meu anjo,
To mandando um sinalzinho de vida pois adorei conhecer você no sabado no gazzag, você é uma garota super adorável e espero que nossa amizade possa se estender e ser-mos muito amigos.
Lhe mando uma super semana e espero que comuniquemos sempre.
Bjs no coração .. e té mais linda."
SER-MOS?
Que idioma é este?
LHE MANDO uma super semana?
Embrulhada?
COMUNIQUEMOS sempre?
Eu me comunico todo dia! Várias vezes, inclusive. Praticamente o tempo todo.
E eu respondi:
"Olá, moço!
Uma ótima semana pra vc tb!
:)"
E ele respondeu:
"Oi linda
Adorei seu sinalzinho de vida, ganhei até o dia sabe..
Então naquele dia não conversamos muito mas gostei muito de tc com vc, aguardo ancioso a proxima vez, pois assim posso conhecer mais sobre vc, isto é com o maior carinho digo..
Mas percebi que não é de conversar muito rsss..
Deixo um beijão e até meu anjo;;"
Ganhou o dia?
ANCIOSO?
E que carinho, hein!
Ah, sim, eu não sou de conversar muito. Realmente, com malas não.
Deixou um beijo. Onde?
Hey, ele tem vários ponto-e-vírgula. Será que ele é manco?
Respondi:
"Ganhou o dia? hihihi Vc é exagerado hueheuheuee
Eu até falo bastante, mas tenho estado muito ocupada. Muito trabalho pra deixar tudo em dia e sair de férias. Então... já viu, né? Sem tempo até pra respirar uehueuhuehueue
Inté ;)"
Ele:
"Oiiii rs
Olha nao so ganhei odia como trabalheicontente.. rss
Olha so que legal ferias humm fiquei na inveja agora heim rss , e qual será o destino?
Se for legal vc me conta tudim para eu por no meu roteiro deproximas ferias...
Olha eqto a trabalho eu entendo bem o pior de todos é q parece que vc nao conseguira deixar em dia para as ferias rs rs
mas no fim tudo se acerta.. rss
bom deixo um beijao e onte linda.. "
Já chega rindo.
A barra de espaços dele deve estar com problemas.
Agora, ENQUANTO a trabalho???????????????
Seria: QUANTO a trabalho?
O pior de TODOS? Não seria o pior de TUDO?
Affffff
E cadê a pontuação deste email???????????
Deixou outro beijo em algum lugar por aí.
Esse moço deixa tudo por aí.
Não respondi. E ele mandou outro:
"Oi linda,
Quais as novidades ? espero q muitas rss ...
olha to enviando um super bom dia para ti edizer para ti nao sumir viu rss...
ha e espero que seu feriadao seja um espetaculo viu anjo.. bjus bjus e bjus"
Perae! Como assim, novidades?
Ele não me conhece! QUALQUER coisa, QUALQUER, até mesmo meu sobrenome, é uma novidade pra ele!!!!!!!!!!!!!!!!
Mandando um super bom dia? Anexado não veio nada.
E quanto TI.
Pontuação zero, novamente.
Nao dá vontade de responder, nem mesmo em nome da pesquisa pro blog.
E ainda faltam 3 horas pro meu vôo.
:)
Isso que dá querer aproveitar várias promoções ao mesmo tempo. Tem que esperar horas de um vôo pra outro.
Estou MORRENDO de saudades do Peru. MORRENDO, sabem o que é isso?
COMO eu queria estar lá ainda. Ver tudo o que não vi. Fazer algumas coisas que não fiz por pura falta de tempo.
Ah, eu ainda volto. Ah, se volto!!!!
Enquanto isso, vou curtindo Floripa, com a super gêmea, e Curitiba, com a super Raquel e sua trupe.
Aí aproveitei este tempo super ocioso no aero pra ver um email que eu quase nunca abro. Que é o email que eu dei pra um dos malucos do Gazzag.
E lá vamos nós, às risadas:
"Oi meu anjo,
To mandando um sinalzinho de vida pois adorei conhecer você no sabado no gazzag, você é uma garota super adorável e espero que nossa amizade possa se estender e ser-mos muito amigos.
Lhe mando uma super semana e espero que comuniquemos sempre.
Bjs no coração .. e té mais linda."
SER-MOS?
Que idioma é este?
LHE MANDO uma super semana?
Embrulhada?
COMUNIQUEMOS sempre?
Eu me comunico todo dia! Várias vezes, inclusive. Praticamente o tempo todo.
E eu respondi:
"Olá, moço!
Uma ótima semana pra vc tb!
:)"
E ele respondeu:
"Oi linda
Adorei seu sinalzinho de vida, ganhei até o dia sabe..
Então naquele dia não conversamos muito mas gostei muito de tc com vc, aguardo ancioso a proxima vez, pois assim posso conhecer mais sobre vc, isto é com o maior carinho digo..
Mas percebi que não é de conversar muito rsss..
Deixo um beijão e até meu anjo;;"
Ganhou o dia?
ANCIOSO?
E que carinho, hein!
Ah, sim, eu não sou de conversar muito. Realmente, com malas não.
Deixou um beijo. Onde?
Hey, ele tem vários ponto-e-vírgula. Será que ele é manco?
Respondi:
"Ganhou o dia? hihihi Vc é exagerado hueheuheuee
Eu até falo bastante, mas tenho estado muito ocupada. Muito trabalho pra deixar tudo em dia e sair de férias. Então... já viu, né? Sem tempo até pra respirar uehueuhuehueue
Inté ;)"
Ele:
"Oiiii rs
Olha nao so ganhei odia como trabalheicontente.. rss
Olha so que legal ferias humm fiquei na inveja agora heim rss , e qual será o destino?
Se for legal vc me conta tudim para eu por no meu roteiro deproximas ferias...
Olha eqto a trabalho eu entendo bem o pior de todos é q parece que vc nao conseguira deixar em dia para as ferias rs rs
mas no fim tudo se acerta.. rss
bom deixo um beijao e onte linda.. "
Já chega rindo.
A barra de espaços dele deve estar com problemas.
Agora, ENQUANTO a trabalho???????????????
Seria: QUANTO a trabalho?
O pior de TODOS? Não seria o pior de TUDO?
Affffff
E cadê a pontuação deste email???????????
Deixou outro beijo em algum lugar por aí.
Esse moço deixa tudo por aí.
Não respondi. E ele mandou outro:
"Oi linda,
Quais as novidades ? espero q muitas rss ...
olha to enviando um super bom dia para ti edizer para ti nao sumir viu rss...
ha e espero que seu feriadao seja um espetaculo viu anjo.. bjus bjus e bjus"
Perae! Como assim, novidades?
Ele não me conhece! QUALQUER coisa, QUALQUER, até mesmo meu sobrenome, é uma novidade pra ele!!!!!!!!!!!!!!!!
Mandando um super bom dia? Anexado não veio nada.
E quanto TI.
Pontuação zero, novamente.
Nao dá vontade de responder, nem mesmo em nome da pesquisa pro blog.
E ainda faltam 3 horas pro meu vôo.
:)
sábado, 10 de maio de 2008
EEEEEEEE!!!!!!!!
Eu to voltando pra casa!!!!!
Esperando horas e mais horas no aero de Lima.
Mas tudo bem, pq eu conheci Machu Picchu lalalalala
=)
Espero voces lah em casa amanha, ok?
Beijooooooo!
Esperando horas e mais horas no aero de Lima.
Mas tudo bem, pq eu conheci Machu Picchu lalalalala
=)
Espero voces lah em casa amanha, ok?
Beijooooooo!
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Puno, Lago, Logo Casa
Oh yes!!! Eu ainda vivo!!!!!
Gentem, tanta coisa pra fazer e tao cansada que nem consegui chegar perto do computador.
Vamos lah, de onde parei.
Quarta, o dia magico. Acordei 4 da matina e fui pra Machu Picchu!!!
Uma van me levou ateh a estacao de trem. Peguei o trem e lah vamos nos.
Mais argentinos do meu lado. Sinceramente, nao eh possivel que a Flavia goste tanto destes caras. Bonitos, sim, mas insuportaveis!!!!
Chegando em Aguas Calientes, que eh o povoado de onde se parte pra Machu Picchu, encontrei o guia e mais uma galera.
Pegamos um bus e subimos rumo a realizacao do meu sonho. Sentei no banco logo atras do motorista.
A estrada sobe demais em zig-zag e parece que nao acaba nunca. Mas do meio do caminho jah posso ver um pedaco da cidadela.
Meus olhos jah se enchem de lagrimas. Eu nao podia acreditar que estava tao perto!!!!!!!
Sobe, sobe, sobe, sobe, sobe. Chegamos. Desco do bus e aguardo as instrucoes do guia. De onde estamos, na entrada, nao dah pra ver nada nada nada.
Eu queria sair correndo e entrar. Mas aguardei todos.
Entramos e o guia explica que primeiro teriamos uma subida de 20 a 30 minutos, por um caminho de pedras, para entao fayer a volta na cidade inteira.
Subi. Super ingreme e com o efeito da altitude, jah estava com a lingua de fora. Mas desta vez, ao contrario de Ollantaytambo (do post anterior) eu levei meu carbogel. Dah-lhe carbogel e agua. Subi tudo. 3 metros de lingua de fora, pernas ardendo de tanto acido latico, e quando eu ergo a cabeca, no final da subida: lah estava ela. Do jeitinho que eu sempre vi nas fotos. A tao sonhada Machu Picchu.
Foi impossivel deter as lagrimas, como eh impossivel agora.
Algum de vcs jah realizou um sonho assim???
Eh indescritivel!!!!!
E desta vez eu nao estava vendo uma foto, um video, ouvindo alguem contar. EU ESTAVA LAH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Chorei como uma crianca. Sem pudores, sem medo do que pudessem pensar.
O guia ficou preocupado. Sentei numa pedra e chorei. Coisa boa! Sensacao inenarravel. Posso ficar aqui escrevendo horas e horas e nunca vou conseguir exprimir o que senti.
Dali continuamos o passeio por toda a cidadela. A cada portal, a cada janela, a cada altar, a cada comodo, eu lembrava do livro que criou este sonho em mim, A Princesa do Sol. E pensar que tantos como ela moraram ali, no mesmo lugar onde eu estava pisando centenas de anos depois.
Que felicidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Foram horas lah dentro e pareceram segundos. Fiquei triste por ter que sair, mas SUPER realizada.
Desci de volta pra Aguas Calientes e fui almocar.
O garcom que me atendeu, perguntou se eu era do Brasil. Eu disse que sim, e entao ele comecou a falar em ingles comigo. Alguem explica?
Ele ficou tao confuso que me perguntou se a minha agua era 'with djelo' hauhauahauhauhau
Fui dar uma volta no mercado de artesanato que tem na cidade. Mais compras.
Fiquei num banco tomando sol e esperando o horario do meu trem, quando sentam duas senhoras japas do meu lado. Eu afastei um pouco pra que elas coubessem melhor, e entao uma delas me diz: FOTO, TOGETHER.
Hauhauhauahuahua
Elas estavam sentando ali pra tirar foto, e era comigo HAUHAUHAUA
Tirei foto com as japas.
Resolvi me mandar pra dentro da estacao, achei mais seguro, antes que a comunidade inteira de japas que estava por ali resolvesse tirar foto comigo.
Hora de embarcar. Entramos todos no trem, que serviu o lanche e depois apagou as luzes. O trem inteiro dormindo e de repente comeca uma musica andina. Eu abro o olho e tem um cara fantasiado de inca com uma lhama no pescoco assustando as pessoas. A luz acende e ele danca. Tirou uma gringa pra dancar, tirou foto com os japas. Uma beleza. Quando acabou o show, claro que estavam vendendo o cd da musica.
Em seguida, comeca um tuntz tum peruano, e PASMEM os comissarios do trem se transformaram em modelos, e desfilaram roupas de alpaca pelo trem HAHAHAHAHAHAHAHA
Foi dificil segurar pra nao rir. A modelete nao conseguia se equilibrar pra desfilar e quase caia em cima dos passageiros. O modelon conseguia andar bem e tinha um sorriso muito feliz no rosto, do tipo: hey, eu sou um modelon!
Chegamos em Ollanta e tinha ocorrido um blackout. Imaginem soh, descer numa estacao de trem que vc soh viu uma vez na vida e ter que encontrar o seu motorista no blackout. Detalhe: sem saber quem era o motorista hahahaha
Encontrei e fui caminhando com ele, mas o breu era tamanho que fiquei com medo de cair nas pedras (Ah, sim, TUDO aqui eh de pedra TUDO). Aih ele me deu a mao. Ele falava portugues, jah visitou o BR varias vezes e estava com saudade de falar portugues. Otimo. Viemos tagarelando de lah ateh Cuzco. Ele insistiu em parar nuns dois bares. Queria que eu provasse a Chicha (se le tchitcha) que eh uma aguardente feita de milho (Como tudo por aqui, tem milho ateh no cafeh da manha). Alem de cansada, por mais que ele fosse uma simpatia, eu nao ia parar num boteco com ele. Vai que o cara enche a cara de chicha e fica malucao? heuheuhuee
Disse que queria ir direto ao hotel. Fomos. Mas no caminho fomos parados 5 vezes pela policia rodoviaria. Tinham assaltado um posto de gasolina (conhecido como GRIFO por aqui, viu Carol?) e por isso tinha tanta batida policial.
Cheguei pregada. Banho e cama, afinal, no dia seguinte eu tinha que acordar cedo de novo pra pegar o bus pra Puno. Seriam 8 horas no bus (segundo o que me haviam dito) com paradas em museus e sitios arqueologicos.
Acordei cedinho, fechei a conta. Rosaline foi me buscar no hotel e me deixou no escritorio da cia de bus. Despachei as malas e fiquei aguardando numa poltrona do papai super confortavel, e aproveitei pra ler o que o meu guia de viagens fala sobre Puno. Mal terminei a primeira pagina sobre Puno e escuto: Olah, brasileira!
Que musica para os meus ouvidos ouvir um portugues de verdade.
Olhei e era um moco que sentou ao meu lado. Comecamos a bater um papo e logo anunciaram que meu bus sairia. Coincidentemente era o dele tb. Entramos e eu estava no lugar 12 e ele no 36. No entanto, do meu lado nao havia ninguem. Chamei o moco e fomos tagarelando muuuuuuuuuito o caminho todo.
Tagarelando muito ateh a hora em que ele me beijou! hueheuheuheuuhe
Eh, o moco, que se chama Alexandre, me deu uma beijoca.
Aih, paramos de falar um pouco hahahaha
Chegamos em Puno. A cidade eh PESSIMA! MEDO total disso aqui. Muito coisa de filme. Tudo caindo aos pedacos e o povo te olhando com cara de: nos vamos te matar! hauhauhaua
O moco me convidou pra jantar. Achei otimo, afinal, nessa cidade seria muito bom estar acompanhada. Alem do que, ele era uma boa cia.
Deixei o endereco do meu hotel com ele e fui encontrar meu receptivo. Que desta vez estava com a plaquinha escrito: REJANE DE JESUS. Hahaha cada placa eles escreviam uma coisa. Divertidissimo.
Bem, cheguei ao hotel que eh suuuuuuuuuuper duper de tao legal. Um quarto grande, com duas camas de casal, uma parede de vidro com vista pro lago Titicaca. Adorei!
Tomei banho, liguei pra mama, e fui ver um filme. Cochilei. Acordei com o telefone tocando e a mocinha da recepcao avisando que o Alex estava me esperando.
Fui ate a recepcao, encontrei o moco e fomos jantar.
Eu estava passando muito mal. Aqui sim eu senti o tal do mal da altitude. Caraca!
Sem ar total, dor de estomago e cabeca pesada. Muito mais seco que qq lugar, quase nao dormi durante a noite. Nariz seco, garganta seca. Afffff.
Acordei, tomei cafeh e fui pega pelo guia aqui no hotel. Pegamos mais umas pessoas e fomos ao Lago Titicaca.
Entramos no barco e fomos direto para as ilhas flutuantes. Conheci uns nativos super simpaticos, andei naquela balsa deles, que eh bem legal. O condutor era o Julio, que sabe falar seu nome em todas as linguas, inclusive em "brasileiro": JULINO! heuheuheue
Comprei uma miniatura da balsa e entao entramos no barco de novo. Fomos para Isla Taquile. Na saida das ilhas flutuantes, vejo uma igreja adventista. Aih o guia comeca a explicar o que eh a igreja adventista. Huehuehuee tive q me meter na explicacao, afinal, nao eh uma igreja protestante.
Depois, o povo nao parava de perguntar como a igreja adventista chegou ali.
Ai ai ai chegando neh! Humpf.
Na Isla Taquile, um parto de cocoras na montanha. 40 minutos de subida por pedras. Chegando lah em cima uma vista recompensante. E viva o carbogel!
Na descida, 532 degraus de pedras. Ninguem merece. Ainda bem que eu levei meu cajado advanced plus!
Bem, mais 3 horas no barco e cheguei agora. Exausta de novo.
Amanha, Alicia virah me buscar as 11:45 da matina para levar-me ao aeroporto de Juliaca, que eh uma cidade vizinha de Puno e consegue ser ainda mais feia, parando nas ruinas de Sillustani. Vou ver se faco umas fotos na volta. (na vinda eu estava ocupada demais neste trecho hahahaha).
De lah, pego um voo pra Lima, que chega em Lima por volta de 18:30.
Aih, eu fico mofando no aeroporto esperando meu voo pra SP, que sai as 1:30 da matina do domingo. (Horario do Peru. Aih no BR serao 3:30).
Well, eh isso.
Eu nao consegui baixar fotos nem nada. Tudo muito manco por aqui.
Chegando em casa jah baixo tudo e quando vcs forem me ver eu mostro!
Podem ir com muita paciencia, ok?
Hahahahaha
Beijos com saudades mil!!!!!!!!!
Gentem, tanta coisa pra fazer e tao cansada que nem consegui chegar perto do computador.
Vamos lah, de onde parei.
Quarta, o dia magico. Acordei 4 da matina e fui pra Machu Picchu!!!
Uma van me levou ateh a estacao de trem. Peguei o trem e lah vamos nos.
Mais argentinos do meu lado. Sinceramente, nao eh possivel que a Flavia goste tanto destes caras. Bonitos, sim, mas insuportaveis!!!!
Chegando em Aguas Calientes, que eh o povoado de onde se parte pra Machu Picchu, encontrei o guia e mais uma galera.
Pegamos um bus e subimos rumo a realizacao do meu sonho. Sentei no banco logo atras do motorista.
A estrada sobe demais em zig-zag e parece que nao acaba nunca. Mas do meio do caminho jah posso ver um pedaco da cidadela.
Meus olhos jah se enchem de lagrimas. Eu nao podia acreditar que estava tao perto!!!!!!!
Sobe, sobe, sobe, sobe, sobe. Chegamos. Desco do bus e aguardo as instrucoes do guia. De onde estamos, na entrada, nao dah pra ver nada nada nada.
Eu queria sair correndo e entrar. Mas aguardei todos.
Entramos e o guia explica que primeiro teriamos uma subida de 20 a 30 minutos, por um caminho de pedras, para entao fayer a volta na cidade inteira.
Subi. Super ingreme e com o efeito da altitude, jah estava com a lingua de fora. Mas desta vez, ao contrario de Ollantaytambo (do post anterior) eu levei meu carbogel. Dah-lhe carbogel e agua. Subi tudo. 3 metros de lingua de fora, pernas ardendo de tanto acido latico, e quando eu ergo a cabeca, no final da subida: lah estava ela. Do jeitinho que eu sempre vi nas fotos. A tao sonhada Machu Picchu.
Foi impossivel deter as lagrimas, como eh impossivel agora.
Algum de vcs jah realizou um sonho assim???
Eh indescritivel!!!!!
E desta vez eu nao estava vendo uma foto, um video, ouvindo alguem contar. EU ESTAVA LAH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Chorei como uma crianca. Sem pudores, sem medo do que pudessem pensar.
O guia ficou preocupado. Sentei numa pedra e chorei. Coisa boa! Sensacao inenarravel. Posso ficar aqui escrevendo horas e horas e nunca vou conseguir exprimir o que senti.
Dali continuamos o passeio por toda a cidadela. A cada portal, a cada janela, a cada altar, a cada comodo, eu lembrava do livro que criou este sonho em mim, A Princesa do Sol. E pensar que tantos como ela moraram ali, no mesmo lugar onde eu estava pisando centenas de anos depois.
Que felicidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Foram horas lah dentro e pareceram segundos. Fiquei triste por ter que sair, mas SUPER realizada.
Desci de volta pra Aguas Calientes e fui almocar.
O garcom que me atendeu, perguntou se eu era do Brasil. Eu disse que sim, e entao ele comecou a falar em ingles comigo. Alguem explica?
Ele ficou tao confuso que me perguntou se a minha agua era 'with djelo' hauhauahauhauhau
Fui dar uma volta no mercado de artesanato que tem na cidade. Mais compras.
Fiquei num banco tomando sol e esperando o horario do meu trem, quando sentam duas senhoras japas do meu lado. Eu afastei um pouco pra que elas coubessem melhor, e entao uma delas me diz: FOTO, TOGETHER.
Hauhauhauahuahua
Elas estavam sentando ali pra tirar foto, e era comigo HAUHAUHAUA
Tirei foto com as japas.
Resolvi me mandar pra dentro da estacao, achei mais seguro, antes que a comunidade inteira de japas que estava por ali resolvesse tirar foto comigo.
Hora de embarcar. Entramos todos no trem, que serviu o lanche e depois apagou as luzes. O trem inteiro dormindo e de repente comeca uma musica andina. Eu abro o olho e tem um cara fantasiado de inca com uma lhama no pescoco assustando as pessoas. A luz acende e ele danca. Tirou uma gringa pra dancar, tirou foto com os japas. Uma beleza. Quando acabou o show, claro que estavam vendendo o cd da musica.
Em seguida, comeca um tuntz tum peruano, e PASMEM os comissarios do trem se transformaram em modelos, e desfilaram roupas de alpaca pelo trem HAHAHAHAHAHAHAHA
Foi dificil segurar pra nao rir. A modelete nao conseguia se equilibrar pra desfilar e quase caia em cima dos passageiros. O modelon conseguia andar bem e tinha um sorriso muito feliz no rosto, do tipo: hey, eu sou um modelon!
Chegamos em Ollanta e tinha ocorrido um blackout. Imaginem soh, descer numa estacao de trem que vc soh viu uma vez na vida e ter que encontrar o seu motorista no blackout. Detalhe: sem saber quem era o motorista hahahaha
Encontrei e fui caminhando com ele, mas o breu era tamanho que fiquei com medo de cair nas pedras (Ah, sim, TUDO aqui eh de pedra TUDO). Aih ele me deu a mao. Ele falava portugues, jah visitou o BR varias vezes e estava com saudade de falar portugues. Otimo. Viemos tagarelando de lah ateh Cuzco. Ele insistiu em parar nuns dois bares. Queria que eu provasse a Chicha (se le tchitcha) que eh uma aguardente feita de milho (Como tudo por aqui, tem milho ateh no cafeh da manha). Alem de cansada, por mais que ele fosse uma simpatia, eu nao ia parar num boteco com ele. Vai que o cara enche a cara de chicha e fica malucao? heuheuhuee
Disse que queria ir direto ao hotel. Fomos. Mas no caminho fomos parados 5 vezes pela policia rodoviaria. Tinham assaltado um posto de gasolina (conhecido como GRIFO por aqui, viu Carol?) e por isso tinha tanta batida policial.
Cheguei pregada. Banho e cama, afinal, no dia seguinte eu tinha que acordar cedo de novo pra pegar o bus pra Puno. Seriam 8 horas no bus (segundo o que me haviam dito) com paradas em museus e sitios arqueologicos.
Acordei cedinho, fechei a conta. Rosaline foi me buscar no hotel e me deixou no escritorio da cia de bus. Despachei as malas e fiquei aguardando numa poltrona do papai super confortavel, e aproveitei pra ler o que o meu guia de viagens fala sobre Puno. Mal terminei a primeira pagina sobre Puno e escuto: Olah, brasileira!
Que musica para os meus ouvidos ouvir um portugues de verdade.
Olhei e era um moco que sentou ao meu lado. Comecamos a bater um papo e logo anunciaram que meu bus sairia. Coincidentemente era o dele tb. Entramos e eu estava no lugar 12 e ele no 36. No entanto, do meu lado nao havia ninguem. Chamei o moco e fomos tagarelando muuuuuuuuuito o caminho todo.
Tagarelando muito ateh a hora em que ele me beijou! hueheuheuheuuhe
Eh, o moco, que se chama Alexandre, me deu uma beijoca.
Aih, paramos de falar um pouco hahahaha
Chegamos em Puno. A cidade eh PESSIMA! MEDO total disso aqui. Muito coisa de filme. Tudo caindo aos pedacos e o povo te olhando com cara de: nos vamos te matar! hauhauhaua
O moco me convidou pra jantar. Achei otimo, afinal, nessa cidade seria muito bom estar acompanhada. Alem do que, ele era uma boa cia.
Deixei o endereco do meu hotel com ele e fui encontrar meu receptivo. Que desta vez estava com a plaquinha escrito: REJANE DE JESUS. Hahaha cada placa eles escreviam uma coisa. Divertidissimo.
Bem, cheguei ao hotel que eh suuuuuuuuuuper duper de tao legal. Um quarto grande, com duas camas de casal, uma parede de vidro com vista pro lago Titicaca. Adorei!
Tomei banho, liguei pra mama, e fui ver um filme. Cochilei. Acordei com o telefone tocando e a mocinha da recepcao avisando que o Alex estava me esperando.
Fui ate a recepcao, encontrei o moco e fomos jantar.
Eu estava passando muito mal. Aqui sim eu senti o tal do mal da altitude. Caraca!
Sem ar total, dor de estomago e cabeca pesada. Muito mais seco que qq lugar, quase nao dormi durante a noite. Nariz seco, garganta seca. Afffff.
Acordei, tomei cafeh e fui pega pelo guia aqui no hotel. Pegamos mais umas pessoas e fomos ao Lago Titicaca.
Entramos no barco e fomos direto para as ilhas flutuantes. Conheci uns nativos super simpaticos, andei naquela balsa deles, que eh bem legal. O condutor era o Julio, que sabe falar seu nome em todas as linguas, inclusive em "brasileiro": JULINO! heuheuheue
Comprei uma miniatura da balsa e entao entramos no barco de novo. Fomos para Isla Taquile. Na saida das ilhas flutuantes, vejo uma igreja adventista. Aih o guia comeca a explicar o que eh a igreja adventista. Huehuehuee tive q me meter na explicacao, afinal, nao eh uma igreja protestante.
Depois, o povo nao parava de perguntar como a igreja adventista chegou ali.
Ai ai ai chegando neh! Humpf.
Na Isla Taquile, um parto de cocoras na montanha. 40 minutos de subida por pedras. Chegando lah em cima uma vista recompensante. E viva o carbogel!
Na descida, 532 degraus de pedras. Ninguem merece. Ainda bem que eu levei meu cajado advanced plus!
Bem, mais 3 horas no barco e cheguei agora. Exausta de novo.
Amanha, Alicia virah me buscar as 11:45 da matina para levar-me ao aeroporto de Juliaca, que eh uma cidade vizinha de Puno e consegue ser ainda mais feia, parando nas ruinas de Sillustani. Vou ver se faco umas fotos na volta. (na vinda eu estava ocupada demais neste trecho hahahaha).
De lah, pego um voo pra Lima, que chega em Lima por volta de 18:30.
Aih, eu fico mofando no aeroporto esperando meu voo pra SP, que sai as 1:30 da matina do domingo. (Horario do Peru. Aih no BR serao 3:30).
Well, eh isso.
Eu nao consegui baixar fotos nem nada. Tudo muito manco por aqui.
Chegando em casa jah baixo tudo e quando vcs forem me ver eu mostro!
Podem ir com muita paciencia, ok?
Hahahahaha
Beijos com saudades mil!!!!!!!!!
terça-feira, 6 de maio de 2008
Continue a galgar
Hola chicos!
Estou em uma lan house, baixando as fotos.
O processo demorará 1:18, que será o tempo para escrever no blog. Claro que se eu escrever tudo isso, ninguem le! hahahaa
Hoje foi o dia de conhecer o Valle Sagrado. Logo pela manha, o guia veio buscar-me. A mim e mais uns argentinos (se nao me engano), em seguida parou em outro hotel e entraram mais argentinos (amigos dos primeiros).
Eu acho que sao argentinos porque sao bonitos. Pessoas normais e tal.
Bem, eles nao só falam rápido, como NAO PARAM DE FALAR NUNCA!
Caraca!
Mas beleza, vamos ao passeio. 45 minutos até o mercado Pisac, que tem tb uma ruína (em que nao fomos) e o mega mercado de artesanato.
O negocio funciona assim: por onde vc passa, escuta: señorita, señorita. Eles te oferecem tudo, mas TUDO, se bobear até a mae.
Aih, vc encosta numa barraca e pergunta o preço de alguma coisa.
Vou contar uma das barracas que encostei.
Eu: Cuanto es?
Vendedora: 45 señorita
Eu: Ah, nao, muito caro.
Ela: Cuanto me das para empiezar la compra?
Eu: 30
Ela: 40, señorita
Eu: 30
Ela: 35
Eu: 30
Ela: Mas señorita, mi marido que hace. Es um trabajo dificil.
Eu: 30
Ela: 32
Eu: Ok
Outra vendedora:
Estoi haciendo preço especial para mi amiga brasileña.
AHAM AHAM AHAM
Tava nada.
Aih larguei tudo lah e disse que ia embora.
Baixou o preço na hora! Incrivel! hahahaha
Comprei tudo!!!!
Minha ultima compra foi de uma vara de aluminio cheio de frescura pra trekking. Aquelas que usam em trilhas como apoio, sabem?
O cara passou vendendo na porta do hotel.
Ele: 45
Eu: 30
Ele: 40
Eu: Deixa, tah muito caro
Ele: Tudo bem señorita, 30.
Basicamente isso. Eles perguntam qto vc oferece pra começar a compra. Se nao pechinchar nao tem graça alguma.
Nessa, eu comprei, 10 bonecas, 3 gorros, 1 manta, 1 album, 1 flauta, 4 camisetas, 1 lhama, e claro, uma mala pra carregar tudo.
O ultimo vendedor onde parei disse: Preço especial para estudiante brasileña.
Hahahahaha sim sim soy una estudiante brasileña, e de 75 ele deixou a manta por 60 hahahaha
Como alguns de voces vao ganhar estes presentes, acho justo uma vaquinha aih do BR pra pagar meu excesso de bagagem. HAHAHAHAHHAA
Voltamos ao onibus, os argentinos idiotas, num grupo de 10, simplesmente me ignoravam. Eu nao estava muito preocupada com eles, afinal, eu estava quase dependurada pra fora do onibus fotografando a paisagem. E que coisa maravilhosa!!!!
Abismos, canions, plantaçoes, vilarejos, o rio Urubamba. Gente!!!! Tudo muito lindo!
Bem, de Pisac fomos a Ollantaytambo, passando pelo vilarejo de Urubamba.
Bem, Ollanta (para os intimos) eh um sonho. Muito sonho!!!!
Eu nao sei nem explicar como o lugar eh lindo!!!
Vou colocar uma foto aqui depois, pra vcs terem uma ideia da dimensao do treco.
As pessoas parecem formigas.
Os degraus sao de mais de 30 cms de altura cada. Cada um que eu subia, tinha vontade de parar, desistir. Alem de doer o pe, o ar faltava e MUITO. No caso, o ar falta pra qq um que subir aqueles zilhoes de degraus naquela altitude, mas no meu caso, alem do ar, o pe era o agravante.
Mas, como desistir, se eu vim aqui exatamente pra isso?
Olhei bem pro meu peh e disse: Se vire! Quer doer? Doa! Nos vamos subir!!!!
E fui.
Lagrimas nos olhos. Nesta hora, chegando ao topo, os argentinos ateh que foram simpaticos, e fizeram uma torcida de lah de cima gritando: Vamos Lara, falta pouco, voce consegue.
E mal sabiam eles, que isto era o que eu falava pra mim mesma, desde o primeiro degrau.
Gente! Eu nao tenho palavras pra descrever como foi bom subir, como eu me senti realizada, feliz, satisfeita.
Depois disso, trocamos algumas palavras. Alguns deles foram simpaticos. Duas moças e um moço.
Um deles ainda tem pinos nos pes.
Na volta, medo de descer tudo. O guia indicou um caminho alternativo que descia por outra ruina.
Perguntei qual era o mais facil. Ele disse que o mesmo por onde subi.
Achei melhor descer por ele mesmo. Eu nao precisava conhecer a ruina ao lado descendo por ela. Fiz fotos lah de baixo mesmo.
Em seguida, perguntei ao Jorge, o guia, que estava descendo comigo, se Machu Picchu era da mesma dificuldade ou pior, e ele disse: Mais facil! Se vc subiu aqui, amanha subira bem em Machu Picchu.
Abri um sorriso e continuei a descer. Um argentino que tem vertigem desceu conosco. Simpatico, de verdade. Conversamos na descida. Ele quis saber detalhes do meu peh e contou detalhes de sua vertigem. Troca interessante.
O argentino que tem parafusos eh o mais lindo de todos. Igualmente fresco e metido.
O loirinho da vertigem puxa papo no bus: Lara, ele que tem parafusos.
Aih o parafusado diz: Onde vc quebrou
Mostrei o local e ele: Onde vc operou?
Bem, sendo ele um argentino, me perguntando isso, o que eu poderia responder alem de: um hospital em Sao Paulo.
Ele: Mas qual hospital
HAHAHHAHAHAHAHA fala serio!
Eu com cara de origami total olhando pra ele, querendo perguntar: moço, como assim, qual hospital?
E ele: Operou na Santa Casa?
Eu: Nao!(morrendo de rir da situacao, inclusive os amigos dele riam)
Ele: A Santa Casa eh o maior hospital da america latina, sabiam?
Eu: Mas nao eh o melhor.
Hahahahaha eu nao conseguia parar de rir, e o vertigo tb nao.
Ele insistiu: qual hospital?
Eu: Sao Luis
Ele com uma cara muito de vaso de piano: Ahhhhh sim, San Luiz
Fomos almoçar e depois voltamos por um outro caminho igualmente lindo.
As plantaçoes de milho a perder de vista, no horizonte encontravam-se com o ceu azul de brigadeiro. Parei de fotografar. Algumas coisas fotografo com a alma. E ficam guardadas aqui pra sempre.
Desculpem-me, mas as vezes sou egoista.
O Windows continua me enganando. Agora faltam 57 minutos. Infinito o download das fotos.
Uma coisa terrivel! Minha unha do dedinho quebrou. Quebrou na carne. Fui comprar um alicate de unha e cortei. Agora embrulhei ela com um esparadrapo. Vamos ver se sobrevivo. Isso incomoda.
Meu cabelo tah pura poeira das ruínas. Duro, poeirento e nada pof hahaha
Esta eh a parte boa de Cuzco, a cidade eh muito fria e seca. O cabelo nao fica pof, afinal, umidade 0. Em compensaçao, o nariz sangra toda hora. Um saco.
Minha roupa tah nojenta. Como sabia que ia na ruína, coloquei um moletom preto e uma blusa azul, alem do casaco. A calça tah quase branca de tanta poeira hahaha
To me sentindo muito Indiana Jones na escavaçao.
Ah, complementando a historia das buzinas dos motoristas daqui, percebi outros detalhes dos buzinadores compulsivos.
Eles buzinam pra paquerar, pra pegar passageiro, pra deixar passageiro, pra quem tah atravessando ha 7 kms de distancia do carro, pra quem tah na calçada pensando em atravessar, enquanto ultrapassam, depois de ultrapassar, antes de ultrapassar, e pra tudo que vc imaginar.
Eh um ato involuntario, jah faz parte da cultura. Se tirar a buzina, nao importa, eles vao continuar apertando o lugar onde a buzina esteve, e talvez nem percebam que ela nao estah mais lah.
Outra coisa mega interessante. A guias.
A altura da guia eh uma coisa de louco. Cerca de uns 20 a 30 cms de altura.
E tem um murinho pra "entrar" na calçada. hahaha
A calçada eh cercada por um murinho que vc tem que pular pra poder ir pra rua. OU pra voltar pra calçada.
E nas lojas, a mesma coisa. A maioria delas, tem murinho na entrada.
Eu queria encontrar voces todos no dia que eu chego. Mas eh dia das maes, entao sei que todos estao ocupados. Voces poderiam ir todos na minha casa na segunda ou na terça neh? O que acham? Quem pode?
Ou se de repente, puderem no domingo, nem que seja de noite, eu vou amar!!!!!!
Hoje vou jantar no Bembos. Eh o equivalente ao mcdonalds de Cuzco. Amanha eu conto se eh bom.
Alias, amanha eh o grande dia. O mote da viagem. Vou para Machu Picchu!!!!
YAY!!!!!
Aposto que vou chorar que nem uma criança.
Mas como disse o Bernardo: Chora, minha filha, chora. Mas chora com a camera na cara!
Hahahahhahhaa
Beijo Tchau!!!!!
Estou em uma lan house, baixando as fotos.
O processo demorará 1:18, que será o tempo para escrever no blog. Claro que se eu escrever tudo isso, ninguem le! hahahaa
Hoje foi o dia de conhecer o Valle Sagrado. Logo pela manha, o guia veio buscar-me. A mim e mais uns argentinos (se nao me engano), em seguida parou em outro hotel e entraram mais argentinos (amigos dos primeiros).
Eu acho que sao argentinos porque sao bonitos. Pessoas normais e tal.
Bem, eles nao só falam rápido, como NAO PARAM DE FALAR NUNCA!
Caraca!
Mas beleza, vamos ao passeio. 45 minutos até o mercado Pisac, que tem tb uma ruína (em que nao fomos) e o mega mercado de artesanato.
O negocio funciona assim: por onde vc passa, escuta: señorita, señorita. Eles te oferecem tudo, mas TUDO, se bobear até a mae.
Aih, vc encosta numa barraca e pergunta o preço de alguma coisa.
Vou contar uma das barracas que encostei.
Eu: Cuanto es?
Vendedora: 45 señorita
Eu: Ah, nao, muito caro.
Ela: Cuanto me das para empiezar la compra?
Eu: 30
Ela: 40, señorita
Eu: 30
Ela: 35
Eu: 30
Ela: Mas señorita, mi marido que hace. Es um trabajo dificil.
Eu: 30
Ela: 32
Eu: Ok
Outra vendedora:
Estoi haciendo preço especial para mi amiga brasileña.
AHAM AHAM AHAM
Tava nada.
Aih larguei tudo lah e disse que ia embora.
Baixou o preço na hora! Incrivel! hahahaha
Comprei tudo!!!!
Minha ultima compra foi de uma vara de aluminio cheio de frescura pra trekking. Aquelas que usam em trilhas como apoio, sabem?
O cara passou vendendo na porta do hotel.
Ele: 45
Eu: 30
Ele: 40
Eu: Deixa, tah muito caro
Ele: Tudo bem señorita, 30.
Basicamente isso. Eles perguntam qto vc oferece pra começar a compra. Se nao pechinchar nao tem graça alguma.
Nessa, eu comprei, 10 bonecas, 3 gorros, 1 manta, 1 album, 1 flauta, 4 camisetas, 1 lhama, e claro, uma mala pra carregar tudo.
O ultimo vendedor onde parei disse: Preço especial para estudiante brasileña.
Hahahahaha sim sim soy una estudiante brasileña, e de 75 ele deixou a manta por 60 hahahaha
Como alguns de voces vao ganhar estes presentes, acho justo uma vaquinha aih do BR pra pagar meu excesso de bagagem. HAHAHAHAHHAA
Voltamos ao onibus, os argentinos idiotas, num grupo de 10, simplesmente me ignoravam. Eu nao estava muito preocupada com eles, afinal, eu estava quase dependurada pra fora do onibus fotografando a paisagem. E que coisa maravilhosa!!!!
Abismos, canions, plantaçoes, vilarejos, o rio Urubamba. Gente!!!! Tudo muito lindo!
Bem, de Pisac fomos a Ollantaytambo, passando pelo vilarejo de Urubamba.
Bem, Ollanta (para os intimos) eh um sonho. Muito sonho!!!!
Eu nao sei nem explicar como o lugar eh lindo!!!
Vou colocar uma foto aqui depois, pra vcs terem uma ideia da dimensao do treco.
As pessoas parecem formigas.
Os degraus sao de mais de 30 cms de altura cada. Cada um que eu subia, tinha vontade de parar, desistir. Alem de doer o pe, o ar faltava e MUITO. No caso, o ar falta pra qq um que subir aqueles zilhoes de degraus naquela altitude, mas no meu caso, alem do ar, o pe era o agravante.
Mas, como desistir, se eu vim aqui exatamente pra isso?
Olhei bem pro meu peh e disse: Se vire! Quer doer? Doa! Nos vamos subir!!!!
E fui.
Lagrimas nos olhos. Nesta hora, chegando ao topo, os argentinos ateh que foram simpaticos, e fizeram uma torcida de lah de cima gritando: Vamos Lara, falta pouco, voce consegue.
E mal sabiam eles, que isto era o que eu falava pra mim mesma, desde o primeiro degrau.
Gente! Eu nao tenho palavras pra descrever como foi bom subir, como eu me senti realizada, feliz, satisfeita.
Depois disso, trocamos algumas palavras. Alguns deles foram simpaticos. Duas moças e um moço.
Um deles ainda tem pinos nos pes.
Na volta, medo de descer tudo. O guia indicou um caminho alternativo que descia por outra ruina.
Perguntei qual era o mais facil. Ele disse que o mesmo por onde subi.
Achei melhor descer por ele mesmo. Eu nao precisava conhecer a ruina ao lado descendo por ela. Fiz fotos lah de baixo mesmo.
Em seguida, perguntei ao Jorge, o guia, que estava descendo comigo, se Machu Picchu era da mesma dificuldade ou pior, e ele disse: Mais facil! Se vc subiu aqui, amanha subira bem em Machu Picchu.
Abri um sorriso e continuei a descer. Um argentino que tem vertigem desceu conosco. Simpatico, de verdade. Conversamos na descida. Ele quis saber detalhes do meu peh e contou detalhes de sua vertigem. Troca interessante.
O argentino que tem parafusos eh o mais lindo de todos. Igualmente fresco e metido.
O loirinho da vertigem puxa papo no bus: Lara, ele que tem parafusos.
Aih o parafusado diz: Onde vc quebrou
Mostrei o local e ele: Onde vc operou?
Bem, sendo ele um argentino, me perguntando isso, o que eu poderia responder alem de: um hospital em Sao Paulo.
Ele: Mas qual hospital
HAHAHHAHAHAHAHA fala serio!
Eu com cara de origami total olhando pra ele, querendo perguntar: moço, como assim, qual hospital?
E ele: Operou na Santa Casa?
Eu: Nao!(morrendo de rir da situacao, inclusive os amigos dele riam)
Ele: A Santa Casa eh o maior hospital da america latina, sabiam?
Eu: Mas nao eh o melhor.
Hahahahaha eu nao conseguia parar de rir, e o vertigo tb nao.
Ele insistiu: qual hospital?
Eu: Sao Luis
Ele com uma cara muito de vaso de piano: Ahhhhh sim, San Luiz
Fomos almoçar e depois voltamos por um outro caminho igualmente lindo.
As plantaçoes de milho a perder de vista, no horizonte encontravam-se com o ceu azul de brigadeiro. Parei de fotografar. Algumas coisas fotografo com a alma. E ficam guardadas aqui pra sempre.
Desculpem-me, mas as vezes sou egoista.
O Windows continua me enganando. Agora faltam 57 minutos. Infinito o download das fotos.
Uma coisa terrivel! Minha unha do dedinho quebrou. Quebrou na carne. Fui comprar um alicate de unha e cortei. Agora embrulhei ela com um esparadrapo. Vamos ver se sobrevivo. Isso incomoda.
Meu cabelo tah pura poeira das ruínas. Duro, poeirento e nada pof hahaha
Esta eh a parte boa de Cuzco, a cidade eh muito fria e seca. O cabelo nao fica pof, afinal, umidade 0. Em compensaçao, o nariz sangra toda hora. Um saco.
Minha roupa tah nojenta. Como sabia que ia na ruína, coloquei um moletom preto e uma blusa azul, alem do casaco. A calça tah quase branca de tanta poeira hahaha
To me sentindo muito Indiana Jones na escavaçao.
Ah, complementando a historia das buzinas dos motoristas daqui, percebi outros detalhes dos buzinadores compulsivos.
Eles buzinam pra paquerar, pra pegar passageiro, pra deixar passageiro, pra quem tah atravessando ha 7 kms de distancia do carro, pra quem tah na calçada pensando em atravessar, enquanto ultrapassam, depois de ultrapassar, antes de ultrapassar, e pra tudo que vc imaginar.
Eh um ato involuntario, jah faz parte da cultura. Se tirar a buzina, nao importa, eles vao continuar apertando o lugar onde a buzina esteve, e talvez nem percebam que ela nao estah mais lah.
Outra coisa mega interessante. A guias.
A altura da guia eh uma coisa de louco. Cerca de uns 20 a 30 cms de altura.
E tem um murinho pra "entrar" na calçada. hahaha
A calçada eh cercada por um murinho que vc tem que pular pra poder ir pra rua. OU pra voltar pra calçada.
E nas lojas, a mesma coisa. A maioria delas, tem murinho na entrada.
Eu queria encontrar voces todos no dia que eu chego. Mas eh dia das maes, entao sei que todos estao ocupados. Voces poderiam ir todos na minha casa na segunda ou na terça neh? O que acham? Quem pode?
Ou se de repente, puderem no domingo, nem que seja de noite, eu vou amar!!!!!!
Hoje vou jantar no Bembos. Eh o equivalente ao mcdonalds de Cuzco. Amanha eu conto se eh bom.
Alias, amanha eh o grande dia. O mote da viagem. Vou para Machu Picchu!!!!
YAY!!!!!
Aposto que vou chorar que nem uma criança.
Mas como disse o Bernardo: Chora, minha filha, chora. Mas chora com a camera na cara!
Hahahahhahhaa
Beijo Tchau!!!!!
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Superacao
Heeeeeeyyyy!
Cheguei hoje em Cuzco!!!!
Continuando de onde parei ontem. Conheci o Igor e os amigos dele e foi otimo.
Depois fui ao shopping, jantei uma pizza maravilhosa de 4 queijos, que na verdade devia ter uns 12. Muuuuuito queijo, galera. MUITO!
Tomei INKA Cola! Eh tipo o guarana daqui. Boa, bem docinha. Me lembrou tubaina.
Vou ver se compro pra levar pro BR.
Ahhhhh, estou adorando os comments, me sinto mais proxima de vcs =)))
Depois do jantar, voltei pro hotel, tomei banho e dormi. Tinha pensado em ir no parque das aguas, que tem 14 fontes, no estilo daquela do Ibira. Mas estava pregada. Era longe e resolvi tomar banho e dormir.
Alem de arrumar as malas, pq de manha embarcaria pra Cuzco.
Hj pela manha, desci para o check-out e falei pra moca da recepcao: minha mala estah no quarto.
A moca do meu transfer chegou e perguntou o que faziamos ali, esperando, e se jah poderiamos ir embora. E eis que a moca da recepcao diz: A mamah dela estah no quarto.
KKKKKKKKK
Quem mandou eu falar mala e nao maleta? Ela achou que minha mae estava no quarto. KKKKKKKKK
Peguei o aviao mais lotado ever. Gente do mundo inteiro.
Muitos fedorentos. A Adri, que trabalha comigo, teria um xilique hahahaha
Do meu lado dois japas falantes.
Gente, ainda bem que sentei na janela. A melhor paisagem EVER!!!!!
Por cima dos andes e do lago titicaca.
Fiquei com caimbra no dedo de tantas fotos.
Chegamos na cidade feia. Mais uma vez a mulher com a plaquinha. Desta vez escrito: REJANE DE JESUS, LARA.
Ok. Viemos ao hotel. Fiz o check-in e tomei cha de coca.
Tomei pq ela praticamente me obrigou. Pq do mal da altitude, nao senti nada ate agora.
O guia HANS veio me buscar para o maior city-tour ever. COm este nome vc imagina um alemaozao, neh?
Eu tb, mas chega um peruano baixinho kkkk
\E ele ainda diz: nao pergunte pq meu nome eh este!
Fui com mais 16 pessoas conhecer lugares fantasticos.
Lindos, de sonho.
De repente, no primeiro local, escuto alguem falar com o guia, e no meio da frase, escuto: pes!
Ok, andinos falam PIES, gringos falam FEET.
Olhei pro casal e disse: NAO ACREDITO QUE ESTOU OUVINDO PORTUGUES!!!!
Sim, brazucas!!!
YAY!
Tava com saudade ja!
Nos tornamos os melhores amigos de infancia. Gente finissima. Vivi e Jose Carlos.
Visitamos hoje, duas ruinas maravilhosas e detalhe: com pedregulhos soltos no chao. MEDO total. Mas fui la! E a cada passo, com o pe doendo (sim, ele nao tem dado tregua, a cada dia doi mais), eu sentia uma satisfacao imensa. Superacao, sabe?
Tem coisas que eu nem consigo descrever. Volta e meia meus olhos se enchem de lagrimas, e elas sao de felicidade, realizacao e superacao.
Comprei algumas poucas lembrancinhas. Amanha vou ao Valle Sagrado. Lugar fantastico tb, e ao mercado Pisac, que eh um super mercado de artesanato. Aih sim, vou torrar meus solis.
Hoje jantei num bar tipico com musica andina, uma bandinha e um deles tocando flauta. Genial!
Comi pizza de novo, mas nem se compara com a de ontem. Comi nachos com queso. Delicia!
Amanha vou comer num outro restaurante daqui que tem umas luzes vermelhas. Huehuehuehue
Bem, nao dah pra escrever muito, pq estou com sono, ainda tenho que tomar banho e ligar pra mama.
Bem, eh isso! Estoi muy feliz!! E com saudades mil.
Besos!!!!!
Cheguei hoje em Cuzco!!!!
Continuando de onde parei ontem. Conheci o Igor e os amigos dele e foi otimo.
Depois fui ao shopping, jantei uma pizza maravilhosa de 4 queijos, que na verdade devia ter uns 12. Muuuuuito queijo, galera. MUITO!
Tomei INKA Cola! Eh tipo o guarana daqui. Boa, bem docinha. Me lembrou tubaina.
Vou ver se compro pra levar pro BR.
Ahhhhh, estou adorando os comments, me sinto mais proxima de vcs =)))
Depois do jantar, voltei pro hotel, tomei banho e dormi. Tinha pensado em ir no parque das aguas, que tem 14 fontes, no estilo daquela do Ibira. Mas estava pregada. Era longe e resolvi tomar banho e dormir.
Alem de arrumar as malas, pq de manha embarcaria pra Cuzco.
Hj pela manha, desci para o check-out e falei pra moca da recepcao: minha mala estah no quarto.
A moca do meu transfer chegou e perguntou o que faziamos ali, esperando, e se jah poderiamos ir embora. E eis que a moca da recepcao diz: A mamah dela estah no quarto.
KKKKKKKKK
Quem mandou eu falar mala e nao maleta? Ela achou que minha mae estava no quarto. KKKKKKKKK
Peguei o aviao mais lotado ever. Gente do mundo inteiro.
Muitos fedorentos. A Adri, que trabalha comigo, teria um xilique hahahaha
Do meu lado dois japas falantes.
Gente, ainda bem que sentei na janela. A melhor paisagem EVER!!!!!
Por cima dos andes e do lago titicaca.
Fiquei com caimbra no dedo de tantas fotos.
Chegamos na cidade feia. Mais uma vez a mulher com a plaquinha. Desta vez escrito: REJANE DE JESUS, LARA.
Ok. Viemos ao hotel. Fiz o check-in e tomei cha de coca.
Tomei pq ela praticamente me obrigou. Pq do mal da altitude, nao senti nada ate agora.
O guia HANS veio me buscar para o maior city-tour ever. COm este nome vc imagina um alemaozao, neh?
Eu tb, mas chega um peruano baixinho kkkk
\E ele ainda diz: nao pergunte pq meu nome eh este!
Fui com mais 16 pessoas conhecer lugares fantasticos.
Lindos, de sonho.
De repente, no primeiro local, escuto alguem falar com o guia, e no meio da frase, escuto: pes!
Ok, andinos falam PIES, gringos falam FEET.
Olhei pro casal e disse: NAO ACREDITO QUE ESTOU OUVINDO PORTUGUES!!!!
Sim, brazucas!!!
YAY!
Tava com saudade ja!
Nos tornamos os melhores amigos de infancia. Gente finissima. Vivi e Jose Carlos.
Visitamos hoje, duas ruinas maravilhosas e detalhe: com pedregulhos soltos no chao. MEDO total. Mas fui la! E a cada passo, com o pe doendo (sim, ele nao tem dado tregua, a cada dia doi mais), eu sentia uma satisfacao imensa. Superacao, sabe?
Tem coisas que eu nem consigo descrever. Volta e meia meus olhos se enchem de lagrimas, e elas sao de felicidade, realizacao e superacao.
Comprei algumas poucas lembrancinhas. Amanha vou ao Valle Sagrado. Lugar fantastico tb, e ao mercado Pisac, que eh um super mercado de artesanato. Aih sim, vou torrar meus solis.
Hoje jantei num bar tipico com musica andina, uma bandinha e um deles tocando flauta. Genial!
Comi pizza de novo, mas nem se compara com a de ontem. Comi nachos com queso. Delicia!
Amanha vou comer num outro restaurante daqui que tem umas luzes vermelhas. Huehuehuehue
Bem, nao dah pra escrever muito, pq estou com sono, ainda tenho que tomar banho e ligar pra mama.
Bem, eh isso! Estoi muy feliz!! E com saudades mil.
Besos!!!!!
domingo, 4 de maio de 2008
Ainda em Lima
Well, continuando.
Hj sai cedo para um city tour. Mega turista da terceira idade.
O guia me pegou na porta do hotel, e quando entro no bus lotado, o guia diz:
Esta es Lara!
E todos os turistas: Hola Lara!
E alguns: Hello Lara!
E eu me senti na reuniao dos alcoolatras anonimos hahahaha
Sentei na primeira poltrona que vejo. E eis que ele diz: Quieres hacer el tour?
Ok, ok, aquela era a poltrona dele.
Todos riram muito quando, com uma cara de espantada eu disse: NO NO NO e morri de rir, correndo pro fundo do bus.
Daquele momento em diante, fui a atracao do tour.
Larita pra ca, Larita pra la.
Este post 'e especial pro TKD que vai morrer de orgulho de mim.
Conversei com varios ingleses. Varios TAKEDA!
Em ingles, tah????
E com as colombianas em espanhol. Ok, portunhol, mas elas me entendiam perfeitamente.
Jah estou me sentindo uma quase nativa hahahaha
Dizem que Lima eh uma cidade tao perigosa quanto SP.
Mas nao deve ser em assaltos, pq o que mais vi aqui foi policia.
Soh pode ser por causa do transito.
Vcs nao imaginam que absurdo eh isso!!!!!
Nao ha regras, voce faz o que quiser. E ganha quem conseguir maior velocidade na rua mais estreita. CARACA! Eles sao bem doidos no transito.
Alem disso, se vc quiser virar para a esquerda, em uma avenida movimentada, estando na pista da direita, sabe o que vc faz?
Bem, vc espera, eles aqui nao... eles simplesmente VIRAM! Assim mesmo, do nada.
Tipo: resolvi virar, virei.
E nunca vi gente que adore tanto uma buzina como eles. Incrivel!
Se passar pela sua mente em estacionar por 2 segundos em uma rua larga, em que ha apenas um carro atras de voce, pode ter certeza que assim que vc pensar, ele ja buzina.
Caraca, eles buzinam muito, super forte, insistentemente, e ninguem liga. Ninguem fica bravo, ninguem xinga a mae, nada.
Todo mundo aqui dah uma de joao-sem-braco no transito. Finge de louco e continua. E mesmo quem tah buzinando, nao se importa. Eh meio automatico.
Uma coisa legal foi um mosteiro que visitamos, e tem uma parte em reforma. A inglesa Mary, minha mais recente amiga de infancia e MEGA divertida diz seria: Hey, o mosteiro nao pagou os impostos este mes?? hahahahahaha
Tah, agora eh idiota mas na hora me matei de rir.
E ela sabe um pouco de espanhol, e toda hora resolve hablar. Aih, vira e diz pro guia que a escada nao servia pros velhos, que eles nao iam conseguir subir.
O guia quase se enfiou num buraco. Tipo, a mae das colombianas tem 82 anos!!!! E nao consegue andar direito, mas ainda ouve hahaha
Aih ele explicando pra ela que ela tinha que falar: pessoas mais velhas, e nao "velhos" kkkkkkkkkkkkkkkk
Ia encontrar o Igor ontem, nao deu certo. Hoje, nao deu certo pq fui almocar com o povo do tour no shopping. Quando cheguei no restaurante que ele estava, ele tinha acabado de sair e tinha um recado pra mim, ele tinha ido pro shopping. O mesmo de onde eu saira. Fiz umas fotos da praia de pedra e voltei pro shopping. Mas apesar de pequeno, foi impossivel encontra-lo.
HUMPF! (Ah, tah, Igor eh um cara que eu conheci no orkut e que veio pra ca. Estamos marcando de nos encontrarmos ha 2 semanas, e esta hora ele estah embarcando de volta ao Brasil!)
Eu esqueci de levar meu caderno hj, mas nao vou esquecer mais. Muitas coisas eu preciso anotar para poder escrever aqui depois.
Amanha vou cedo para Cuzco. Devo chegar lah por volta da hora do almoco e de tarde saio para um outro tour.
Ahhhhhh, comi um milho IMENSOOOOOOOO!
Nao o milho em si, os graos, GIGANTES! Muito da terra do gigante do Joao e o pe de feijao.
Absurdos.
Detalhe: do meu lado agora, tem um gringo com tuberculose nivel 98 (nao sei se tem nivel, eu inventei pra mostrar como eh ferrada a tube dele) e que cata milho (dos pequenos) no teclado. AFFFFF!
Bem, vou tomar um banho, ceppillar el cabello e depois sair pra jantar sei lah onde.
Recadinhos:
Carol, vc realmente ia super participar do episodio do cofre. Participacao especial. Aproveite e passe o link pra Stella acompanhar tb.
Felipe, vc sempre indicou filmes bons, Into The Wild foi excecao. Continue, please.
Drics, eu vou imitar a cara de origami hahahaha
TKD, eu falo varias linguas, e todas juntas numa soh frase kkkkkk
Lu, conecte mais, pq nao vai dar pra ligar todo dia. To pobre demais hahahaha
Beijooooo
Update: Encontrei o Igor, e mais 4 amigos dele. Gente, como eh bom falar em portugues e ser entendida hahahaha
Fui dar uma voltinha com eles. Amei!
Agora sim, vou al baño e cepillar el cabello =)
Hj sai cedo para um city tour. Mega turista da terceira idade.
O guia me pegou na porta do hotel, e quando entro no bus lotado, o guia diz:
Esta es Lara!
E todos os turistas: Hola Lara!
E alguns: Hello Lara!
E eu me senti na reuniao dos alcoolatras anonimos hahahaha
Sentei na primeira poltrona que vejo. E eis que ele diz: Quieres hacer el tour?
Ok, ok, aquela era a poltrona dele.
Todos riram muito quando, com uma cara de espantada eu disse: NO NO NO e morri de rir, correndo pro fundo do bus.
Daquele momento em diante, fui a atracao do tour.
Larita pra ca, Larita pra la.
Este post 'e especial pro TKD que vai morrer de orgulho de mim.
Conversei com varios ingleses. Varios TAKEDA!
Em ingles, tah????
E com as colombianas em espanhol. Ok, portunhol, mas elas me entendiam perfeitamente.
Jah estou me sentindo uma quase nativa hahahaha
Dizem que Lima eh uma cidade tao perigosa quanto SP.
Mas nao deve ser em assaltos, pq o que mais vi aqui foi policia.
Soh pode ser por causa do transito.
Vcs nao imaginam que absurdo eh isso!!!!!
Nao ha regras, voce faz o que quiser. E ganha quem conseguir maior velocidade na rua mais estreita. CARACA! Eles sao bem doidos no transito.
Alem disso, se vc quiser virar para a esquerda, em uma avenida movimentada, estando na pista da direita, sabe o que vc faz?
Bem, vc espera, eles aqui nao... eles simplesmente VIRAM! Assim mesmo, do nada.
Tipo: resolvi virar, virei.
E nunca vi gente que adore tanto uma buzina como eles. Incrivel!
Se passar pela sua mente em estacionar por 2 segundos em uma rua larga, em que ha apenas um carro atras de voce, pode ter certeza que assim que vc pensar, ele ja buzina.
Caraca, eles buzinam muito, super forte, insistentemente, e ninguem liga. Ninguem fica bravo, ninguem xinga a mae, nada.
Todo mundo aqui dah uma de joao-sem-braco no transito. Finge de louco e continua. E mesmo quem tah buzinando, nao se importa. Eh meio automatico.
Uma coisa legal foi um mosteiro que visitamos, e tem uma parte em reforma. A inglesa Mary, minha mais recente amiga de infancia e MEGA divertida diz seria: Hey, o mosteiro nao pagou os impostos este mes?? hahahahahaha
Tah, agora eh idiota mas na hora me matei de rir.
E ela sabe um pouco de espanhol, e toda hora resolve hablar. Aih, vira e diz pro guia que a escada nao servia pros velhos, que eles nao iam conseguir subir.
O guia quase se enfiou num buraco. Tipo, a mae das colombianas tem 82 anos!!!! E nao consegue andar direito, mas ainda ouve hahaha
Aih ele explicando pra ela que ela tinha que falar: pessoas mais velhas, e nao "velhos" kkkkkkkkkkkkkkkk
Ia encontrar o Igor ontem, nao deu certo. Hoje, nao deu certo pq fui almocar com o povo do tour no shopping. Quando cheguei no restaurante que ele estava, ele tinha acabado de sair e tinha um recado pra mim, ele tinha ido pro shopping. O mesmo de onde eu saira. Fiz umas fotos da praia de pedra e voltei pro shopping. Mas apesar de pequeno, foi impossivel encontra-lo.
HUMPF! (Ah, tah, Igor eh um cara que eu conheci no orkut e que veio pra ca. Estamos marcando de nos encontrarmos ha 2 semanas, e esta hora ele estah embarcando de volta ao Brasil!)
Eu esqueci de levar meu caderno hj, mas nao vou esquecer mais. Muitas coisas eu preciso anotar para poder escrever aqui depois.
Amanha vou cedo para Cuzco. Devo chegar lah por volta da hora do almoco e de tarde saio para um outro tour.
Ahhhhhh, comi um milho IMENSOOOOOOOO!
Nao o milho em si, os graos, GIGANTES! Muito da terra do gigante do Joao e o pe de feijao.
Absurdos.
Detalhe: do meu lado agora, tem um gringo com tuberculose nivel 98 (nao sei se tem nivel, eu inventei pra mostrar como eh ferrada a tube dele) e que cata milho (dos pequenos) no teclado. AFFFFF!
Bem, vou tomar um banho, ceppillar el cabello e depois sair pra jantar sei lah onde.
Recadinhos:
Carol, vc realmente ia super participar do episodio do cofre. Participacao especial. Aproveite e passe o link pra Stella acompanhar tb.
Felipe, vc sempre indicou filmes bons, Into The Wild foi excecao. Continue, please.
Drics, eu vou imitar a cara de origami hahahaha
TKD, eu falo varias linguas, e todas juntas numa soh frase kkkkkk
Lu, conecte mais, pq nao vai dar pra ligar todo dia. To pobre demais hahahaha
Beijooooo
Update: Encontrei o Igor, e mais 4 amigos dele. Gente, como eh bom falar em portugues e ser entendida hahahaha
Fui dar uma voltinha com eles. Amei!
Agora sim, vou al baño e cepillar el cabello =)
1º dia - Lima
Rá! Cheguei!
Saindo de SP, depois de uma despedida com muitos acenos de lenços brancos, chego ao tao esperado destino: O FREESHOP!!!!
Fiz as comprinhas e quando fui pegar os relógios da Lu, a moça me diz que acabaram.
Ok, fui à outra loja do Duty Free, que pra quem nao sabe, fica há uns 4 kms da primeira.
Chegando lá, começo a procurar a lista com os códigos dos relógios. E onde estava???
Lá na cestinha da primeira loja. Eu sempre coloco tudo na cestinha.
Ok, voltar correndo é uma tarefa suuuuuuuper fácil pra quem carrega 10 kg nas costas.
Mas voltei.
Chegando lá, a infeliz da moça do caixa nao acha minha lista. Coisa de 10 minutos e ela jogou a lista fora. Os papéis dos perfumes que experimentei ainda estao na cesta,mas a lista, papel A4, duas folhas grampeadas e escritas em letras garrafais, nao. E pior, ela nao faz idéia de onde estao.
Ok, comecei errado, mas como ia saber os códigos dos perfumes?
Recorri à primeira atendente e ela ainda tinha anotado, UFAAAA!
Corri mais 10 kms até a outra loja e comprei um dos relógios. O outro nao tinha.
Entrei na fila de embarque. O cara que organizava a fila falava espanhol, mas só ele entendia. A fila inteira estava com cara de origami, e comigo nao era diferente.
Dentro do aviao, tudo tranquilo. Demorei a me entender com o touch screen da mini tv, que deveria ser press screen. Só funcionava no super aperto.
Vi o piloto de Prison Break. Scofield é uma ótima cia de voo.
Depois assisti aquele Bucket List. Bom bom.
Depois comecei a ver Into The Wild, que o Felipe tinha dito que era ÓTIMO.
Ainda bem que foi depois da comida e eu dormi na metade. Lixo de filme.
Chegamos.
Após a aterrissagem, uma fila estilo playcenter, hopi hari e afins. Daquelas vai-e-vem. Com 12, notem bem DOZE idas e voltas de uns 200 metros cada. LOTADAAAAAAAAAAAA!
Ok, fiquei na fila, e atrás de mim uma senhora infeliz que falava enrolado e só reclamava de tudo. Da fila, do dia, da vida, do céu. AFFFFFFFFF.
A Sra Hardy correu um sério risco... eu já tava com vontade de mandar ela calar a boca.
Bem, passei na aduana. Peguei o guiche do mais grosso e mudo dos atendentes.
Grosso pq ele foi grosso com outras pessoas. Mudo pq comigo ele nao falou nem buenas noches, nem buenos dias (já era mais de meia noite) nem nada.
No guiche do lado passa um brazuca, e o atendente se esforça: BOM DIA!
HUMPF!
O free shop do desembarque deles é terrivelmente pequeño. Nem entrei.
Fui pegar minha mala, que estava largada num canto. Troquei meu dinheiro.
Passei pela imigraçao e graças a Deus deu verde quando apertei o botao. Saí,e até agora ninguém confirmou se a bagagem era minha.
Lá fora, 39898392183 pessoas com plaquinhas com nomes. CARACA! Cade a minha.
Passei por todas e nao achei. Ótima forma de começar no Peru. Nao achando a plaquinha.
Bem, voltei e encontrei: REJANE, LARA. YAY!!!! Nao escreveram Jesus hahahahaha
Well, encontrei a moça super simpática que me arrastou para a van, falando mais que o homem da cobra. E o melhor, eu entendia tudo e ela me entendia tb! Ufa!
Viemos conversando pelo caminho, falando dos tamanhos de Lima e SP e da quantidade de gente, quando ela me diz: Em SP há muitos subterraneos, nao?
Aí eu respondo: Sim, muitos, alguns de 3 ou 4, ou até mais andares para baixo.
Ela se espanta.
Depois de um tempo, ao passarmos por um prédio, ela diz: Aqui só temos subterraneos em alguns predios, as garagens.
E entao eu me toquei, ela achou que eu estava falando que há subterraneos e que os paulistas moram neles hahahaahahaha
Deixei pra lá.
Cheguei no hotel. Check-in e tal.
No quarto decido trancar minhas coisas no cofre. Claro que eu nao precisava testar antes, pq eu sou muito esperta. Coloquei tudo lá dentro e tranquei.
E quem disse que eu conseguia abrir?
Panico!
Desci e pedi que alguém abrisse.
O moço deve ter se espantado quando viu que eu consegui fazer isso em menos de 10 minutos no quarto hahahaha
Abriu e perguntou se eu queria que me ensinasse a trancar. Disse que nao.
Ele se foi, e fui tentar trancar de novo. HAHAHHAA eu tenho um problema com este cofre, ou ele tem problema. Nao consegui. Desta vez nao coloquei nada dentro. Menos mal.
Desisti!
Tem secador no banheiro, e é engraçadíssimo. Só por foto mesmo. Parece um vibrador gigante hahahaha
E tem TOMADA 110!!!!!!!!!!!!!!
HUMPF!
Fome fome fome. Até que lembrei das minhas santas barrinhas de cereais. Comi.
Achei água no frigobar, bebi e escovei os dentes.
Tomei banho e cama. Capotei.
Acordei com um telefonema de despertador, que eu nao solicitei.
Tomei café e estou aqui.
Muitos gringos dos EUA. Incrível como eles se reconhecem pelo tom a cutis.
Agora vou subir correndo e pegar minhas coisas. Vamos a um city tour. Coisa muito de turista.
E gente... to bege com a concentraçao de gente feia por metro quadrado. O Ronaldo devia ter vindo aqui, na noite em que foi pego. Faria melhor proveito.
Beijooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!
Saindo de SP, depois de uma despedida com muitos acenos de lenços brancos, chego ao tao esperado destino: O FREESHOP!!!!
Fiz as comprinhas e quando fui pegar os relógios da Lu, a moça me diz que acabaram.
Ok, fui à outra loja do Duty Free, que pra quem nao sabe, fica há uns 4 kms da primeira.
Chegando lá, começo a procurar a lista com os códigos dos relógios. E onde estava???
Lá na cestinha da primeira loja. Eu sempre coloco tudo na cestinha.
Ok, voltar correndo é uma tarefa suuuuuuuper fácil pra quem carrega 10 kg nas costas.
Mas voltei.
Chegando lá, a infeliz da moça do caixa nao acha minha lista. Coisa de 10 minutos e ela jogou a lista fora. Os papéis dos perfumes que experimentei ainda estao na cesta,mas a lista, papel A4, duas folhas grampeadas e escritas em letras garrafais, nao. E pior, ela nao faz idéia de onde estao.
Ok, comecei errado, mas como ia saber os códigos dos perfumes?
Recorri à primeira atendente e ela ainda tinha anotado, UFAAAA!
Corri mais 10 kms até a outra loja e comprei um dos relógios. O outro nao tinha.
Entrei na fila de embarque. O cara que organizava a fila falava espanhol, mas só ele entendia. A fila inteira estava com cara de origami, e comigo nao era diferente.
Dentro do aviao, tudo tranquilo. Demorei a me entender com o touch screen da mini tv, que deveria ser press screen. Só funcionava no super aperto.
Vi o piloto de Prison Break. Scofield é uma ótima cia de voo.
Depois assisti aquele Bucket List. Bom bom.
Depois comecei a ver Into The Wild, que o Felipe tinha dito que era ÓTIMO.
Ainda bem que foi depois da comida e eu dormi na metade. Lixo de filme.
Chegamos.
Após a aterrissagem, uma fila estilo playcenter, hopi hari e afins. Daquelas vai-e-vem. Com 12, notem bem DOZE idas e voltas de uns 200 metros cada. LOTADAAAAAAAAAAAA!
Ok, fiquei na fila, e atrás de mim uma senhora infeliz que falava enrolado e só reclamava de tudo. Da fila, do dia, da vida, do céu. AFFFFFFFFF.
A Sra Hardy correu um sério risco... eu já tava com vontade de mandar ela calar a boca.
Bem, passei na aduana. Peguei o guiche do mais grosso e mudo dos atendentes.
Grosso pq ele foi grosso com outras pessoas. Mudo pq comigo ele nao falou nem buenas noches, nem buenos dias (já era mais de meia noite) nem nada.
No guiche do lado passa um brazuca, e o atendente se esforça: BOM DIA!
HUMPF!
O free shop do desembarque deles é terrivelmente pequeño. Nem entrei.
Fui pegar minha mala, que estava largada num canto. Troquei meu dinheiro.
Passei pela imigraçao e graças a Deus deu verde quando apertei o botao. Saí,e até agora ninguém confirmou se a bagagem era minha.
Lá fora, 39898392183 pessoas com plaquinhas com nomes. CARACA! Cade a minha.
Passei por todas e nao achei. Ótima forma de começar no Peru. Nao achando a plaquinha.
Bem, voltei e encontrei: REJANE, LARA. YAY!!!! Nao escreveram Jesus hahahahaha
Well, encontrei a moça super simpática que me arrastou para a van, falando mais que o homem da cobra. E o melhor, eu entendia tudo e ela me entendia tb! Ufa!
Viemos conversando pelo caminho, falando dos tamanhos de Lima e SP e da quantidade de gente, quando ela me diz: Em SP há muitos subterraneos, nao?
Aí eu respondo: Sim, muitos, alguns de 3 ou 4, ou até mais andares para baixo.
Ela se espanta.
Depois de um tempo, ao passarmos por um prédio, ela diz: Aqui só temos subterraneos em alguns predios, as garagens.
E entao eu me toquei, ela achou que eu estava falando que há subterraneos e que os paulistas moram neles hahahaahahaha
Deixei pra lá.
Cheguei no hotel. Check-in e tal.
No quarto decido trancar minhas coisas no cofre. Claro que eu nao precisava testar antes, pq eu sou muito esperta. Coloquei tudo lá dentro e tranquei.
E quem disse que eu conseguia abrir?
Panico!
Desci e pedi que alguém abrisse.
O moço deve ter se espantado quando viu que eu consegui fazer isso em menos de 10 minutos no quarto hahahaha
Abriu e perguntou se eu queria que me ensinasse a trancar. Disse que nao.
Ele se foi, e fui tentar trancar de novo. HAHAHHAA eu tenho um problema com este cofre, ou ele tem problema. Nao consegui. Desta vez nao coloquei nada dentro. Menos mal.
Desisti!
Tem secador no banheiro, e é engraçadíssimo. Só por foto mesmo. Parece um vibrador gigante hahahaha
E tem TOMADA 110!!!!!!!!!!!!!!
HUMPF!
Fome fome fome. Até que lembrei das minhas santas barrinhas de cereais. Comi.
Achei água no frigobar, bebi e escovei os dentes.
Tomei banho e cama. Capotei.
Acordei com um telefonema de despertador, que eu nao solicitei.
Tomei café e estou aqui.
Muitos gringos dos EUA. Incrível como eles se reconhecem pelo tom a cutis.
Agora vou subir correndo e pegar minhas coisas. Vamos a um city tour. Coisa muito de turista.
E gente... to bege com a concentraçao de gente feia por metro quadrado. O Ronaldo devia ter vindo aqui, na noite em que foi pego. Faria melhor proveito.
Beijooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!
sábado, 3 de maio de 2008
Papos rápidos de um sábado longo - Volume V
E às vezes eu me dou mal.
Atentem para o nome do sujeito!
rahul : oi
rahul : td bem?
Malu : Olá
Malu : Tudo, e com vc?
rahul : tbm
rahul : que vc faz no vida?
Malu : Sou doméstica, e vc?
rahul : gerente de seguro
(Putz!!!!!!! No meio dos malucos surge um quase normal, que talvez pudesse ser alguém interessante e eu super queimando meu filme. Ele podia ser o mais novo pretendente. DE VERDADE! Apelei pro famoso: era brincadeira)
Malu : Hahahaha mandei na janela errada hahahahahaha era pro meu amigo
Malu : Rolando de rir aqui
Malu : sorry! hahahaha
(Ok, podem gargalhar. =/)
rahul : :(
Malu : Que foi?
Malu : Psiu!
rahul : ???????????????
(Eu entendi esta frase como: Veio me zuar, né? Mas eu não sou um dos seus. Eu tenho uma criação de interrogações! Humpf!
Malu : Perguntei o pq da carinha triste
rahul : que vc faz no vida?
Malu : Sou analista de sistemas
(Tentando consertar. Vamos ver se funciona!)
rahul : ok
rahul : casada?
(Me sentindo muito num interrogatório! MEDA!)
Malu : Nope
rahul : que?
(Como assim "que?" ?????? COMO ASSIM? Um gerente de seguro não sabe o que é NOPE???????????? Mesmo assim, ainda fiz questão de traduzir, afinal eu tinha pisado na bola no começo.)
Malu : Nope, não
- rahul encerrou a conversa -
Ele bateu o chat na minha cara.
E a gargalhada dos leitores ecoa!!!!
As próximas postagens, apesar de ainda ter material sobre Fabrício,devem ser sobre a viagem.
:)
Atentem para o nome do sujeito!
rahul : oi
rahul : td bem?
Malu : Olá
Malu : Tudo, e com vc?
rahul : tbm
rahul : que vc faz no vida?
Malu : Sou doméstica, e vc?
rahul : gerente de seguro
(Putz!!!!!!! No meio dos malucos surge um quase normal, que talvez pudesse ser alguém interessante e eu super queimando meu filme. Ele podia ser o mais novo pretendente. DE VERDADE! Apelei pro famoso: era brincadeira)
Malu : Hahahaha mandei na janela errada hahahahahaha era pro meu amigo
Malu : Rolando de rir aqui
Malu : sorry! hahahaha
(Ok, podem gargalhar. =/)
rahul : :(
Malu : Que foi?
Malu : Psiu!
rahul : ???????????????
(Eu entendi esta frase como: Veio me zuar, né? Mas eu não sou um dos seus. Eu tenho uma criação de interrogações! Humpf!
Malu : Perguntei o pq da carinha triste
rahul : que vc faz no vida?
Malu : Sou analista de sistemas
(Tentando consertar. Vamos ver se funciona!)
rahul : ok
rahul : casada?
(Me sentindo muito num interrogatório! MEDA!)
Malu : Nope
rahul : que?
(Como assim "que?" ?????? COMO ASSIM? Um gerente de seguro não sabe o que é NOPE???????????? Mesmo assim, ainda fiz questão de traduzir, afinal eu tinha pisado na bola no começo.)
Malu : Nope, não
- rahul encerrou a conversa -
Ele bateu o chat na minha cara.
E a gargalhada dos leitores ecoa!!!!
As próximas postagens, apesar de ainda ter material sobre Fabrício,devem ser sobre a viagem.
:)
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Papos rápidos de um sábado longo - Volume IV
Fabricio : oi boa noite
Fabricio : prazer
Malu : Olá
Malu : Boa noite
Fabricio : que legal que aceitou meu convite
Fabricio : onde moras meu anjo
(Ele não tem interrogação, nem vírgula, nem ponto, nem acento. NADA! Então nem vou ficar comentando durante o texto.)
Malu : SP
Fabricio : em que city meu anjo
Malu : Em SP
Fabricio : eu moro ai no centro durante a semana
Fabricio : de fim de semana venho para o interior
Fabricio : vc namora?
Fabricio : ??
(Chato e impaciente. Além de me chamar de anjo o tempo todo. Brega demais.)
Malu : Interior? Onde?
Malu : Não
(Note que este "Não" foi a resposta de "vc namora?")
Fabricio : conhece campinas
Malu : Sim
Fabricio : eu moro a 30 km de la numa cidade chamada monte mor
Fabricio : vc mora no centro de sp
Malu : ZL
Fabricio : conhece santa cecilia santa casa
Fabricio : eu moro em frente
Malu : Sim, conheço bem por ali
Fabricio : que legal
Fabricio : adorei que aceitou meu convite para tc
(Que comentário mais derrrrr)
Malu : :)
Fabricio : se eu perguntar se vc namora serei muito intrometido ?
(Alzheimer total!)
Malu : Mas vc já perguntou
Malu : E eu já respondi
Fabricio : vc tem msn
Fabricio : nossa eu nao vi meu anjo
Fabricio : deixa eu ver
Fabricio : rs
Fabricio : eu vi agora rs
Fabricio : rs
Fabricio : vc tem msn
(GRRRRRRRRRRRRRRRR! A falta de interrogações é uma coisa que me irrita bastante!)
Malu : Yep
Fabricio : posso ter a honra de add vc
Malu : Só um minutinho
(Os minutinhos sempre me salvam, assim eu não precisaria dar meu msn pra ele.)
Fabricio : ok meu anjo
Fabricio : percebi que gostas de natureza
Malu : Percebeu? como?
Fabricio : no seu perfil
Fabricio : gostei disso
Malu : Nossa! Eu nem sei o que está escrito no meu perfil
Malu : Pq?
Malu : Vc é um amante da natureza?
(Tipo, só um amante inveterado da natureza e co-fundados do greenpeace se empolgariam com isso.)
Fabricio : vi que esta escrito que gosta de Montanhas , Ecologicas , Mochila
Fabricio : eu adoro natureza
Fabricio : simplismente o melhor
(Preciso falar do excesso de "i"?)
Fabricio : vc tem msn meu anjo
Malu : Não.
Fabricio : vc nao tem bua bua
(Definitivamente ele não estava prestando atenção no nosso papo.
E não, eu não tenho bua bua. Nem sei o que é isso, pra falar a verdade.)
Fabricio : vc entra sempre aqui meu anjo
Malu : Dificilmente
Fabricio : vc esta trabalhando
Fabricio : ?
Malu : Agora?
Malu : Sim
(Isso explicaria a minha demora para responder. Na verdade eu estava demorando pq tinha outros chats abertos.)
Fabricio : tadinha
Fabricio : imaginei pela sua profissao
Fabricio : como fa??o para entrar em contato contigo outro dia
Malu : Ah... anote meu email: malugreen@gmail.com
(Dei o email que eu nunca abro)
Fabricio : com todo o prazer
(Se ele tem todo o prazer em anotar um email... )
Malu : :)
Fabricio : fiquei feliz em ter passado o email
Fabricio : gostei de ti
Fabricio : :]
Malu : :)
(Festival de sorrisos para a ausência de palavras, ou melhor, pra controle do que eu poderia dizer. Feliz pq passei o email? Gostou de mim? Só pq eu gosto de natureza? AFFFFFFFFF)
Fabricio : ha quanto tempo esta so meu anjo?
Malu : Só?!?!?!?!
Fabricio : qto tempo rss nao consegui ver rs
Malu : Mas quanto tempo do quê?
Fabricio : vc esta sem namorar meu anjo?
Fabricio : vc trabalhando e eu pertubando vc desculpa meu anjo
Malu : Affff, nem sei... não fico contando os dias hahahahaha
(OK! Eu disse que não ia comentar da pontuação mas, CARACA! O que é esta frase? "vc trabalhando e eu pertubando vc desculpa meu anjo"
Ah sim, e é relevante saber há qto tempo estou só? hahahaha Estar só é uma frase engraçada. )
Fabricio : linda
Fabricio : vc costuma sair muito?
Malu : Sim... :)
Fabricio : que gostoso
Fabricio : e hj vai sair meu anjo?
Malu : sim sim, já já =)
Fabricio : eita que gostoso em que lugar costuma ir
(É tudo muito gostoso né?)
Fabricio : espero fazer uma amizade legal contigo
Fabricio : vc me parece uma pessoal super agradavel
Fabricio : foi um enorme prazer em tc e conhecer vc
Fabricio : vou mandar emails para manter contato
(Quanta empolgação!!!!!!!!!!!!!!)
Fabricio : vc tem orkut?
Fabricio : ??
Malu : Nao
Fabricio : me fala um pouquinho de vc
Malu : O que vc quer saber?
Fabricio : sobre seu humor por exemplo
Fabricio : seus tipos de musicas
Fabricio : se gosta de esportes radicais
Malu : Hum... meu humor é sarcástico... gosto de qq música que não seja sertaneja, pagode, axé, funk e coisas do tipo (q nem deveriam ser consideradas músicas)
Malu : Não gosto de esportes radicais, pq sou desastrada demais pra isso hahaha
Fabricio : jura que ?? desatrada rs
Fabricio : se me disse eu acredito
(Ele pergunta, ele responde)
Fabricio : gostei dos seus gostoso
Fabricio : gostos
Fabricio : gosta de fazer trilhas pelo ao menos
Fabricio : se me permite dizer vc tem um belo olhar, ?? encantador
Fabricio : nao perguntei mais seu nome ?? Malu ?
Fabricio : linda foi um prazer tc contigo e conhecer um pouquinho
Fabricio : mas infelizmente tenho de ir agora
Fabricio : deixo um super beijo e se cuida
Fabricio : xauzinho linda
Fabricio : fui
- Fabricio encerrou a conversa -
(Ah... eu estava na cozinha, fazendo um lanche.)
Fabricio : prazer
Malu : Olá
Malu : Boa noite
Fabricio : que legal que aceitou meu convite
Fabricio : onde moras meu anjo
(Ele não tem interrogação, nem vírgula, nem ponto, nem acento. NADA! Então nem vou ficar comentando durante o texto.)
Malu : SP
Fabricio : em que city meu anjo
Malu : Em SP
Fabricio : eu moro ai no centro durante a semana
Fabricio : de fim de semana venho para o interior
Fabricio : vc namora?
Fabricio : ??
(Chato e impaciente. Além de me chamar de anjo o tempo todo. Brega demais.)
Malu : Interior? Onde?
Malu : Não
(Note que este "Não" foi a resposta de "vc namora?")
Fabricio : conhece campinas
Malu : Sim
Fabricio : eu moro a 30 km de la numa cidade chamada monte mor
Fabricio : vc mora no centro de sp
Malu : ZL
Fabricio : conhece santa cecilia santa casa
Fabricio : eu moro em frente
Malu : Sim, conheço bem por ali
Fabricio : que legal
Fabricio : adorei que aceitou meu convite para tc
(Que comentário mais derrrrr)
Malu : :)
Fabricio : se eu perguntar se vc namora serei muito intrometido ?
(Alzheimer total!)
Malu : Mas vc já perguntou
Malu : E eu já respondi
Fabricio : vc tem msn
Fabricio : nossa eu nao vi meu anjo
Fabricio : deixa eu ver
Fabricio : rs
Fabricio : eu vi agora rs
Fabricio : rs
Fabricio : vc tem msn
(GRRRRRRRRRRRRRRRR! A falta de interrogações é uma coisa que me irrita bastante!)
Malu : Yep
Fabricio : posso ter a honra de add vc
Malu : Só um minutinho
(Os minutinhos sempre me salvam, assim eu não precisaria dar meu msn pra ele.)
Fabricio : ok meu anjo
Fabricio : percebi que gostas de natureza
Malu : Percebeu? como?
Fabricio : no seu perfil
Fabricio : gostei disso
Malu : Nossa! Eu nem sei o que está escrito no meu perfil
Malu : Pq?
Malu : Vc é um amante da natureza?
(Tipo, só um amante inveterado da natureza e co-fundados do greenpeace se empolgariam com isso.)
Fabricio : vi que esta escrito que gosta de Montanhas , Ecologicas , Mochila
Fabricio : eu adoro natureza
Fabricio : simplismente o melhor
(Preciso falar do excesso de "i"?)
Fabricio : vc tem msn meu anjo
Malu : Não.
Fabricio : vc nao tem bua bua
(Definitivamente ele não estava prestando atenção no nosso papo.
E não, eu não tenho bua bua. Nem sei o que é isso, pra falar a verdade.)
Fabricio : vc entra sempre aqui meu anjo
Malu : Dificilmente
Fabricio : vc esta trabalhando
Fabricio : ?
Malu : Agora?
Malu : Sim
(Isso explicaria a minha demora para responder. Na verdade eu estava demorando pq tinha outros chats abertos.)
Fabricio : tadinha
Fabricio : imaginei pela sua profissao
Fabricio : como fa??o para entrar em contato contigo outro dia
Malu : Ah... anote meu email: malugreen@gmail.com
(Dei o email que eu nunca abro)
Fabricio : com todo o prazer
(Se ele tem todo o prazer em anotar um email... )
Malu : :)
Fabricio : fiquei feliz em ter passado o email
Fabricio : gostei de ti
Fabricio : :]
Malu : :)
(Festival de sorrisos para a ausência de palavras, ou melhor, pra controle do que eu poderia dizer. Feliz pq passei o email? Gostou de mim? Só pq eu gosto de natureza? AFFFFFFFFF)
Fabricio : ha quanto tempo esta so meu anjo?
Malu : Só?!?!?!?!
Fabricio : qto tempo rss nao consegui ver rs
Malu : Mas quanto tempo do quê?
Fabricio : vc esta sem namorar meu anjo?
Fabricio : vc trabalhando e eu pertubando vc desculpa meu anjo
Malu : Affff, nem sei... não fico contando os dias hahahahaha
(OK! Eu disse que não ia comentar da pontuação mas, CARACA! O que é esta frase? "vc trabalhando e eu pertubando vc desculpa meu anjo"
Ah sim, e é relevante saber há qto tempo estou só? hahahaha Estar só é uma frase engraçada. )
Fabricio : linda
Fabricio : vc costuma sair muito?
Malu : Sim... :)
Fabricio : que gostoso
Fabricio : e hj vai sair meu anjo?
Malu : sim sim, já já =)
Fabricio : eita que gostoso em que lugar costuma ir
(É tudo muito gostoso né?)
Fabricio : espero fazer uma amizade legal contigo
Fabricio : vc me parece uma pessoal super agradavel
Fabricio : foi um enorme prazer em tc e conhecer vc
Fabricio : vou mandar emails para manter contato
(Quanta empolgação!!!!!!!!!!!!!!)
Fabricio : vc tem orkut?
Fabricio : ??
Malu : Nao
Fabricio : me fala um pouquinho de vc
Malu : O que vc quer saber?
Fabricio : sobre seu humor por exemplo
Fabricio : seus tipos de musicas
Fabricio : se gosta de esportes radicais
Malu : Hum... meu humor é sarcástico... gosto de qq música que não seja sertaneja, pagode, axé, funk e coisas do tipo (q nem deveriam ser consideradas músicas)
Malu : Não gosto de esportes radicais, pq sou desastrada demais pra isso hahaha
Fabricio : jura que ?? desatrada rs
Fabricio : se me disse eu acredito
(Ele pergunta, ele responde)
Fabricio : gostei dos seus gostoso
Fabricio : gostos
Fabricio : gosta de fazer trilhas pelo ao menos
Fabricio : se me permite dizer vc tem um belo olhar, ?? encantador
Fabricio : nao perguntei mais seu nome ?? Malu ?
Fabricio : linda foi um prazer tc contigo e conhecer um pouquinho
Fabricio : mas infelizmente tenho de ir agora
Fabricio : deixo um super beijo e se cuida
Fabricio : xauzinho linda
Fabricio : fui
- Fabricio encerrou a conversa -
(Ah... eu estava na cozinha, fazendo um lanche.)
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Papos rápidos de um sábado longo - Volume III
Acho que nunca comentei, mas não consigo me dar bem com os lusitanos.
Eles nunca entendem minhas brincadeiras, incrível!
ol??
(Este já vem com interrogação no nome!)
Oi?
tudo bem com vc?
Tudo, e com vc?
estou otimmo
de ode tc?
SP e vc?
de coimbra portugal
Opa! Bem longe :)
nem tanto
(Ah sim, pq segundo o Vanucci a África do Sul é logo ali, então Portugal não é longe.)
Umas boas horas :)
sim
tens msn?
Sim
envia que te adiciono
acho que não
tá bom por aqui
porqu???
Pq tá bom assim
mas porqu???
(Eu tive um chefe que dizia que se vc responder 7 porquê's vc chega à solução do problema.)
t??s com medo de mim?????????
medo? hahahahaa o que vc poderia me fazer pelo msn? mandar uma carinha brava? hahahaha
??
nem tenho cara brava
sou pacifico
(Depois acham que as piadas de portugas são injustas)
Eu sei... to brincando
ok foi bom falar contigo
xau
Ficou bravo?
??
j?? disse csou pacifico
mas levei um fora como vcs dizem
e ?? fiquei muito agradado
- Jos? encerrou a conversa -
Alguém explica?!?!?!?
Eles nunca entendem minhas brincadeiras, incrível!
(Este já vem com interrogação no nome!)
(Ah sim, pq segundo o Vanucci a África do Sul é logo ali, então Portugal não é longe.)
(Eu tive um chefe que dizia que se vc responder 7 porquê's vc chega à solução do problema.)
(Depois acham que as piadas de portugas são injustas)
- Jos? encerrou a conversa -
Alguém explica?!?!?!?
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Papos rápidos de um sábado longo - Volume II
Benjamim : oe td bem
(Este já chegou querendo mostrar que tinha E)
Malu : Oi
Benjamim : de onde tc
Malu : SP
Benjamim : qts anos
(Ai que chatice. Vamos animar isso!)
Malu : Nossa! Vc está mesmo me perguntando isto?
Benjamim : rsrs
Benjamim : pq
(Não resisti!)
Malu : Onde está seu ponto de interrogação?
Benjamim : aqui
Benjamim : ?
Malu : Ahhhhh tá... achei que vc pertencia à máfia dos sem-interrogação
Benjamim : rsrs
(E Benjamim ri como se soubesse do que eu estou falando.)
Ainda tem mais!!!!
(Este já chegou querendo mostrar que tinha E)
Malu : Oi
Benjamim : de onde tc
Malu : SP
Benjamim : qts anos
(Ai que chatice. Vamos animar isso!)
Malu : Nossa! Vc está mesmo me perguntando isto?
Benjamim : rsrs
Benjamim : pq
(Não resisti!)
Malu : Onde está seu ponto de interrogação?
Benjamim : aqui
Benjamim : ?
Malu : Ahhhhh tá... achei que vc pertencia à máfia dos sem-interrogação
Benjamim : rsrs
(E Benjamim ri como se soubesse do que eu estou falando.)
Ainda tem mais!!!!
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Papos rápidos de um sábado longo - Volume I
Nada como o chat do Gazaag para distrair alguém numa noite enfadonha
Meus comentários, pós conversa, entre parênteses.
Roberto: oi,
Malu: Olá
Roberto: td bom?
Malu: Tudo, e vc?
Roberto: td morsa ond?
Malu: Morsa?
(Aquelas da fauna?)
Roberto: rsrsrsrsrsrsrsr
Roberto: podia ter deichado passar n??
Roberto: td bem mora ond?
Malu: Hahahaha "deichado"??? Não, não...
Malu: Perco o amigo mas não perco a piada
(Gente!!! O moço tava implorando pra ser zoado!)
Roberto: percebi
Roberto: escreve errado ai pra vc ver viu
Malu: Nossa! Que vingativo!
Roberto: s?? estou esp??rando
Roberto: kkkkkkkkkkk
Roberto: d ond tc?
Roberto: esperando sem acento
(Num primeiro momento achei que ele era louco por falar "esperando sem acento", afinal, esperando não tem acento. Já que é uma espera, talvez assento, mas acento nunca.
Até que percebi que ele na verdade é o cara que roubou as interrogações de todos os outros que usam o gazaag e falaramm comigo até hoje. Todas as interrogações foram parar no teclado dele. )
Malu: Ai, moço, estou me divertindo com a sua fúria
Roberto: sem acento porq sen??o eu num entendo nada
Roberto: vms tc no msn?/////
(Ok, ele roubou algumas barras também! Em contrapartida levaram os "a"'s dele)
Malu: Não. Eu não gosto de msn. No msn só aparecem loucos. Desisti dele.
Roberto: kkkkkkkkkkk
Roberto: ?? n??
Roberto: imagino porq
Roberto: e porq s??o lokos
Malu: Pq?
Malu: Será que vc vai desvendar pq os loucos aparecem na minha vida?
Roberto: ?? fracil
(fracil, extremamentre fracil, pra vroce e eu e trodo mundro crantar juntro)
Malu: Explique-me
Roberto: porq ?? linda maravilhosa
Roberto: trsrrsrsrsrsrs
Roberto: sabia q eu ia dizer algo pareecido n?? s?? queira ter certeza n??o ???
Malu: HAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHA
Malu: Claro que não sabia
Malu: Achei que vc ia falar algo novo hahahahahaha
Malu: Que vc realmente ia desvendar o mistério
E ele parou de conversar.
Não sei porquê.
Tem mais destes papos rápidos. Depois posto o resto.
Meus comentários, pós conversa, entre parênteses.
Roberto: oi,
Malu: Olá
Roberto: td bom?
Malu: Tudo, e vc?
Roberto: td morsa ond?
Malu: Morsa?
(Aquelas da fauna?)
Roberto: rsrsrsrsrsrsrsr
Roberto: podia ter deichado passar n??
Roberto: td bem mora ond?
Malu: Hahahaha "deichado"??? Não, não...
Malu: Perco o amigo mas não perco a piada
(Gente!!! O moço tava implorando pra ser zoado!)
Roberto: percebi
Roberto: escreve errado ai pra vc ver viu
Malu: Nossa! Que vingativo!
Roberto: s?? estou esp??rando
Roberto: kkkkkkkkkkk
Roberto: d ond tc?
Roberto: esperando sem acento
(Num primeiro momento achei que ele era louco por falar "esperando sem acento", afinal, esperando não tem acento. Já que é uma espera, talvez assento, mas acento nunca.
Até que percebi que ele na verdade é o cara que roubou as interrogações de todos os outros que usam o gazaag e falaramm comigo até hoje. Todas as interrogações foram parar no teclado dele. )
Malu: Ai, moço, estou me divertindo com a sua fúria
Roberto: sem acento porq sen??o eu num entendo nada
Roberto: vms tc no msn?/////
(Ok, ele roubou algumas barras também! Em contrapartida levaram os "a"'s dele)
Malu: Não. Eu não gosto de msn. No msn só aparecem loucos. Desisti dele.
Roberto: kkkkkkkkkkk
Roberto: ?? n??
Roberto: imagino porq
Roberto: e porq s??o lokos
Malu: Pq?
Malu: Será que vc vai desvendar pq os loucos aparecem na minha vida?
Roberto: ?? fracil
(fracil, extremamentre fracil, pra vroce e eu e trodo mundro crantar juntro)
Malu: Explique-me
Roberto: porq ?? linda maravilhosa
Roberto: trsrrsrsrsrsrs
Roberto: sabia q eu ia dizer algo pareecido n?? s?? queira ter certeza n??o ???
Malu: HAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHA
Malu: Claro que não sabia
Malu: Achei que vc ia falar algo novo hahahahahaha
Malu: Que vc realmente ia desvendar o mistério
E ele parou de conversar.
Não sei porquê.
Tem mais destes papos rápidos. Depois posto o resto.
sábado, 5 de abril de 2008
Não!
.
As lágrimas continuavam a escorrer, enquanto ela olhava para o lado da cama.
Ao seu lado ninguém. A cama continuava vazia.
Mas não chorava pelo vazio.
Não queria preenchê-la.
Esperava que ela nunca se preenchesse.
As únicas vezes em que ela fora preenchida, soube que seria momentâneo, que não existiria ainda uma pessoa que pudesse preencher aquela cama para sempre.
E sentia assim. Que não havia quem pudesse preencher seu coração.
Ele continuaria vazio, enquanto ela continuaria chorando.
Sabia que não encontraria alguém que a satisfizesse a ponto de preencher aquele vazio.
Mas até quando as coisas seriam assim?
Até quando erraria e divertiria-se com o errado?
Até quando reconheceria seus erros para na próxima esquina errar novamente?
O sentimento que lhe corroía a mente não conhecia a esperança.
Uma derrota inimaginável, lhe consumia de um modo que lhe dava a certeza que aqueles eram seus últimos minutos.
Sentada no quintal, de vestido florido e uma boneca nas pernas. Do seu lado, uma caneca e um canudo. Bolhas de sabão flutuavam. Em cada uma delas, o reflexo de uma etapa da vida.
Não sabia porquê, mas lembrara daquilo.
Sua primeira cachorra chegou em casa. Sua primeira bicicleta. Seu primeiro tombo.
Um beijo na testa de um grande amor da pré-escola. A vergonha de descobrirem que amava o menino mais lindo da classe.
O prazer da primeira vez. O medo de ser descoberta. A insanidade de ter alguém proibido.
Ciúme de amiga. A única surra.
As lágrimas da mãe. Um beijo do pai.
Cada bolha lhe mostrava uma fase, um momento, uma alegria, uma decepção.
Percebeu que havia muito mais bolhas de decepção do que gostaria que houvesse.
Olhou para cima. Queria que o teto se abrisse e o céu descesse em seu socorrro.
Mas o teto não se moveu. Por mais que quisesse, ele continuava ali, tão transparente quanto o concreto consegue ser.
Quanto mais suplicava, mais sentia-se afundar no colchão.
Era como se aquele medo, aquela angústia e todo seu erro, lhe engolissem, enquanto via o teto se distanciar.
Seus membros já não se moviam. Retesados. Endurecidos. Petrificados.
Ficou à espera do próximo segundo, do próximo minuto, do que aconteceria em pouco tempo.
Fechou os olhos e prestou atenção ao seu redor. Quis ouvir o silêncio, pra ver se ele realmente existia.
Não conseguia desvencilhar-se de seus pensamentos, por mais que tentasse.
Eles a sobrecarregavam com um turbilhão de emoções, atropelavam, faziam com que seus outros sentidos perdessem suas capacidades.
Não ouvia, não falava, não mexia, não enxergava, não sentia a textura do lençol em sua pele. Era apenas uma pressão sobre si mesma, de um modo como nunca havia sentido.
Ao longe ouvia um zumbido.
Um apito baixo mas constante.
Um som que fundia-se com os outros sons do ambiente.
Quase que um gemido intrigante.
Um piiiii quase que insuportável mas já não tão insuportável assim.
Começou a distanciar.
A pressão diminuía.
Já não irritava tanto.
A única coisa que sentia, era a última lágrima escorrendo e entrando no ouvido.
Uma sirene que silenciava.
Algo que já estava longe.
Enfim, o silêncio.
E agora, total.
As lágrimas continuavam a escorrer, enquanto ela olhava para o lado da cama.
Ao seu lado ninguém. A cama continuava vazia.
Mas não chorava pelo vazio.
Não queria preenchê-la.
Esperava que ela nunca se preenchesse.
As únicas vezes em que ela fora preenchida, soube que seria momentâneo, que não existiria ainda uma pessoa que pudesse preencher aquela cama para sempre.
E sentia assim. Que não havia quem pudesse preencher seu coração.
Ele continuaria vazio, enquanto ela continuaria chorando.
Sabia que não encontraria alguém que a satisfizesse a ponto de preencher aquele vazio.
Mas até quando as coisas seriam assim?
Até quando erraria e divertiria-se com o errado?
Até quando reconheceria seus erros para na próxima esquina errar novamente?
O sentimento que lhe corroía a mente não conhecia a esperança.
Uma derrota inimaginável, lhe consumia de um modo que lhe dava a certeza que aqueles eram seus últimos minutos.
Sentada no quintal, de vestido florido e uma boneca nas pernas. Do seu lado, uma caneca e um canudo. Bolhas de sabão flutuavam. Em cada uma delas, o reflexo de uma etapa da vida.
Não sabia porquê, mas lembrara daquilo.
Sua primeira cachorra chegou em casa. Sua primeira bicicleta. Seu primeiro tombo.
Um beijo na testa de um grande amor da pré-escola. A vergonha de descobrirem que amava o menino mais lindo da classe.
O prazer da primeira vez. O medo de ser descoberta. A insanidade de ter alguém proibido.
Ciúme de amiga. A única surra.
As lágrimas da mãe. Um beijo do pai.
Cada bolha lhe mostrava uma fase, um momento, uma alegria, uma decepção.
Percebeu que havia muito mais bolhas de decepção do que gostaria que houvesse.
Olhou para cima. Queria que o teto se abrisse e o céu descesse em seu socorrro.
Mas o teto não se moveu. Por mais que quisesse, ele continuava ali, tão transparente quanto o concreto consegue ser.
Quanto mais suplicava, mais sentia-se afundar no colchão.
Era como se aquele medo, aquela angústia e todo seu erro, lhe engolissem, enquanto via o teto se distanciar.
Seus membros já não se moviam. Retesados. Endurecidos. Petrificados.
Ficou à espera do próximo segundo, do próximo minuto, do que aconteceria em pouco tempo.
Fechou os olhos e prestou atenção ao seu redor. Quis ouvir o silêncio, pra ver se ele realmente existia.
Não conseguia desvencilhar-se de seus pensamentos, por mais que tentasse.
Eles a sobrecarregavam com um turbilhão de emoções, atropelavam, faziam com que seus outros sentidos perdessem suas capacidades.
Não ouvia, não falava, não mexia, não enxergava, não sentia a textura do lençol em sua pele. Era apenas uma pressão sobre si mesma, de um modo como nunca havia sentido.
Ao longe ouvia um zumbido.
Um apito baixo mas constante.
Um som que fundia-se com os outros sons do ambiente.
Quase que um gemido intrigante.
Um piiiii quase que insuportável mas já não tão insuportável assim.
Começou a distanciar.
A pressão diminuía.
Já não irritava tanto.
A única coisa que sentia, era a última lágrima escorrendo e entrando no ouvido.
Uma sirene que silenciava.
Algo que já estava longe.
Enfim, o silêncio.
E agora, total.
sábado, 22 de março de 2008
Nada é por acaso! NADA!
.
Não é novidade pra quem me conhece, que; se é esquisito, fica no oriente e ninguém entende, eu AMO!
Bem, a Arábia é só mais uma destas "coisas".
A Arábia, arredores e tudo que ela "contém".
Sendo assim, enquanto não junto dinheiro pra ir até lá, a Arábia, de um modo muito interessante vem até mim.
Também não é segredo nenhum que eu sou Adventista do Sétimo Dia.
E sendo assim uni o útil (minha religião) ao agradável (Arábia)!
YAY!
Encontrei a Comunidade Árabe Aberta (doravante CAA), que é uma Casa de Oração que reúne pessoas interessadas em buscar a Deus, seguindo a doutrina Adventista.
Há mais de um ano tenho ido à CAA, que fica na Vila Mariana, e tenho realmente me "encontrado" lá.
Um lugar calmo, sereno, com muita paz e gente boa.
Além de orações, aprendemos mais sobre Deus, sobre sua palavra, seus desejos para nós e sobre a cultura árabe!
Há alguns dias, creio que no dia 28/04/07, iniciou-se um projeto especial na CAA.
A CAA ganhou algumas Bíblias em árabe, para iniciar um evangelismo diferente. Segundo o que foi explicado, as famílias árabes que vivem no Brasil, em sua grande maioria, sentem dificuldade para encontrar literaturas em sua língua mãe por aqui. Sendo assim, 2000 Bíblias foram doadas para que nós pudéssemos distribuí-las a famílias árabes.
Não há como negar, que ao receber a Bíblia árabe, o primeiro desejo de todos os que estavam lá foi guardá-la como uma "peça" de coleção. E exatamente por isto o projeto foi explicado bem antes que elas fossem distribuídas.
As palavras do pastor Chaguri foram: "Eu sei como é legal ter uma Bíblia em outra língua na sua casa. A tentação será grande. Mas vocês precisam entregar esta Bíblia a um árabe, porque este é o nosso projeto. Para ajudá-los nós vamos combinar o seguinte: esta primeira Bíblia vocês pegam e levam para um árabe. Assim que entregarem a Bíblia, voltem e peguem uma para vocês. Será uma recompensa! E veja bem; nós oraremos para abençoarmos estas Bíblias, então, se vocês não entregarem e deixarem na estante de casa, vocês vão sentir um peso imenso na consciência quando olharem para ela."
Ele usou um tom descontraído porém sério!
Pediu que só quem realmente tivesse intenção de participar do projeto é que pegasse a Bíblia. Afinal, ninguém era obrigado a fazer aquilo.
Claro que peguei a Bíblia. E confesso que um pouco da motivação era ganhar uma para mim depois.
Saí de lá decidida a tropeçar em um árabe no próximo quarteirão e entregar-lhe a Bíblia.
Bem, o dia correu normalmente e eu não cruzei com um árabe. Voltei pra casa e arrumei minhas malas para irmos a Tatuí.
No caminho de ida, perguntei à Lu e ao Takeda se algum dos dois conhecia alguém árabe. Aquilo estava realmente me tocando!
Takeda conhece uma família perto de sua casa e a Lu conhece uma menina que estudou com ela em algum lugar.
Bem, em vista das duas opções que se apresentavam a mim, resolvi conhecer a amiga da Lu, quando elas fossem se encontrar um dia, e entregar a Bíblia a ela.
Mas ainda não era isso que eu sentia que queria fazer. Me parecia vazio, sem muito sentido. Algo como: Olá, muito prazer, eu sou a Lara. A Lu me contou que você é descendente de árabe e eu resolvi te dar uma Bíblia.
Tsc.
Mas, eu não tinha muitas opções.
No entanto, eu não sei o seu, mas o meu Deus, escreve até mesmo onde não existem linhas!
Os dias se passaram.
Naquela mesma semana, eu tirei uma folga depois do feriado, no dia 02/05 e passei o dia sozinha fazendo compras na 25 de março e região
Quando voltei pra casa, olhei a Bíblia na estante e falei pra minha mãe: Pôxa, eu fui na 25, tem tanto árabe por lá. Eu devia ter levado a Bíblia e entregue pra algum deles.
Mas... ainda não era isto! Ainda estava vazio demais!!!!!!
Creio que orei algumas vezes pedindo que Deus me mostrasse o que fazer com a Bíblia.
Bem, aquele restante de semana foi bem agitado, pois no sábado iríamos no Orfanato Acalanto levar alguns brinquedos, fraldas, leite, roupas e remédios. (É... eu fiz uma faxina nos meus bichos de pelúcia no sítio e resolvi doá-los a quem não tem. E junto juntei muito mais coisas com pessoas de coração bom).
Sábado cedo, fomos Lu, Takeda, Vivian e eu ao orfanato. Muito mais gente tinha combinado de ir, mas na última hora as pessoas somem.
Enfim, isto é o de menos.
Brincamos com as crianças, nos divertimos fazendo o bem e isto realmente não tem preço algum!
Assim que chegamos eu ralei a porta do carro em um dos "toquinhos" de concreto que ficam na calçada do orfanato. Mas... eu estava lá pra alegrar pessoas e pra isso precisava estar alegre também. Ignorei o toquinho, o ralado, o preço do conserto e tive um ótimo dia!
Dormi durante a tarde e quando acordei fui chamada pela Grace para ir à Virada Cultural. O assunto já tinha sido comentado durante o dia e a Lu logicamente (e quem conhece a Lu entende o logicamente de modo natural sem precisar de explicações) disse que não ia sair de casa à noite pra ir em eventos da Virada.
Bem, nem cogitei de chamar o Takeda, afinal, era o Takeda!
Se coisas mais "normais" e de dia ele não topa, quem diria sair de madrugada no centro velho de SP pra fotografar!
Acabei bem desanimada de ir sozinha encontrar a Grace e sua turma. Mas ela me convenceu a uma última tentativa de chamar o Takeda. Absolutamente certa da resposta dele, eu chamei por desencargo de consciência. Algo do tipo: ?Vou chamar só pra Grace não achar que eu tô inventando!?
E PASMEM! Takeda aceitou prontamente ao convite.
Nem eu acreditei direito, mas era algo que me transformou na personificação da cara de ué!
Talvez ele comente aqui explicando o motivo de atitude tão espantosa!
Bem, sendo assim, comecei meu Geller Checklist (Sim eu faço checklist pra tudo, inclusive pra sair de casa)!
Câmera ? OK
Flash (não muito útil para o momento, mas eventualidades acontecem) ? OK
Baterias ? OK
Tripé ? OK
Blusa ? OK
Dinheiro (bem pouco porque eu poderia ser assaltada no centro de SP) ? OK
Chave do carro ? OK
Takeda (ainda pasma!) ? OK
E lá vamos nós.
Tive a MA RA VI LHO SA idéia de estacionar próximo ao metrô Carrão, num estacionamento 24 horas da Radial Leste.
Entrei, parei o carro, pegamos tudo que precisávamos, coisas na mochila, dinheiro e documento no bolso e lá fomos nós. Ou pelo menos tentamos.
Ao tentar sair da magnífica obra de avançada tecnologia arquitetônica, o chão deslumbrante do estacionamento, coberto com inúmeros pedregulhos SOLTOS em chão de terra batida me ajudaram a deslizar rumo à rua.
É. Eu capotei literalmente.
Não sei como e sinceramente lembrar do momento ainda me arrepia.
Só sei que o meu pé esquerdo escorregou e fez a minha perna esquerda seguir reta para a frente, enquanto a desavisada perna direita ficou vendo a banda passar e recebeu todo o peso do meu corpo.
RÁ, por óbvio que ela literalmente abriu o bico!
Senhores prezados leitores deste humilde blog. Dentre todas as dores que já senti em toda minha vida, esta merecia entrar pro Livro dos Recordes como a pior delas.
Um misto de formigamento pela perna toda, com uma dor lancinante de algo apunhalando a carne, o susto do acontecido, a pele ralada em contato com o vento frio e a impossibilidade momentânea de mexer qualquer coisa que não fosse a boca pra gritar, é a sensação mais absurda que eu já senti.
Num primeiro momento, tive certeza de ser uma fratura exposta, mesmo sem nunca nem ter visto uma. Talvez aquela sensação do vento na parte ralada. Não sei, mas foi a primeira coisa que me passou pela mente.
Sendo assim eu precisava suplicar que o médico, enviado por Deus há alguns anos pra fazer parte da minha vidazinha, e que tinha topado ir à Virada comigo, verificasse o que acontecia com a minha pernoca.
Certificada de que nada estava pra fora, me acalmei 90% e então TKD foi buscar o carro. Antes de pegar o veículo, ainda voltou para pegar o papel do estacionamento e caiu no MESMO lugar, e desta vez com as duas pernas, providencialmente, levantando em seguida para trazer o carro até mim.
Saímos dali, com ajuda de algumas pessoas que tinham acabado de estacionar e realmente foram à Virada.
Fomos primeiro ao COT, que fica bem próximo do estacionamento e é um treco de ortopedia que supostamente fica aberto à noite/madrugada. Supostamente, porque ao chegarmos lá, o mané que estava lá dentro veio nos informar que eles não atendem emergências.
Como somos ingênuos, não percebemos que eles estavam abertos para as pessoas que marcam consultas na madrugada da Virada Cultural.
HUMPF!
Fomos à clínica que eu SEMPRE vou na vida, na Praça Kennedy na Mooca. Mas todos os médicos e atendentes estavam na Virada Cultural e a clínica estava fechada.
Neste meio tempo, minha mãe ligou e eu não conseguia falar no tel, só gritar!
Depois de uns minutos, a Grace ligou, afinal ela estava lá na estação Sé do Metrô e já tinha passado da hora de nos encontrarmos. Com ela eu consegui falar um pouquinho. Ainda bem que ela desligou rápido e não foi obrigada a ouvir meus berros.
Confiando no meu doutor, fomos ao Hospital São Paulo, que é onde o Takeda reside. Ok, ele faz residência lá.
Desculpem a piadinha infame, mas foi mais forte do que eu (muitos risos).
Takeda fez minha ficha no hospital e descemos à ortopedia.
Uma pausa para uma saudação:
Três vivas ao Habib's!
VIVA! VIVA! VIVA!
Voltando.
Ele me deixou na espera com uma galera macabra saída da volta dos mortos vivos.
Eu tinha certeza que a qualquer momento um deles iria olhar em transe pra mim e falar: CÉREBRO!
Ao voltar ele me disse que um dos doutores que estavam atendendo era conhecido dele e que iam me passar na frente.
Só sendo amiga de médico pra saber COMO ISTO É BOM!!!!!!
Neste momento, a dor estava latente, mas calminha. O que mais doía eram as mãos segurando a perna pra cima.
Aguardamos um pouco e fui chamada.
Entramos e um doutor X me examinou. Aquele exame básico de ortopedista, apertando em todos os lugares, ansiando pelo momento em que ele vai apertar um ponto que provocará um berro descomunal. No entanto, ele foi simpático e não chegou a apertar o ponto que faria com que eu me suicidasse bem à sua frente e encaminhou-me ao raio-x.
E lá fomos nós. Meu amigo Takeda e eu nos corredores assombrados dos subterrâneos do Hospital São Paulo.
(Se eu trabalhasse lá, me divertiria assustando as pessoas à noite!)
Chegamos ao raio-x e enquanto o técnico de raio-x mais meigo e bonzinho do mundo estava preparando a sala, eu quase enfartei com o grito do Takeda dizendo: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!
Tá, ele descobriu que eu quebrei a cabeça, morri e estou aqui bancando o Bruce Willis com meu sexto sentido. Só pode!
E em seguida ele morre de gargalhar explicando: Sua cadeira de rodas (por sua, entenda-se a que eu estava sentada) é do Habib's!!!! HAUHAUHAUAHUAHUAHUA
A cadeira tinha sido uma doação do Habib's para o hospital!
Por isso os vivas ao Habib's na intenção de que eles sempre doem mais e mais cadeiras de rodas aos hospitais, porque só quem precisa sabe COMO é útil!
Após o raio-x, voltamos à espera dos mortos vivos. O Takeda entrou com o meu raio-x na mão e demorou um pouco lá dentro. Imaginei que ele estivesse confabulando com seus amigos de profissão, e eis que surge a razão deste post imenso que ainda não está muito próximo de acabar.
O doutor que veio lá fora, não era mais o mesmo doutor X que me apertou quando entrei a primeira vez. Agora era o doutor Nacime (Atente para o nome e coloque sua massa cinzenta pra funcionar). Este doutorzinho (zinho por carinho, que fique bem claro e não de modo pejorativo), abaixou na minha frente e começou a analisar meu pé.
Eu olhei pro Takeda e falei: "O que aconteceu? Quebrou? Vai ter que puxar?"
Sim pessoas, a idéia de ter que PUXAR uma parte quebrada do corpo me atormenta desde a mais tenra idade e eu estava em pânico com a idéia de que tivessem que puxar AQUELE pé que já doía mais que tudo na vida.
Takeda eticamente respondeu: Não posso falar nada, ele é o médico!
Olhei praqueles olhos amendoados do doutor agachado ali na minha frente e choraminguei alguma coisa.
Com um sorriso alentador ele me disse: Quebrou. E sim, eu vou ter que puxar seu pé.
Meu chão sumiu. Tá, tá, tá, ele já tinha sumido um pouco antes, mas agora era uma coisa indescritível.
Mas aquele doutor, continuava com um olhar terno. E não, eu não estou apaixonada por ele, eu só queria conseguir explicar, como é que eu senti as coisas no pior momento que eu tive até hoje.
Eu simplesmente sabia que ele era alguém especial, mas ainda não estava entendendo o motivo.
Resmunguei alguma coisa, e ainda com um sorriso tímido ele disse que antes me daria uma medicação para que eu agüentasse o puxão!
Foi neste momento que li novamente o nome dele no crachá. Reparei nos olhos em formato de amêndoa, na pele morena que não era de sol e no nariz adunco. Foi então que tive certeza de tudo.
Nacime Mansur não poderia ser um nome de origem mexicana, concordam?
Um filminho se passou na minha mente naquele momento. Sabem aquele filminho mega-rápido que ninguém consegue reproduzir em palavras e que se for contar fica muito maior que este post imenso, mas traz à tona milhões de situações e sentimentos? Este filminho.
Fui pra medicação.
Uma senhorinha muito boazinha, mas que não conseguia pegar minha veia de jeito nenhum preparou Tramal (o remédio que derruba elefantes com crise epiléticas na África).
Comecei a chorar. A dor apertara MUITO. A situação não era das melhores. Iam puxar meu pé mega dolorido. A senhorinha furava, furava, furava e não achava a veia. E caraca!!!! No meio daquilo tudo, um turbilhão de coisas ruins, eu tinha encontrado um árabe. E desta vez, eu sentia que não era vazio. Que não era um árabe, era O árabe.
Neste momento eu falei em voz alta com Deus, que se não precisassem puxar meu pé eu prometia que visitaria e ajudaria mais 5 orfanatos este ano!
Takeda realmente me achou uma maluca de marca maior, afinal, ele mesmo tinha visto o raio-x e participado da confabulação médica lá dentro. Ele viu e ouviu que TINHAM que puxar meu pé. O doutor disse na minha cara que ia puxar meu pé. Inclusive era por isto que eles estavam me dando Tramal em doses cavalares. Mas, quem tem fé, me entende!
Eu não estava barganhando uma não-puxada de pé com Deus, mas estava me comprometendo a fazer coisas boas mesmo com momentos ruins. Naquele dia eu ajudei alguns e acabei com a porta do meu carro e com meu pé, mas isto não seria o suficiente pra me fazer desistir!
Quase terminado o medicamento, me chamaram novamente. Lá dentro da sala de atendimento o doutorzinho agacha novamente na minha frente e me dá a melhor notícia da noite: Nós vamos engessar e torcer pra não ter que operar, ok?
HEY!
STOP!
Esqueci a dor por um breve momento e disse com o maior sorriso que eu conseguia: Você não vai mais puxar o meu pé?????
E ele com um sorriso, agora sim reconfortante, disse: Não!
RÁ!
Eu já disse que a fé move montanhas?
E você conhece algum outro Deus que atenda tão rapidamente na madrugada do final de semana?
Levaram-me pra sala do gesso. O doutorzinho me engessou. Sim eu uivei de dor quando ele teve que acertar a posição do pé. Mas, como diria a Rosa, TUDO BEM porque NINGUÉM ia puxar meu pé!!!!
Quando levantei para ir embora, ele veio até mim e disse: Conversamos sobre seu caso e gostaríamos de te internar agora para uma cirurgia.
Eles tinham chamado mais doutores e juntos mudaram de idéia, chegando à conclusão de que meu tornozelo deveria ser operado.
Achei que já era coisa demais pra uma madrugada só. Preferi ir pra casa e procurar o convênio depois.
Voltei para a sala de medicação e tomei mais algumas coisas que eu não faço idéia do que sejam e aí sim a dor começou a passar.
O doutorzinho ainda passou por lá uma vez pra perguntar se eu estava bem e sem dor.
Depois veio entregar a carta de encaminhamento ao convênio, e a receita do que eu deveria tomar.
Com um sorrisão no rosto ele voltou ao trabalho, e mesmo com toda a dor, a idéia atordoante de que poderiam puxar meu pé, a desilusão por tudo que estava acontecendo, uma coisa não deixava minha mente: a Bíblia árabe que estava na minha estante.
Takeda me trouxe pra casa. Enquanto eu o esperava buscar o carro, ainda me diverti com o segurança do hospital. Ficamos imaginando se ele empurrasse a cadeira de rodas e ela ficasse presa em alguma coisa e eu caísse pra frente, como em comédias bem hilariantes.
Minha dor tinha passado, sim. Mas principalmente, minha busca incessante, tinha terminado!
3 semanas depois do ocorrido na plantão da madrugada, escrevi um agradecimento na Bíblia e pedi que o Takeda entregasse ao doutorzinho.
Ao que parece, ele a recebeu de muito bom gosto!
Finalmente, Deus me mostrou a quem eu deveria entregar a Bíblia. E sinceramente, eu não me importo que tenha sido como foi.
Sim, poderia ter sido no shopping, num bar, num parque, na rua, na internet, em qualquer lugar e circunstância diferentes. Mas teve que ser assim!
Não me incomodo com o que qualquer pessoa possa pensar disto tudo que escrevi. (Se alguém chegar até este parágrafo, já estou feliz!)
Só tenho cada vez mais certeza que eu sei em quem eu creio e que Ele é infinitamente poderoso.
Mesmo com o pé quebrado, tendo ficado operada e de molho, eu só tenho a agradecer. Afinal, a dor que senti por algumas horas se foi, e o que ficou foi a sensação do dever cumprido, do bem feito, do poder de repetir as alegrias e ajudar mais as pessoas.
Esta semana opero para tirar os parafusos e a placa. No entanto, não há operação que retire esta experiência de vida e fé.
Bem, já ajudei 4 dos 5 orfanatos. Agora eu tenho mais 1 orfanato pra ir e o melhor exército invisível que alguém poderia ter ao meu lado.
Alguém se habilita a me ajudar?
BeijoTchau,
Não é novidade pra quem me conhece, que; se é esquisito, fica no oriente e ninguém entende, eu AMO!
Bem, a Arábia é só mais uma destas "coisas".
A Arábia, arredores e tudo que ela "contém".
Sendo assim, enquanto não junto dinheiro pra ir até lá, a Arábia, de um modo muito interessante vem até mim.
Também não é segredo nenhum que eu sou Adventista do Sétimo Dia.
E sendo assim uni o útil (minha religião) ao agradável (Arábia)!
YAY!
Encontrei a Comunidade Árabe Aberta (doravante CAA), que é uma Casa de Oração que reúne pessoas interessadas em buscar a Deus, seguindo a doutrina Adventista.
Há mais de um ano tenho ido à CAA, que fica na Vila Mariana, e tenho realmente me "encontrado" lá.
Um lugar calmo, sereno, com muita paz e gente boa.
Além de orações, aprendemos mais sobre Deus, sobre sua palavra, seus desejos para nós e sobre a cultura árabe!
Há alguns dias, creio que no dia 28/04/07, iniciou-se um projeto especial na CAA.
A CAA ganhou algumas Bíblias em árabe, para iniciar um evangelismo diferente. Segundo o que foi explicado, as famílias árabes que vivem no Brasil, em sua grande maioria, sentem dificuldade para encontrar literaturas em sua língua mãe por aqui. Sendo assim, 2000 Bíblias foram doadas para que nós pudéssemos distribuí-las a famílias árabes.
Não há como negar, que ao receber a Bíblia árabe, o primeiro desejo de todos os que estavam lá foi guardá-la como uma "peça" de coleção. E exatamente por isto o projeto foi explicado bem antes que elas fossem distribuídas.
As palavras do pastor Chaguri foram: "Eu sei como é legal ter uma Bíblia em outra língua na sua casa. A tentação será grande. Mas vocês precisam entregar esta Bíblia a um árabe, porque este é o nosso projeto. Para ajudá-los nós vamos combinar o seguinte: esta primeira Bíblia vocês pegam e levam para um árabe. Assim que entregarem a Bíblia, voltem e peguem uma para vocês. Será uma recompensa! E veja bem; nós oraremos para abençoarmos estas Bíblias, então, se vocês não entregarem e deixarem na estante de casa, vocês vão sentir um peso imenso na consciência quando olharem para ela."
Ele usou um tom descontraído porém sério!
Pediu que só quem realmente tivesse intenção de participar do projeto é que pegasse a Bíblia. Afinal, ninguém era obrigado a fazer aquilo.
Claro que peguei a Bíblia. E confesso que um pouco da motivação era ganhar uma para mim depois.
Saí de lá decidida a tropeçar em um árabe no próximo quarteirão e entregar-lhe a Bíblia.
Bem, o dia correu normalmente e eu não cruzei com um árabe. Voltei pra casa e arrumei minhas malas para irmos a Tatuí.
No caminho de ida, perguntei à Lu e ao Takeda se algum dos dois conhecia alguém árabe. Aquilo estava realmente me tocando!
Takeda conhece uma família perto de sua casa e a Lu conhece uma menina que estudou com ela em algum lugar.
Bem, em vista das duas opções que se apresentavam a mim, resolvi conhecer a amiga da Lu, quando elas fossem se encontrar um dia, e entregar a Bíblia a ela.
Mas ainda não era isso que eu sentia que queria fazer. Me parecia vazio, sem muito sentido. Algo como: Olá, muito prazer, eu sou a Lara. A Lu me contou que você é descendente de árabe e eu resolvi te dar uma Bíblia.
Tsc.
Mas, eu não tinha muitas opções.
No entanto, eu não sei o seu, mas o meu Deus, escreve até mesmo onde não existem linhas!
Os dias se passaram.
Naquela mesma semana, eu tirei uma folga depois do feriado, no dia 02/05 e passei o dia sozinha fazendo compras na 25 de março e região
Quando voltei pra casa, olhei a Bíblia na estante e falei pra minha mãe: Pôxa, eu fui na 25, tem tanto árabe por lá. Eu devia ter levado a Bíblia e entregue pra algum deles.
Mas... ainda não era isto! Ainda estava vazio demais!!!!!!
Creio que orei algumas vezes pedindo que Deus me mostrasse o que fazer com a Bíblia.
Bem, aquele restante de semana foi bem agitado, pois no sábado iríamos no Orfanato Acalanto levar alguns brinquedos, fraldas, leite, roupas e remédios. (É... eu fiz uma faxina nos meus bichos de pelúcia no sítio e resolvi doá-los a quem não tem. E junto juntei muito mais coisas com pessoas de coração bom).
Sábado cedo, fomos Lu, Takeda, Vivian e eu ao orfanato. Muito mais gente tinha combinado de ir, mas na última hora as pessoas somem.
Enfim, isto é o de menos.
Brincamos com as crianças, nos divertimos fazendo o bem e isto realmente não tem preço algum!
Assim que chegamos eu ralei a porta do carro em um dos "toquinhos" de concreto que ficam na calçada do orfanato. Mas... eu estava lá pra alegrar pessoas e pra isso precisava estar alegre também. Ignorei o toquinho, o ralado, o preço do conserto e tive um ótimo dia!
Dormi durante a tarde e quando acordei fui chamada pela Grace para ir à Virada Cultural. O assunto já tinha sido comentado durante o dia e a Lu logicamente (e quem conhece a Lu entende o logicamente de modo natural sem precisar de explicações) disse que não ia sair de casa à noite pra ir em eventos da Virada.
Bem, nem cogitei de chamar o Takeda, afinal, era o Takeda!
Se coisas mais "normais" e de dia ele não topa, quem diria sair de madrugada no centro velho de SP pra fotografar!
Acabei bem desanimada de ir sozinha encontrar a Grace e sua turma. Mas ela me convenceu a uma última tentativa de chamar o Takeda. Absolutamente certa da resposta dele, eu chamei por desencargo de consciência. Algo do tipo: ?Vou chamar só pra Grace não achar que eu tô inventando!?
E PASMEM! Takeda aceitou prontamente ao convite.
Nem eu acreditei direito, mas era algo que me transformou na personificação da cara de ué!
Talvez ele comente aqui explicando o motivo de atitude tão espantosa!
Bem, sendo assim, comecei meu Geller Checklist (Sim eu faço checklist pra tudo, inclusive pra sair de casa)!
Câmera ? OK
Flash (não muito útil para o momento, mas eventualidades acontecem) ? OK
Baterias ? OK
Tripé ? OK
Blusa ? OK
Dinheiro (bem pouco porque eu poderia ser assaltada no centro de SP) ? OK
Chave do carro ? OK
Takeda (ainda pasma!) ? OK
E lá vamos nós.
Tive a MA RA VI LHO SA idéia de estacionar próximo ao metrô Carrão, num estacionamento 24 horas da Radial Leste.
Entrei, parei o carro, pegamos tudo que precisávamos, coisas na mochila, dinheiro e documento no bolso e lá fomos nós. Ou pelo menos tentamos.
Ao tentar sair da magnífica obra de avançada tecnologia arquitetônica, o chão deslumbrante do estacionamento, coberto com inúmeros pedregulhos SOLTOS em chão de terra batida me ajudaram a deslizar rumo à rua.
É. Eu capotei literalmente.
Não sei como e sinceramente lembrar do momento ainda me arrepia.
Só sei que o meu pé esquerdo escorregou e fez a minha perna esquerda seguir reta para a frente, enquanto a desavisada perna direita ficou vendo a banda passar e recebeu todo o peso do meu corpo.
RÁ, por óbvio que ela literalmente abriu o bico!
Senhores prezados leitores deste humilde blog. Dentre todas as dores que já senti em toda minha vida, esta merecia entrar pro Livro dos Recordes como a pior delas.
Um misto de formigamento pela perna toda, com uma dor lancinante de algo apunhalando a carne, o susto do acontecido, a pele ralada em contato com o vento frio e a impossibilidade momentânea de mexer qualquer coisa que não fosse a boca pra gritar, é a sensação mais absurda que eu já senti.
Num primeiro momento, tive certeza de ser uma fratura exposta, mesmo sem nunca nem ter visto uma. Talvez aquela sensação do vento na parte ralada. Não sei, mas foi a primeira coisa que me passou pela mente.
Sendo assim eu precisava suplicar que o médico, enviado por Deus há alguns anos pra fazer parte da minha vidazinha, e que tinha topado ir à Virada comigo, verificasse o que acontecia com a minha pernoca.
Certificada de que nada estava pra fora, me acalmei 90% e então TKD foi buscar o carro. Antes de pegar o veículo, ainda voltou para pegar o papel do estacionamento e caiu no MESMO lugar, e desta vez com as duas pernas, providencialmente, levantando em seguida para trazer o carro até mim.
Saímos dali, com ajuda de algumas pessoas que tinham acabado de estacionar e realmente foram à Virada.
Fomos primeiro ao COT, que fica bem próximo do estacionamento e é um treco de ortopedia que supostamente fica aberto à noite/madrugada. Supostamente, porque ao chegarmos lá, o mané que estava lá dentro veio nos informar que eles não atendem emergências.
Como somos ingênuos, não percebemos que eles estavam abertos para as pessoas que marcam consultas na madrugada da Virada Cultural.
HUMPF!
Fomos à clínica que eu SEMPRE vou na vida, na Praça Kennedy na Mooca. Mas todos os médicos e atendentes estavam na Virada Cultural e a clínica estava fechada.
Neste meio tempo, minha mãe ligou e eu não conseguia falar no tel, só gritar!
Depois de uns minutos, a Grace ligou, afinal ela estava lá na estação Sé do Metrô e já tinha passado da hora de nos encontrarmos. Com ela eu consegui falar um pouquinho. Ainda bem que ela desligou rápido e não foi obrigada a ouvir meus berros.
Confiando no meu doutor, fomos ao Hospital São Paulo, que é onde o Takeda reside. Ok, ele faz residência lá.
Desculpem a piadinha infame, mas foi mais forte do que eu (muitos risos).
Takeda fez minha ficha no hospital e descemos à ortopedia.
Uma pausa para uma saudação:
Três vivas ao Habib's!
VIVA! VIVA! VIVA!
Voltando.
Ele me deixou na espera com uma galera macabra saída da volta dos mortos vivos.
Eu tinha certeza que a qualquer momento um deles iria olhar em transe pra mim e falar: CÉREBRO!
Ao voltar ele me disse que um dos doutores que estavam atendendo era conhecido dele e que iam me passar na frente.
Só sendo amiga de médico pra saber COMO ISTO É BOM!!!!!!
Neste momento, a dor estava latente, mas calminha. O que mais doía eram as mãos segurando a perna pra cima.
Aguardamos um pouco e fui chamada.
Entramos e um doutor X me examinou. Aquele exame básico de ortopedista, apertando em todos os lugares, ansiando pelo momento em que ele vai apertar um ponto que provocará um berro descomunal. No entanto, ele foi simpático e não chegou a apertar o ponto que faria com que eu me suicidasse bem à sua frente e encaminhou-me ao raio-x.
E lá fomos nós. Meu amigo Takeda e eu nos corredores assombrados dos subterrâneos do Hospital São Paulo.
(Se eu trabalhasse lá, me divertiria assustando as pessoas à noite!)
Chegamos ao raio-x e enquanto o técnico de raio-x mais meigo e bonzinho do mundo estava preparando a sala, eu quase enfartei com o grito do Takeda dizendo: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!
Tá, ele descobriu que eu quebrei a cabeça, morri e estou aqui bancando o Bruce Willis com meu sexto sentido. Só pode!
E em seguida ele morre de gargalhar explicando: Sua cadeira de rodas (por sua, entenda-se a que eu estava sentada) é do Habib's!!!! HAUHAUHAUAHUAHUAHUA
A cadeira tinha sido uma doação do Habib's para o hospital!
Por isso os vivas ao Habib's na intenção de que eles sempre doem mais e mais cadeiras de rodas aos hospitais, porque só quem precisa sabe COMO é útil!
Após o raio-x, voltamos à espera dos mortos vivos. O Takeda entrou com o meu raio-x na mão e demorou um pouco lá dentro. Imaginei que ele estivesse confabulando com seus amigos de profissão, e eis que surge a razão deste post imenso que ainda não está muito próximo de acabar.
O doutor que veio lá fora, não era mais o mesmo doutor X que me apertou quando entrei a primeira vez. Agora era o doutor Nacime (Atente para o nome e coloque sua massa cinzenta pra funcionar). Este doutorzinho (zinho por carinho, que fique bem claro e não de modo pejorativo), abaixou na minha frente e começou a analisar meu pé.
Eu olhei pro Takeda e falei: "O que aconteceu? Quebrou? Vai ter que puxar?"
Sim pessoas, a idéia de ter que PUXAR uma parte quebrada do corpo me atormenta desde a mais tenra idade e eu estava em pânico com a idéia de que tivessem que puxar AQUELE pé que já doía mais que tudo na vida.
Takeda eticamente respondeu: Não posso falar nada, ele é o médico!
Olhei praqueles olhos amendoados do doutor agachado ali na minha frente e choraminguei alguma coisa.
Com um sorriso alentador ele me disse: Quebrou. E sim, eu vou ter que puxar seu pé.
Meu chão sumiu. Tá, tá, tá, ele já tinha sumido um pouco antes, mas agora era uma coisa indescritível.
Mas aquele doutor, continuava com um olhar terno. E não, eu não estou apaixonada por ele, eu só queria conseguir explicar, como é que eu senti as coisas no pior momento que eu tive até hoje.
Eu simplesmente sabia que ele era alguém especial, mas ainda não estava entendendo o motivo.
Resmunguei alguma coisa, e ainda com um sorriso tímido ele disse que antes me daria uma medicação para que eu agüentasse o puxão!
Foi neste momento que li novamente o nome dele no crachá. Reparei nos olhos em formato de amêndoa, na pele morena que não era de sol e no nariz adunco. Foi então que tive certeza de tudo.
Nacime Mansur não poderia ser um nome de origem mexicana, concordam?
Um filminho se passou na minha mente naquele momento. Sabem aquele filminho mega-rápido que ninguém consegue reproduzir em palavras e que se for contar fica muito maior que este post imenso, mas traz à tona milhões de situações e sentimentos? Este filminho.
Fui pra medicação.
Uma senhorinha muito boazinha, mas que não conseguia pegar minha veia de jeito nenhum preparou Tramal (o remédio que derruba elefantes com crise epiléticas na África).
Comecei a chorar. A dor apertara MUITO. A situação não era das melhores. Iam puxar meu pé mega dolorido. A senhorinha furava, furava, furava e não achava a veia. E caraca!!!! No meio daquilo tudo, um turbilhão de coisas ruins, eu tinha encontrado um árabe. E desta vez, eu sentia que não era vazio. Que não era um árabe, era O árabe.
Neste momento eu falei em voz alta com Deus, que se não precisassem puxar meu pé eu prometia que visitaria e ajudaria mais 5 orfanatos este ano!
Takeda realmente me achou uma maluca de marca maior, afinal, ele mesmo tinha visto o raio-x e participado da confabulação médica lá dentro. Ele viu e ouviu que TINHAM que puxar meu pé. O doutor disse na minha cara que ia puxar meu pé. Inclusive era por isto que eles estavam me dando Tramal em doses cavalares. Mas, quem tem fé, me entende!
Eu não estava barganhando uma não-puxada de pé com Deus, mas estava me comprometendo a fazer coisas boas mesmo com momentos ruins. Naquele dia eu ajudei alguns e acabei com a porta do meu carro e com meu pé, mas isto não seria o suficiente pra me fazer desistir!
Quase terminado o medicamento, me chamaram novamente. Lá dentro da sala de atendimento o doutorzinho agacha novamente na minha frente e me dá a melhor notícia da noite: Nós vamos engessar e torcer pra não ter que operar, ok?
HEY!
STOP!
Esqueci a dor por um breve momento e disse com o maior sorriso que eu conseguia: Você não vai mais puxar o meu pé?????
E ele com um sorriso, agora sim reconfortante, disse: Não!
RÁ!
Eu já disse que a fé move montanhas?
E você conhece algum outro Deus que atenda tão rapidamente na madrugada do final de semana?
Levaram-me pra sala do gesso. O doutorzinho me engessou. Sim eu uivei de dor quando ele teve que acertar a posição do pé. Mas, como diria a Rosa, TUDO BEM porque NINGUÉM ia puxar meu pé!!!!
Quando levantei para ir embora, ele veio até mim e disse: Conversamos sobre seu caso e gostaríamos de te internar agora para uma cirurgia.
Eles tinham chamado mais doutores e juntos mudaram de idéia, chegando à conclusão de que meu tornozelo deveria ser operado.
Achei que já era coisa demais pra uma madrugada só. Preferi ir pra casa e procurar o convênio depois.
Voltei para a sala de medicação e tomei mais algumas coisas que eu não faço idéia do que sejam e aí sim a dor começou a passar.
O doutorzinho ainda passou por lá uma vez pra perguntar se eu estava bem e sem dor.
Depois veio entregar a carta de encaminhamento ao convênio, e a receita do que eu deveria tomar.
Com um sorrisão no rosto ele voltou ao trabalho, e mesmo com toda a dor, a idéia atordoante de que poderiam puxar meu pé, a desilusão por tudo que estava acontecendo, uma coisa não deixava minha mente: a Bíblia árabe que estava na minha estante.
Takeda me trouxe pra casa. Enquanto eu o esperava buscar o carro, ainda me diverti com o segurança do hospital. Ficamos imaginando se ele empurrasse a cadeira de rodas e ela ficasse presa em alguma coisa e eu caísse pra frente, como em comédias bem hilariantes.
Minha dor tinha passado, sim. Mas principalmente, minha busca incessante, tinha terminado!
3 semanas depois do ocorrido na plantão da madrugada, escrevi um agradecimento na Bíblia e pedi que o Takeda entregasse ao doutorzinho.
Ao que parece, ele a recebeu de muito bom gosto!
Finalmente, Deus me mostrou a quem eu deveria entregar a Bíblia. E sinceramente, eu não me importo que tenha sido como foi.
Sim, poderia ter sido no shopping, num bar, num parque, na rua, na internet, em qualquer lugar e circunstância diferentes. Mas teve que ser assim!
Não me incomodo com o que qualquer pessoa possa pensar disto tudo que escrevi. (Se alguém chegar até este parágrafo, já estou feliz!)
Só tenho cada vez mais certeza que eu sei em quem eu creio e que Ele é infinitamente poderoso.
Mesmo com o pé quebrado, tendo ficado operada e de molho, eu só tenho a agradecer. Afinal, a dor que senti por algumas horas se foi, e o que ficou foi a sensação do dever cumprido, do bem feito, do poder de repetir as alegrias e ajudar mais as pessoas.
Esta semana opero para tirar os parafusos e a placa. No entanto, não há operação que retire esta experiência de vida e fé.
Bem, já ajudei 4 dos 5 orfanatos. Agora eu tenho mais 1 orfanato pra ir e o melhor exército invisível que alguém poderia ter ao meu lado.
Alguém se habilita a me ajudar?
BeijoTchau,
sábado, 15 de março de 2008
A causa da enchente
Foi escrito há algum tempo, mas é super atual e diverte um pouco.
Cansada de ficar ilhada no banco, assim que o céu escureceu, eu tomei o restante da água que estava na minha garrafa, meio litro e saí corrrendo, gritando:
-"Chefeeeee, tô indo, beijo tchau pra todo mundo!"
Eu estava com vontade de fazer xixi, mas como eu sou super esperta e estava saindo antes de todas as pessoas do mundo e da chuva, com certeza eu aguentaria chegar em casa. Sem contar que se eu parasse pra fazer xixi eu me atrasaria e não conseguiria ser a primeira no trânsito. Minha doce ilusão.
Desci no térreo e corri até o estacionamento. Caía uma fina garoa e meu carro foi pego rapidamente pelo manobrista.
Corri pelas ruas ao redor do banco até chegar na radial leste.
Foi relativamente rápido chegar até o primeiro quarteirão da radial, em frente à praça Kennedy.
Neste momento, o céu desabou e eu tive a impressão de que não era a primeira a chegar na radial.
Muito esperta que sou, estava na faixa da direita, conhecida também como Faixa Exclusiva para Ônibus (não, eu não dirigia um ônibus).
Rapidamente este local começou a encher.
Passei para a faixa do lado. E ali fiquei por uma hora. E esta faixa também começou a encher.
Sim, pessoas, uma hora de martírio.
No começo eu estava feliz, poderia ouvir todos os meus cds até chegar em casa. Mesmo porque eu não me estresso com trânsito quando não tenho hora pra chegar.
Fiquei ali. A água subindo, o trânsito parado, a chuva caindo, música rolando e a vontade de fazer xixi aumentando descontroladamente.
Telefone toca. Meu amigo querendo saber se eu estava bem. Pedi que ele ligasse pra CET, afinal se todas as pessoas fossem espertas e mudassem pro sentido contrário da radial eu poderia voltar pro banco e não ficaria alagada.
E a vontade de fazer xixi?
Telefone de novo. Mammy preocupadíssima. Quando eu disse que a água já estava no meio da roda do carro ela quase enfarta.
Ah sim. A vontade.
A esta altura não era mais uma simples vontade, era uma NECESSIDADE sem limite que me torturava.
Telefone de novo. Meu amigo dizendo que já tinha ligado pra CET.
Bem, lá estava eu, parada no meio da água. Sim, pra ajudar caía água no carro, tinha água escorrendo do lado, água, água, água por todos os lados.
EU QUERO FAZER XIXIIIIIIIIIIIIIIII!
A esta altura eu ja estava sem sapatos e com a calça desabotoada. Claro, porque qualquer pressão na região do abdomem seria extremamente perigosa.
E o povo que não andava.
Telefone de novo. Num sei nem quem era, eu lá queria atender telefone? Eu queria era fazer xixi.
Fiquei pensando, se inundar meu carro eu posso fazer xixi numa boa, ninguém nem vai notar e o seguro ainda cobre (ou não, mas o que importa é que ninguém saberia que eu fiz xixi no carro).
Mas não. Não era tanta água.
Eis que olho pro porta-copos do meu carro e vejo: UM COPO!
Bem, semana passada eu aprendi a fazer xixi no copo quando fui fazer meu exame, não devia ser muito diferente.
Mas como fazer isso no carro?
Mas e se alguém me visse?
Conforme a vontade ia apertando eu tive certeza de que ninguém estava preocupado se eu estava fazendo xixi. Eles estavam preocupados é com a água subindo.
Além disso, meu carro tem insulfilm e normalmente as pessoas que vêm para o carro não me vêem dentro dele, então não me veriam fazendo xixi.
Pensando assim, primeiro eu fui pro lado do passageiro. Não, muito apertado e não estou acostumada com este lado, apesar de não ter o volante.
Acabei indo pro meu banco mesmo. Abaixei a calça, encaixei o copinho e
AAAAAAAAAAAAAAAA não saía nadaaaaaaaa!
Descobri que é preciso concentração pra fazer xixi.
Comecei a me concentrar, mas não sei se pela situação inusitada ou se pelo medo de errar o copinho não conseguia.
Ai que pânico, morrendo de vontade mas sem conseguir fazer.
Fiz uma concentração reforçada e xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
Ai que delícia!
Existe coisa melhor do que fazer xixi quando se está com muita vontade?
Bem, fiz só metade. Eu tinha tomado meio litro de água uma hora antes, fora os outros litros que eu tomei durante o dia, não ia caber tudo no copinho.
Neste momento os carros começam a andar. Subi a calça rapidinho e fiz meia volta.
Bem, voltei pro banco, e depois que eu contei tudo isso meu chefe soltou a seguinte pérola:
"Lara, seu xixi foi a causa da enchente!"
Bom, é isso aí. Continuei no banco, ilhada mas com banheiro è disposição no final do corredor.
Acho que eu merecia um prêmio. Afinal, para um homem isso tudo seria muito fácil, já para uma mulher...
Cansada de ficar ilhada no banco, assim que o céu escureceu, eu tomei o restante da água que estava na minha garrafa, meio litro e saí corrrendo, gritando:
-"Chefeeeee, tô indo, beijo tchau pra todo mundo!"
Eu estava com vontade de fazer xixi, mas como eu sou super esperta e estava saindo antes de todas as pessoas do mundo e da chuva, com certeza eu aguentaria chegar em casa. Sem contar que se eu parasse pra fazer xixi eu me atrasaria e não conseguiria ser a primeira no trânsito. Minha doce ilusão.
Desci no térreo e corri até o estacionamento. Caía uma fina garoa e meu carro foi pego rapidamente pelo manobrista.
Corri pelas ruas ao redor do banco até chegar na radial leste.
Foi relativamente rápido chegar até o primeiro quarteirão da radial, em frente à praça Kennedy.
Neste momento, o céu desabou e eu tive a impressão de que não era a primeira a chegar na radial.
Muito esperta que sou, estava na faixa da direita, conhecida também como Faixa Exclusiva para Ônibus (não, eu não dirigia um ônibus).
Rapidamente este local começou a encher.
Passei para a faixa do lado. E ali fiquei por uma hora. E esta faixa também começou a encher.
Sim, pessoas, uma hora de martírio.
No começo eu estava feliz, poderia ouvir todos os meus cds até chegar em casa. Mesmo porque eu não me estresso com trânsito quando não tenho hora pra chegar.
Fiquei ali. A água subindo, o trânsito parado, a chuva caindo, música rolando e a vontade de fazer xixi aumentando descontroladamente.
Telefone toca. Meu amigo querendo saber se eu estava bem. Pedi que ele ligasse pra CET, afinal se todas as pessoas fossem espertas e mudassem pro sentido contrário da radial eu poderia voltar pro banco e não ficaria alagada.
E a vontade de fazer xixi?
Telefone de novo. Mammy preocupadíssima. Quando eu disse que a água já estava no meio da roda do carro ela quase enfarta.
Ah sim. A vontade.
A esta altura não era mais uma simples vontade, era uma NECESSIDADE sem limite que me torturava.
Telefone de novo. Meu amigo dizendo que já tinha ligado pra CET.
Bem, lá estava eu, parada no meio da água. Sim, pra ajudar caía água no carro, tinha água escorrendo do lado, água, água, água por todos os lados.
EU QUERO FAZER XIXIIIIIIIIIIIIIIII!
A esta altura eu ja estava sem sapatos e com a calça desabotoada. Claro, porque qualquer pressão na região do abdomem seria extremamente perigosa.
E o povo que não andava.
Telefone de novo. Num sei nem quem era, eu lá queria atender telefone? Eu queria era fazer xixi.
Fiquei pensando, se inundar meu carro eu posso fazer xixi numa boa, ninguém nem vai notar e o seguro ainda cobre (ou não, mas o que importa é que ninguém saberia que eu fiz xixi no carro).
Mas não. Não era tanta água.
Eis que olho pro porta-copos do meu carro e vejo: UM COPO!
Bem, semana passada eu aprendi a fazer xixi no copo quando fui fazer meu exame, não devia ser muito diferente.
Mas como fazer isso no carro?
Mas e se alguém me visse?
Conforme a vontade ia apertando eu tive certeza de que ninguém estava preocupado se eu estava fazendo xixi. Eles estavam preocupados é com a água subindo.
Além disso, meu carro tem insulfilm e normalmente as pessoas que vêm para o carro não me vêem dentro dele, então não me veriam fazendo xixi.
Pensando assim, primeiro eu fui pro lado do passageiro. Não, muito apertado e não estou acostumada com este lado, apesar de não ter o volante.
Acabei indo pro meu banco mesmo. Abaixei a calça, encaixei o copinho e
AAAAAAAAAAAAAAAA não saía nadaaaaaaaa!
Descobri que é preciso concentração pra fazer xixi.
Comecei a me concentrar, mas não sei se pela situação inusitada ou se pelo medo de errar o copinho não conseguia.
Ai que pânico, morrendo de vontade mas sem conseguir fazer.
Fiz uma concentração reforçada e xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
Ai que delícia!
Existe coisa melhor do que fazer xixi quando se está com muita vontade?
Bem, fiz só metade. Eu tinha tomado meio litro de água uma hora antes, fora os outros litros que eu tomei durante o dia, não ia caber tudo no copinho.
Neste momento os carros começam a andar. Subi a calça rapidinho e fiz meia volta.
Bem, voltei pro banco, e depois que eu contei tudo isso meu chefe soltou a seguinte pérola:
"Lara, seu xixi foi a causa da enchente!"
Bom, é isso aí. Continuei no banco, ilhada mas com banheiro è disposição no final do corredor.
Acho que eu merecia um prêmio. Afinal, para um homem isso tudo seria muito fácil, já para uma mulher...
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quinta-feira, 6 de março de 2008
Distração
.
Post antigo, baseado em fatos bem reais e que teve um final triste não relatado.
Nos conhecemos há tempos. Confesso que quando a conheci, ela era apenas mais uma moça bonita.
O acaso foi fazendo com que nos encontrássemos.
O tempo colaborou aumentando a freqüência destes encontros.
Os amigos fizeram sua parte convidando-nos para os mesmos eventos.
Depois de alguns meses e muitos encontros casuais, meus olhares eram outros em relação à ela.
Algum sentimento estava tentando aparecer. Eu não sabia exatamente o que poderia ser. Quis acreditar que era um sentimento de amizade, talvez uma amizade mais forte.
Era algo que me fazia querer ficar ao lado dela mais tempo do que o que costumava ser normal entre nós.
Às vezes, passávamos o dia todo juntos e antes mesmo de nos despedirmos eu já sentia saudades. Mas amigos sentem assim também, não?
Começamos a nos ver com uma freqüência um pouquinho maior.
Comecei a notar o quão sedutora ela era, mesmo sem saber que o era assim. Sem que ela imaginasse, aqueles cabelos pretos e lisos sendo balançados pelo vento simplesmente me hipnotizavam. Seu perfume adentrava minhas entranhas de tal forma, que eu podia sentí-lo durante o tempo que estávamos distantes.
Sua leveza no andar, seu sorriso encantador, o olhar penetrante. Tudo nela me atraía, e assim fui sendo envolvido por sua beleza.
Alguns dias eu acordava pensando nela. E passava assim o dia todo. Uma sensação boa por ter em quem pensar. Há tempos eu não tinha isso. Não desta forma, não desta maneira, não nesta intensidade tão inofensiva.
Por outro lado, me recriminava por estar quebrando minha determinação de não me envolver tão cedo com qualquer pessoa.
Mas eu não estava me envolvendo, estava apenas pensando. Pensar não é crime nenhum, pelo contrário, é saudável. Eu estava me distraindo enquanto pensava nela. Isso mesmo! Distração!
Às vezes saíamos a sós, outras com os amigos; mas sempre estávamos próximos. Seus beijos me levavam às nuvens. Que boca macia, quente, gostosa! Arrisco a dizer que nunca beijei de tal forma e nunca fui beijado com tanto desejo, carinho, sentimento.
Mas, sentimento é algo que eu não queria por hora, então me detive no desejo. Queria ir além, queria mais do que seus beijos.
Mas não conseguia.
Não me faltava vontade. Justo a mim! Claro que não faltava vontade! Mas com ela era diferente. Queria sentir seu corpo pulsando junto ao meu, mas, simplesmente não conseguia. Obviamente que não era por sentir algo a mais, mesmo porque eu não sentia. Talvez esta fosse a primeira pessoa que eu estava respeitando de verdade.
Passei a sentir sua falta com mais freqüência do que considerava normal. Quando percebi que este sentimento começou a incomodar, decidi me afastar. Não queria me envolver, não podia esquecer minha premissa. Se a distração estava tomando proporções maiores do que deveria, então ela precisava ser eliminada, ou no mínimo afastada, até que voltasse a ser distração.
Com os plenos poderes do controle de meus sentimentos me afastei.
Mas ela não queria se afastar.
Eu tinha esquecido que já não estava mais me distraindo sozinho.
Expliquei; disse que não queria nada além daquilo e fechei meu peito para o que pudesse vir. Não me derreteria com lágrimas, olhares tristes ou mesmo palavras de apelo. Fui um pouco grosseiro, mas expus meu ponto de vista e meu desejo, e ele foi aceito.
Sem uma só palavra, uma só lágrima, um só olhar, ele foi aceito!!!!
Quem era aquela mulher, que apesar de querer estar ao meu lado, me entendia e atendia àquele meu pedido egoísta?
Me senti muito mais leve, ou pelo menos queria me sentir assim, depois da conversa. Voltei pra casa com a sensação do dever cumprido. Agora que tudo estava esclarecido eu poderia continuar a minha vida ao meu modo, sem precisar sentir saudade de quem quer que fosse no meio da tarde.
Porque era exatamente no meio da tarde, naquele momento em que eu começava a sentir sono por ter comido rápido demais, sem mastigar direito, e o trabalho estava enfadonho porém intenso, que eu sentia sua falta. Que hora mais imprópria para sentir saudade de alguém! Aquilo atrapalhava minha produtividade, minha concentração, então pelo bem da minha eficiência, coloquei um ponto final no incômodo. Era bom ter o poder em minhas mãos. Me sentia muito bem.
Mas nem sempre é assim, não? A vida brinca muito com a gente e o coração prega peças.
Exatamente quando eu achava que estava bem, a imagem de seu rosto, o cheiro de seu perfume, a lembrança dos seus cabelos ao vento; tudo isso vinha à tona na minha mente. Por mais que eu as enterrasse, as lembranças simplesmente ressurgiam, renasciam ainda que mortas.
Muitas vezes senti assim. Muitas vezes a procurei para matar minhas saudades e depois a evitei com medo de me envolver.
Mas quem eu queria enganar? Só se fosse a mim mesmo. Não precisava ter medo de me envolver, afinal, eu descobri que já estava muito mais do que envolvido.
Estando impossível continuar assim, resolvi atender às súplicas daquele que bate em meu peito e me entregar. Que fosse o que tivesse de ser. Não pensaria mais no amanhã, viveria apenas o hoje e para isso queria que ela estivesse ao meu lado.
Conversamos. Sentimentos recíprocos foram expostos e agora eu me sentia muito melhor. Até mesmo aquela recriminação, do meu eu, que se sentia incapaz de manter uma promessa, desapareceu.
Começamos a viver uma história de amor. Uma história digna de ser registrada nos anais da humanidade.
Nos tornamos o casal mais feliz de que tínhamos conhecimento. Claro que nem tudo eram rosas, os espinhos também existiam. Mas os espinhos nós cortávamos. Sempre juntos, resolvíamos todos os problemas. Conseguíamos manter nossa chama acesa ainda que a rotina tentasse apagá-la.
Dizem que no começo, o que se sente é paixão, aquele fogo, aquela empolgação, aquele nervoso, aquela ansiedade. Depois, o que resta, se resta, é que é o amor. O amor é calmo, sólido, constante, tranqüilo. E era assim que sentíamos.
Então ouvi alguém me chamar. O ônibus tinha chego ao ponto que eu sempre descia. O cobrador, acostumado com minha rota e notando que eu estava em devaneios, me alertou para a parada.
Desci e comecei a me dirigir para a rua de minha casa, com passos lentos e olhar altivo. Enquanto seguia meu rumo, a encontrei. Ela virou a esquina vindo em minha direção. Eu me senti paralisado, era como se eu ordenasse às minhas pernas que corressem, para que eu fugisse de seu olhar, mas elas não me obedeciam.
Tentei me esconder, mas foi em vão. Aquele sorriso me atingiu e me fez balbuciar algumas palavras.
Ela seguiu seu caminho. Eu virei a esquina e pensei como seria se um dia eu tivesse cedido aos desejos do meu coração. O quão eu poderia ser feliz com aquela que dominava meus sonhos e meu pensamento. Cheguei a sentir uma pontada de tristeza querendo me dominar, mas eu, o homem que tem poderes sobre o sentir, não me deixei abalar. Afinal, eu escolhi assim.
Melhor desta forma, do que arriscar jogar no lixo, ao transformar em realidade, a imagem perfeita que eu havia construído dela e de como poderia ser o nosso relacionamento.
Post antigo, baseado em fatos bem reais e que teve um final triste não relatado.
Nos conhecemos há tempos. Confesso que quando a conheci, ela era apenas mais uma moça bonita.
O acaso foi fazendo com que nos encontrássemos.
O tempo colaborou aumentando a freqüência destes encontros.
Os amigos fizeram sua parte convidando-nos para os mesmos eventos.
Depois de alguns meses e muitos encontros casuais, meus olhares eram outros em relação à ela.
Algum sentimento estava tentando aparecer. Eu não sabia exatamente o que poderia ser. Quis acreditar que era um sentimento de amizade, talvez uma amizade mais forte.
Era algo que me fazia querer ficar ao lado dela mais tempo do que o que costumava ser normal entre nós.
Às vezes, passávamos o dia todo juntos e antes mesmo de nos despedirmos eu já sentia saudades. Mas amigos sentem assim também, não?
Começamos a nos ver com uma freqüência um pouquinho maior.
Comecei a notar o quão sedutora ela era, mesmo sem saber que o era assim. Sem que ela imaginasse, aqueles cabelos pretos e lisos sendo balançados pelo vento simplesmente me hipnotizavam. Seu perfume adentrava minhas entranhas de tal forma, que eu podia sentí-lo durante o tempo que estávamos distantes.
Sua leveza no andar, seu sorriso encantador, o olhar penetrante. Tudo nela me atraía, e assim fui sendo envolvido por sua beleza.
Alguns dias eu acordava pensando nela. E passava assim o dia todo. Uma sensação boa por ter em quem pensar. Há tempos eu não tinha isso. Não desta forma, não desta maneira, não nesta intensidade tão inofensiva.
Por outro lado, me recriminava por estar quebrando minha determinação de não me envolver tão cedo com qualquer pessoa.
Mas eu não estava me envolvendo, estava apenas pensando. Pensar não é crime nenhum, pelo contrário, é saudável. Eu estava me distraindo enquanto pensava nela. Isso mesmo! Distração!
Às vezes saíamos a sós, outras com os amigos; mas sempre estávamos próximos. Seus beijos me levavam às nuvens. Que boca macia, quente, gostosa! Arrisco a dizer que nunca beijei de tal forma e nunca fui beijado com tanto desejo, carinho, sentimento.
Mas, sentimento é algo que eu não queria por hora, então me detive no desejo. Queria ir além, queria mais do que seus beijos.
Mas não conseguia.
Não me faltava vontade. Justo a mim! Claro que não faltava vontade! Mas com ela era diferente. Queria sentir seu corpo pulsando junto ao meu, mas, simplesmente não conseguia. Obviamente que não era por sentir algo a mais, mesmo porque eu não sentia. Talvez esta fosse a primeira pessoa que eu estava respeitando de verdade.
Passei a sentir sua falta com mais freqüência do que considerava normal. Quando percebi que este sentimento começou a incomodar, decidi me afastar. Não queria me envolver, não podia esquecer minha premissa. Se a distração estava tomando proporções maiores do que deveria, então ela precisava ser eliminada, ou no mínimo afastada, até que voltasse a ser distração.
Com os plenos poderes do controle de meus sentimentos me afastei.
Mas ela não queria se afastar.
Eu tinha esquecido que já não estava mais me distraindo sozinho.
Expliquei; disse que não queria nada além daquilo e fechei meu peito para o que pudesse vir. Não me derreteria com lágrimas, olhares tristes ou mesmo palavras de apelo. Fui um pouco grosseiro, mas expus meu ponto de vista e meu desejo, e ele foi aceito.
Sem uma só palavra, uma só lágrima, um só olhar, ele foi aceito!!!!
Quem era aquela mulher, que apesar de querer estar ao meu lado, me entendia e atendia àquele meu pedido egoísta?
Me senti muito mais leve, ou pelo menos queria me sentir assim, depois da conversa. Voltei pra casa com a sensação do dever cumprido. Agora que tudo estava esclarecido eu poderia continuar a minha vida ao meu modo, sem precisar sentir saudade de quem quer que fosse no meio da tarde.
Porque era exatamente no meio da tarde, naquele momento em que eu começava a sentir sono por ter comido rápido demais, sem mastigar direito, e o trabalho estava enfadonho porém intenso, que eu sentia sua falta. Que hora mais imprópria para sentir saudade de alguém! Aquilo atrapalhava minha produtividade, minha concentração, então pelo bem da minha eficiência, coloquei um ponto final no incômodo. Era bom ter o poder em minhas mãos. Me sentia muito bem.
Mas nem sempre é assim, não? A vida brinca muito com a gente e o coração prega peças.
Exatamente quando eu achava que estava bem, a imagem de seu rosto, o cheiro de seu perfume, a lembrança dos seus cabelos ao vento; tudo isso vinha à tona na minha mente. Por mais que eu as enterrasse, as lembranças simplesmente ressurgiam, renasciam ainda que mortas.
Muitas vezes senti assim. Muitas vezes a procurei para matar minhas saudades e depois a evitei com medo de me envolver.
Mas quem eu queria enganar? Só se fosse a mim mesmo. Não precisava ter medo de me envolver, afinal, eu descobri que já estava muito mais do que envolvido.
Estando impossível continuar assim, resolvi atender às súplicas daquele que bate em meu peito e me entregar. Que fosse o que tivesse de ser. Não pensaria mais no amanhã, viveria apenas o hoje e para isso queria que ela estivesse ao meu lado.
Conversamos. Sentimentos recíprocos foram expostos e agora eu me sentia muito melhor. Até mesmo aquela recriminação, do meu eu, que se sentia incapaz de manter uma promessa, desapareceu.
Começamos a viver uma história de amor. Uma história digna de ser registrada nos anais da humanidade.
Nos tornamos o casal mais feliz de que tínhamos conhecimento. Claro que nem tudo eram rosas, os espinhos também existiam. Mas os espinhos nós cortávamos. Sempre juntos, resolvíamos todos os problemas. Conseguíamos manter nossa chama acesa ainda que a rotina tentasse apagá-la.
Dizem que no começo, o que se sente é paixão, aquele fogo, aquela empolgação, aquele nervoso, aquela ansiedade. Depois, o que resta, se resta, é que é o amor. O amor é calmo, sólido, constante, tranqüilo. E era assim que sentíamos.
Então ouvi alguém me chamar. O ônibus tinha chego ao ponto que eu sempre descia. O cobrador, acostumado com minha rota e notando que eu estava em devaneios, me alertou para a parada.
Desci e comecei a me dirigir para a rua de minha casa, com passos lentos e olhar altivo. Enquanto seguia meu rumo, a encontrei. Ela virou a esquina vindo em minha direção. Eu me senti paralisado, era como se eu ordenasse às minhas pernas que corressem, para que eu fugisse de seu olhar, mas elas não me obedeciam.
Tentei me esconder, mas foi em vão. Aquele sorriso me atingiu e me fez balbuciar algumas palavras.
Ela seguiu seu caminho. Eu virei a esquina e pensei como seria se um dia eu tivesse cedido aos desejos do meu coração. O quão eu poderia ser feliz com aquela que dominava meus sonhos e meu pensamento. Cheguei a sentir uma pontada de tristeza querendo me dominar, mas eu, o homem que tem poderes sobre o sentir, não me deixei abalar. Afinal, eu escolhi assim.
Melhor desta forma, do que arriscar jogar no lixo, ao transformar em realidade, a imagem perfeita que eu havia construído dela e de como poderia ser o nosso relacionamento.
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