quarta-feira, 30 de abril de 2008

Papos rápidos de um sábado longo - Volume II

Benjamim : oe td bem

(Este já chegou querendo mostrar que tinha E)

Malu : Oi
Benjamim : de onde tc
Malu : SP
Benjamim : qts anos

(Ai que chatice. Vamos animar isso!)

Malu : Nossa! Vc está mesmo me perguntando isto?
Benjamim : rsrs
Benjamim : pq

(Não resisti!)

Malu : Onde está seu ponto de interrogação?

Benjamim : aqui
Benjamim : ?
Malu : Ahhhhh tá... achei que vc pertencia à máfia dos sem-interrogação
Benjamim : rsrs

(E Benjamim ri como se soubesse do que eu estou falando.)

Ainda tem mais!!!!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Papos rápidos de um sábado longo - Volume I

Nada como o chat do Gazaag para distrair alguém numa noite enfadonha
Meus comentários, pós conversa, entre parênteses.


Roberto: oi,

Malu: Olá

Roberto: td bom?

Malu: Tudo, e vc?

Roberto: td morsa ond?

Malu: Morsa?


(Aquelas da fauna?)


Roberto: rsrsrsrsrsrsrsr

Roberto: podia ter deichado passar n??

Roberto: td bem mora ond?

Malu: Hahahaha "deichado"??? Não, não...

Malu: Perco o amigo mas não perco a piada



(Gente!!! O moço tava implorando pra ser zoado!)



Roberto: percebi

Roberto: escreve errado ai pra vc ver viu

Malu: Nossa! Que vingativo!

Roberto: s?? estou esp??rando

Roberto: kkkkkkkkkkk

Roberto: d ond tc?

Roberto: esperando sem acento



(Num primeiro momento achei que ele era louco por falar "esperando sem acento", afinal, esperando não tem acento. Já que é uma espera, talvez assento, mas acento nunca.

Até que percebi que ele na verdade é o cara que roubou as interrogações de todos os outros que usam o gazaag e falaramm comigo até hoje. Todas as interrogações foram parar no teclado dele. )



Malu: Ai, moço, estou me divertindo com a sua fúria

Roberto: sem acento porq sen??o eu num entendo nada

Roberto: vms tc no msn?/////


(Ok, ele roubou algumas barras também! Em contrapartida levaram os "a"'s dele)


Malu: Não. Eu não gosto de msn. No msn só aparecem loucos. Desisti dele.

Roberto: kkkkkkkkkkk

Roberto: ?? n??

Roberto: imagino porq

Roberto: e porq s??o lokos

Malu: Pq?

Malu: Será que vc vai desvendar pq os loucos aparecem na minha vida?

Roberto: ?? fracil



(fracil, extremamentre fracil, pra vroce e eu e trodo mundro crantar juntro)



Malu: Explique-me

Roberto: porq ?? linda maravilhosa

Roberto: trsrrsrsrsrsrs

Roberto: sabia q eu ia dizer algo pareecido n?? s?? queira ter certeza n??o ???

Malu: HAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHA

Malu: Claro que não sabia

Malu: Achei que vc ia falar algo novo hahahahahaha

Malu: Que vc realmente ia desvendar o mistério



E ele parou de conversar.
Não sei porquê.


Tem mais destes papos rápidos. Depois posto o resto.

sábado, 5 de abril de 2008

Não!

.

As lágrimas continuavam a escorrer, enquanto ela olhava para o lado da cama.

Ao seu lado ninguém. A cama continuava vazia.

Mas não chorava pelo vazio.

Não queria preenchê-la.

Esperava que ela nunca se preenchesse.

As únicas vezes em que ela fora preenchida, soube que seria momentâneo, que não existiria ainda uma pessoa que pudesse preencher aquela cama para sempre.

E sentia assim. Que não havia quem pudesse preencher seu coração.

Ele continuaria vazio, enquanto ela continuaria chorando.

Sabia que não encontraria alguém que a satisfizesse a ponto de preencher aquele vazio.

Mas até quando as coisas seriam assim?

Até quando erraria e divertiria-se com o errado?

Até quando reconheceria seus erros para na próxima esquina errar novamente?

O sentimento que lhe corroía a mente não conhecia a esperança.

Uma derrota inimaginável, lhe consumia de um modo que lhe dava a certeza que aqueles eram seus últimos minutos.

Sentada no quintal, de vestido florido e uma boneca nas pernas. Do seu lado, uma caneca e um canudo. Bolhas de sabão flutuavam. Em cada uma delas, o reflexo de uma etapa da vida.

Não sabia porquê, mas lembrara daquilo.

Sua primeira cachorra chegou em casa. Sua primeira bicicleta. Seu primeiro tombo.

Um beijo na testa de um grande amor da pré-escola. A vergonha de descobrirem que amava o menino mais lindo da classe.

O prazer da primeira vez. O medo de ser descoberta. A insanidade de ter alguém proibido.

Ciúme de amiga. A única surra.

As lágrimas da mãe. Um beijo do pai.

Cada bolha lhe mostrava uma fase, um momento, uma alegria, uma decepção.

Percebeu que havia muito mais bolhas de decepção do que gostaria que houvesse.

Olhou para cima. Queria que o teto se abrisse e o céu descesse em seu socorrro.

Mas o teto não se moveu. Por mais que quisesse, ele continuava ali, tão transparente quanto o concreto consegue ser.

Quanto mais suplicava, mais sentia-se afundar no colchão.

Era como se aquele medo, aquela angústia e todo seu erro, lhe engolissem, enquanto via o teto se distanciar.

Seus membros já não se moviam. Retesados. Endurecidos. Petrificados.

Ficou à espera do próximo segundo, do próximo minuto, do que aconteceria em pouco tempo.

Fechou os olhos e prestou atenção ao seu redor. Quis ouvir o silêncio, pra ver se ele realmente existia.

Não conseguia desvencilhar-se de seus pensamentos, por mais que tentasse.

Eles a sobrecarregavam com um turbilhão de emoções, atropelavam, faziam com que seus outros sentidos perdessem suas capacidades.

Não ouvia, não falava, não mexia, não enxergava, não sentia a textura do lençol em sua pele. Era apenas uma pressão sobre si mesma, de um modo como nunca havia sentido.

Ao longe ouvia um zumbido.

Um apito baixo mas constante.

Um som que fundia-se com os outros sons do ambiente.

Quase que um gemido intrigante.

Um piiiii quase que insuportável mas já não tão insuportável assim.

Começou a distanciar.

A pressão diminuía.

Já não irritava tanto.

A única coisa que sentia, era a última lágrima escorrendo e entrando no ouvido.

Uma sirene que silenciava.

Algo que já estava longe.

Enfim, o silêncio.

E agora, total.