Começamos bem. No caminho:
- Vcs viram que o aero de GRU agora vai construir uma nova asa? Um avião X que comporta 800 pessoas vai poder pousar aqui.
- 800? Affff! Mais gente pra morrer!
- Mãe! Isso é coisa pra se falar?
- Ah, vc tem um espirito muito andarilho, só de pensar já me canso.
- Ok, eu tb acho que vai ser uma ótema viagem!
Humpf!
Bora lá! Embarque tranquilo. Vôo mais tranquilo do mundo. 3 poltronas só pra mim. Sem sapato, deitada cada hora numa posição diferente (estilo Sid - A Era do Gelo) e lendo Dexter.
Chegamos!
Renato (o que trabalha comigo) eu não pisei numa cobra quando desembarquei. Inclusive, até agora não vi nenhuma, tá?
Cidade grandona.
Já me perdi váááárias vezes. Inclusive tá sendo um super exercício, daqueles que minha terapeuta me mandava fazer e eu nunca fiz: confie na sua intuição!
Meu! Eu tô num caminho. Algo me diz que é por ali mesmo (e meu senso de direção é MUITO bom!). Do nada eu cismo que to errada e volto. Páro pra perguntar e TCHARAM, eu tava no caminho certo! =/
Bem, voltando. Desembarquei. 24ºC. Ameno para padrões nortistas.
Me vi num desespero tamanho pra comer no aero. Só encontrei um Bob's. O mais sujo do mundo. Padrão de qualidade negativo.
Mas, vamos comer, afinal, o óleo quente deve matar essas coisas.
Tô comendo e eis que uma mulher pede pra sentar na minha mesa pq não tinha mais nenhum lugar vago(não dá nem pra chamar de praça de alimentação. são umas mesinhas com poucas cadeiras em frente ao Bob's).
Começamos um papo e acabei ficando mais tempo sentada. Ela me pareceu bem legal. Simpática. Da minha turma das falantes e animada.
Trocamos cartões.
Fui pegar o carro na locadora.
E lá vamos nós à aventura.
O mapa da locadora e NADA é exatamente a mesma coisa. Aliás, o NADA é melhor, pq vc pára e pergunta.
Cheguei ao bairro do hotel. Eu via o hotel e não conseguia chegar nele.
Sabe Joey quando vê a gostosa do prédio do Ross e não consegue chegar nela? Então. Foi assim (Se vc não assiste Friends, sorry, mas não lembro de outra comparação mais fiel).
Pertinho do hotel tem uma rotatória gigante. A maior que já vi em toda a minha vida!
E eu consegui entrar em todas as ruas dela e não achava o hotel.
Cada rua que eu entrava, olhava pro lado e lá estava ele. Mas nada de achar uma rua que chegasse lá.
Depois de muitas voltas na rotatória, que aqui tem o nome de BOLA, eu achei a rua do hotel.
Check-in, banho e bora bater perna.
Perguntei antes pra um taxista do hotel onde ficava o mercado municipal. Ele me disse que estava desativado.
ÓTEMO!
Mas então, me ensina chegar no porto, que fica lá perto.
Ensinou.
Cheguei certinho.
E TCHARAM, o mercado funciona! RÁ!
Não no prédio do mercado. Esse sim, está abandonado. Mas funciona do lado.
Entrei e saquei a câmera.
TODOS os olhos se voltaram pra mim.
Milhões de fotos ali.
Pedi pra uns senhores que estavam jogando dominó numa luz baixa se poderia tirar foto deles. Deixaram e obviamente ficaram fazendo graça.
Acho que foi a melhor foto de hoje!
De lá fui pro porto flutuante, que é do outro lado da rua.
Adorei a água do rio Negro. É linda. Densa. Escura. Parece um rio de óleo preto. Bem legal mesmo! Dá vontade de mergulhar.
Parei numa barraquinha que fica exatamente na parte flutuante. Pedi uma coca de garrafinha e fiquei de papo com o tio. Gente boa demais. Ficou explicando que ali perto tinha mais 3 portos e que eu podia andar sossegada que o pessoal ali só quer saber de trabalhar.
Bem, trabalhar e paquerar.
Assim, se um dia eu enlouquecer e cismar que preciso casar em menos de 24 horas, já sei onde ir. No porto flutuante de Manaus.
Caraca! Em menos de 1 hora eu recebi mais cantadas que na minha vida inteira.
ÓBVIO que em um porto, 101% dos frequentadores pertencem ao baixo escala, comunidade da qual sou a musa. Mas não foi nada de baixo nível como qdo passo pelas construções em SP.
Foi algo novo! Passando na rua e eles falando: boa tarde, princesa!
hahahaha é hilário! Óbvio que eu tinha que atrair o baixo escalão aqui tb, mas foi respeitoso, galanteador.
Pô, eles chegavam, ficavam conversando, perguntando de onde eu era, me chamando pra ver sei lá quem pescando.
- Olha, a moça vai te filmar. Mostra o peixe!
- Ah, mas que coisa mais linda! Vc é maravilhosa! Branquinha assim, só podia ser de SP, aqui não tem mulher bonita assim não.
(AINDA BEM que nenhuma índia brava ouviu, senão eu tava frita!)
O porto flutuante é composto de várias placas de ferro que são interligadas e entre elas há pneus, como se fossem divisórias. Entre uma e outra, há sempre um degrau.
Estava guardando uma lente parada na beira de um degrau. Um moço achou que eu estava com medo de descer e veio me dar a mão: cuidado pra não cair, moça! bom trabalho, hein!
Enfim, fiz MUITO sucesso! Musa do norte!
De lá fui pro Teatro Amazonas.
Bem, fotos panorâmicas não são meu forte, mas fiz algumas. Bonito, o Teatro. Só vi por fora. Então não me impressionei muito.
Talvez por dentro seja mais legal.
Sentei ali na frente, tomei um suquinho e depois peguei o carro de novo pra ir pro shopping, onde eu esperava encontrar uma farmácia e um ponto de acesso à internet.
Bem, o shopping é minúsculo e tinha uma farmácia com preços tão exorbitantes que nem a Daslu praticaria se vendesse produtos de perfumaria.
Internet? Ah, deu problema e tá desligada. É uma bancada de computadores pro shopping inteiro usar. Estranho.
A tolerância do estacionamento é de 30 minutos. Se fosse em SP não faturariam muito. Procurei tudo que precisava e saí em 15 minutos. O shopping é tão minúsculo e o estacionamento tão grande, que se lotar aquilo de carro não tem espaço pra todo mundo no shopping.
Qdo fui validar o ticket, perguntei pra menina do caixa se tinha outro shopping perto dali. Ela disse que não.
Aí perguntei: e longe daqui? um shopping maior que este?
Ela: - ahhhhh adsdhadhasdhysu pra lá pra cima (fazendo gesto com a mão em cima da cabeça dela) mas eu não sei onde é não.
Ok! Eu posso viver sem outro shopping.
Voltei pro hotel e escrevi isso tudo em 25 minutos, pq a hora da internet aqui é um abuso!
Amanhã vou pra Novo Airão, se eu achar a estrada!
BeijoTchau!